North Terminal
Lucrecia MartelDurante o confinamento de 2020, Lucrecia Martel volta para casa em Salta, a região mais conservadora da Argentina. Lá, ela acompanha Julieta Laso que, como uma musa, a apresenta a um grupo de artistas femininas e pessoas insolentes que trocam olhares e opiniões ao redor de uma fogueira.
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North Terminal (2022)
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Sinopse
Durante o confinamento de 2020, Lucrecia Martel volta para casa em Salta, a região mais conservadora da Argentina. Lá, ela acompanha Julieta Laso que, como uma musa, a apresenta a um grupo de artistas femininas e pessoas insolentes que trocam olhares e opiniões ao redor de uma fogueira.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
A grande cineasta argentina Lucrecia Martel (‘Zama’) volta ao cinema documental com este curta-metragem produzido durante a pandemia da covid-19. Como muitas dessas produções, ‘North Terminal’ é uma história de superação, mas aqui a diretora tem um foco bem específico: artistas queer da música popular argentina em Salta, uma das regiões mais conservadoras do país. O filme, pode-se dizer, é fruto de um fracasso, pois acompanha a cantora Julieta Laso após um show dela ser cancelado na região. No entanto, isso leva a um encontro com outros artistas de várias áreas, com quem canta e fala sobre o significado e a origem de sua música. Por meio de sessões de canto intercaladas com momentos de conversa e silêncios com certa qualidade onírica, a diretora propõe um retrato íntimo, solidário e autêntico de artistas que atuam com o coração.
Lalo Ortega
Editor do Filmelier
Onde assistir?
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Do mesmo diretor
Zama
Depois de nove longos anos de espera, a diretora Lucrecia Martel volta com este lúdico longa. ‘Zama’ é um filme sofisticado, muito bem feito, com um grande elenco e não é indicado a qualquer público. Uma produção que pode não ser facilmente entendida, requer uma longa reflexão, deixando a trama ainda mais envolvente aos amantes da cineasta. É um filme enigmático, confuso, pesado e também, muito apaixonante.
Documentário
Shania Twain: Not Just a Girl
De novata em Nashville a ícone internacional, a cantora Shania Twain transcende fronteiras e gêneros musicais em meio a sucessos e derrotas neste documentário.
Quem tem Medo?
Quais os efeitos do bolsonarismo, para além do governo de Jair Bolsonaro, nas artes brasileiras? É justamente isso que ‘Quem Tem Medo?’ busca examinar. Ricardo Alves Jr., Dellani Lima e Henrique Zanoni dirigem este documentário que mergulha na história de espetáculos e artistas que foram censurados ou sofreram represálias de conservadores. São histórias fortes que mostram uma violência não apenas contra a arte dessas pessoas, mas também aos seus corpos, seus pensamentos e a forma que enxergam o mundo.
Brasileiríssima
Qual a importância das novelas na cultura brasileira e, até mesmo, na vida de pessoas ao redor do mundo? É justamente essa questão que ‘Brasileiríssima’ tenta responder. Dirigido por André Bushatsky (‘No Outro Encontro Você’), o longa-metragem certamente emociona os que são fãs de novelas. Afinal, apesar de alguns erros de direção como o início que segue o formato de uma linha do tempo convencional e depoimentos inexplicáveis, como o de Tadeu Schmidt, o longa-metragem acerta principalmente ao trazer imagens históricas das novelas brasileiras, revirando o fundo do baú, além dos singles depoimentos de pessoas comuns, do Brasil e do mundo, que falam sobre como as novelas mudaram suas vidas. Há boas histórias aqui, principalmente da jovem deficiente visual portuguesa. Difícil não se emocionar, seja pelas lembranças das telenovelas ou pelas boas histórias contadas.
Jaguaretê-Avá: Pantanal em Chamas
Filme do documentarista Lawrence Whaba, que narra os acontecimentos do pior incêndio que já assolou o Pantanal, quando cerca de 30% do bioma foi queimado em 2020. A produção é bastante relevante por mostrar a força do bioma, usando o mito do homem-onça, o Jaguaretê Ava. Os protagonistas deste longa são as onças, parte dos animais afetados pelo ocorrido. Amanaci, Ousado e Ague são as donas da narrativa e através de ‘Jaguaretê-avá: Pantanal em chamas’ conhecemos suas histórias. A produção é criativa, traz um ponto de vista diferente do incêndio e ainda faz um alerta acerca da importância do equilíbrio ambiental, os que mais sofrem são aqueles que não tem relação com o estrago que o homem tem feito na natureza.
