Trailer
Sinopse
Na Inglaterra do século 18, a frágil Rainha Anne ocupa o trono e sua amiga mais íntima, Lady Sarah, governa o país e cuida da saúde de Anne. Quando uma nova criada chamada Abigail chega, Sarah a acolhe sob sua proteção, mas Abigail tem planos de voltar às suas raízes aristocráticas e para tanto ela irá tramar e trair até se tornar a favorita da Rainha.
Ficha técnica
Por que assistir a este filme?
Filme do premiado diretor Yorgos Lanthimos, de ‘O Lagosta’. Desta vez, o grego reimagina o período do reinado de Ana, responsável pela união de fato entre a Inglaterra e a Escócia, criando a Grã-Bretanha. Na versão farsesca de Lanthimos, que é cheia de liberdades poéticas, conhecemos uma rainha frágil e subordinada às maquinações daqueles mais próximos. Dessa forma, cria-se um subtexto sobre poder e corrupção que é válido até os dias atuais. Destaque para a grande atuação do trio principal (formado por Olivia Colman, Rachel Weisz e Emma Stone), fotografia, edição, figurino e direção – todos indicados ao Oscar. Olivia acabou levando para casa a estatueta de Atriz.

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Do mesmo diretor

O Lagosta
O diretor Yorgos Lanthimos, de ‘A Favorita’, nos traz uma comédia dramática estranha e interessante, sobre um futuro próximo (e distópico) no qual os solteiros são um mal à sociedade. Com um elenco estrelado (incluindo nomes como Colin Farrel, Rachel Weisz, Léa Seydoux e John C. Reilly), é construída uma grande metáfora sobre a sociedade atual. Um roteiro inteligente, que valeu uma indicação ao Oscar.

Nimic
O cineasta grego Yorgos Lanthimos se estabeleceu como um dos principais nomes do cinema atual, com filmes como ‘Dente Canino’, ‘O Lagosta’ e ‘A Favorita’. Agora, em ‘Nimic’, este breve exercício experimental em formato de curta-metragem, Lanthimos parece ir além da mera compreensão. Para isso, conta a história de um violoncelista profissional que encontra um estranho no metrô e passa a ter transformações em sua vida. É um filme estranho, que beira a falta de sentido. E não é pra menos. Afinal, ainda que ‘Nimic’ lembre a palavra “mímica” ou alguma coisa do tipo, “nimic” em romeno significa nada. Esta talvez seja a proposta do curta-metragem, que sem dúvidas traz um caráter perturbador e, acima de tudo, deve suscitar discussões acerca do real sentido por trás da história de Lanthimos.

O Sacrifício do Cervo Sagrado
Não é um filme para quem tem estômago fraco: é completamente nauseante e difícil de assistir. Com um elenco muito bom, com destaques para Nicole Kidman, Colin Farrell e Barry Keoghan (‘Dunkirk’), nos deparamos com uma história bem peculiar, típica do diretor grego Yorgos Lanthimos (‘O Lagosta’). ‘Sacrifício do Cervo Sagrado’ mistura fé, religião, conflitos familiares e dúvida. Para os fãs dele, que assistiram ‘Dente Canino’, devem estar acostumados com produções que causam desconforto ao espectador. A produção funciona como uma grande reflexão sobre os desejos da natureza humana podem nos chocar. O longa foi o vencedor do prêmio de Melhor Roteiro do Festival de Cannes 2017.
Drama

Deception
Adaptação do romance ‘Deception’ do escritor Phillip Roth, esta é versão francesa do diretor Arnaud Desplechin e fez parte da seleção do Festival de Cannes 2021. O filme segue Phillip (Denis Podalydès), um escritor americano que vive em Londres (que só fala francês) e seus relacionamentos com diversas mulheres. Contracenando com ele temos Léa Seydoux, que dá vida a uma inglesa casada, descontente com o relacionamento, e que tem um caso com o escritor. À medida que conhecemos cada uma das mulheres, fica claro que elas são apenas corpos que usamos para atrair o ego do personagem central, dono de uma total falta de consciência de seus maus tratos, o que é desconcertante. A trama ainda discute sexismo e misoginia de uma forma deveras problemática. É palatável dizer que essa é uma adaptação pretensiosa que reduz totalmente as personagens femininas ao sofrimento, mulheres irracionais que procuram um homem para serem salvas. A atuação de Seydoux é um motivo para assistir ao filme, mas mesmo isso não pode salvar um roteiro que usa a misoginia como fio condutor.

Pureza
Baseado na história real de Pureza Lopes Loyola, uma mãe que fez o possível e o impossível para encontrar seu filho e se tornou um símbolo do combate ao trabalho escravo. No filme, Dira Paes dá vida a essa mulher real e faz um trabalho delicado, potente e bonito. Com direção de Renato Barbieri (‘Cora Coralina: Todas as Vidas’), consegue construir bem está cinebiografia, com a dose necessária de emoção e desenvolvimento dos personagens. ‘Pureza’ tem uma fotografia belíssima, que destaca o poder da floresta amazônica. Sem dúvida, temos aqui uma história que merece ser conhecida.

Mentes Extraordinárias
Alexandre Jollien é um filósofo e escritor suíço que, quando nasceu, passou por um problema: o cordão umbilical enroscou em seu pescoço e, por conta desse estrangulamento, teve paralisia cerebral. Dos três aos vinte anos, viveu em uma instituição especializada para deficientes até que entrou na universidade para obter uma licenciatura em letras e, depois, um mestrado em filosofia. Em 2022, ele é o protagonista absoluto do bonito ‘Mentes Extraordinárias’. O longa-metragem conta a história de Louis (Bernard Campan), um agente funerário que atropela Igor (Jollien), um rapaz esforçado e com deficiência mental. Esse acidente une os dois em uma viagem à França adentro. É um típico road movie, que se vale da movimentação em uma estrada (ou qualquer outra coisa equivalente), para desenvolver os personagens e, acima de tudo, a relação entre pessoas -- neste caso, os diferentes Igor e Louis. ‘Mentes Extraordinárias’ já começa com o pé direito, colocando um deficiente mental no papel de um deficiente mental. Não é como ‘A Teoria de Tudo’, por exemplo, que coloca um ator que não entende a força e os desafios de uma deficiência. A direção do filme, que é assinada pelos dois protagonistas Bernard e Jollien, abraça a diversidade e coloca o longa-metragem em outra prateleira. Há diversidade, há respeito e inclusão, em um filme que também acerta na emoção, na beleza e na poesia.

A Felicidade das Coisas
Paula é uma mulher chegando na casa dos 40 anos e que tem um sonho: construir uma piscina para os filhos na sua modesta casa de praia, na cidade de Caraguatatuba, no interior de São Paulo. Esse sonho, em conjunto com esse cenário inesperado da cidade litorânea e uma relação conturbada com a família no momento, se tornam o motor de ‘A Felicidade das Coisas’. Facilmente relacionável com ‘Benzinho’, não só pela piscina, mas também pelos sonhos de uma classe média brasileira típica, o longa-metragem de estreia de Thais Fujinaga traz memórias, nostalgias e sonhos, realizados ou não, que falam muito sobre a própria realizadora, mas que podem ser facilmente identificáveis pelo público – que não necessariamente queria uma piscina na casa de praia, mas que sonhava em encontrar a felicidade nas coisas. Bom filme de estreia de Thais, que traz mais um olhar apurado sobre a vida dos brasileiros indo para além das grandes cidades e centros urbanos do país.
