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A maestra Lydia Tár enfrenta o cancelamento cultural enquanto busca ser lembrada por sua arte, não por seus erros.
Trailer
Por que assistir a este filme?
O diretor, produtor e roteirista Todd Field nos apresenta TÁR, estrelado por Cate Blanchett no papel da emblemática musicista, Lydia Tár. O filme aborda a natureza instável do poder, seu impacto e sua manifestação no nosso mundo moderno.
"Cultura do cancelamento. Esse é o termo que mais vem à mente enquanto ‘Tár’ passa na tela, contando a história da maestra Lydia Tár. Dirigido por Todd Field, que não comandava um filme desde 2006 com ‘Pecados Íntimos’, o longa-metragem conta a história da maestro Lydia Tár (Cate Blanchett), considerada uma das maiores de sua área. Ela domina a música como poucos. E sabe disso. No entanto, todo esse conhecimento entra em confronto direto com suas atitudes. Ela é dona de si, defende com unhas e dentes o que pensa e, o pior de tudo, deixa seus interesses sexuais falarem mais alto. Isso, ao longo das 2h40 de projeção, acaba criando uma série de percalços e pequenos problemas. Ela se indispõe com as pessoas, principalmente aqueles mais jovens que pensam diferente dela. Entre as mulheres, fica a sensação de que não faz amigas, mas apenas pessoas que podem servir para ela de alguma forma. Essa Tár criada por Field, assim, está longe de ser perfeita. Pelo contrário: é odiável e nos faz questionar até que ponto temos alguém como ídolo. No entanto, a sensação que fica é que isso é apenas o trampolim para o questionamento maior de Field, que assina o roteiro. Como essas pessoas, que vivem pela arte e respiram tradição, são vistas hoje em dia? Tár quer ser lembrada pela arte, não por quem é – como é o caso de Bach, Mozart, Beethoven. Será que hoje, séculos após, Tár também consegue atravessar o "cancelamento"? É preciso assistir ao filme pra saber. Leia aqui nossa análise."