Clássicos da 20th Century Fox para assistir no Star+

Premiado filme inspirado na história real de dois corredores: Harold Abrams, filho de imigrantes judeus, e Eric Liddell, protestante de origem escocesa, que defendem a Inglaterra nos Jogos Olímpicos de 1924. ‘Carruagens de Fogo’ traz uma história muito bonita - com um mensagem inspiradora, sabemos que muitos jovens fazem o possível e o impossível para participar da Olimpíada. O que realmente importa é sua paixão e moral ao competir. O diretor Hugh Hudson fez um trabalho ótimo. Os atores Ian Charleson, Ben Cross e Ian Holm, que foi indicado ao Oscar, estão incríveis em seus papéis. Isso tudo sem mencionar a clássica trilha sonora, composta por Vangelis (também de ‘Blade Runner’), que se tornou um clássico - o tema principal virou até um clichê para cenas esportivas e/ou em câmera lenta. Este é um daqueles filmes imperdíveis sobre esporte e também sobre a vida. [-]

Os irmãos Coen possuem um estilo narrativo bem particular, que atingiu seu ápice em ‘O Grande Lebowski’: situações absurdas que vão se acumulando até chegar em um ponto insustentável. Na comédia ‘Arizona Nunca Mais’, essa base narrativa se dá a partir de uma das premissas mais curiosas do cinema dos dois irmãos: um ladrão de lojas de conveniência (Nicolas Cage) pede em casamento uma fotógrafa do departamento de polícia (Holly Hunter). Tudo vai às mil maravilhas até que eles descobrem que ela não pode ter filhos e, ainda por cima, são rejeitados pelas agências de adoção da cidade. A partir disso, ‘Arizona Nunca Mais’ mostra os desafios da paternidade sob uma ótica curiosa: a desse casal que decide, enfim, sequestrar um bebê. Com uma atuação divertidíssima de Cage, que consegue passar realismo ao absurdo da situação, o longa-metragem se firma como um filme sobre famílias e as complexidades de se formar um núcleo familiar tradicional. [-]

Veja o filme e abra seus olhos para os bastidores do mercado financeiro. Em sua época, Wall Street foi uma dura crítica ao modo yuppie de acumulação de riqueza, mas não se engane: Gordon Gekko, o personagem de Michael Douglas, inspirou toda uma nova geração de investidores. Se antes a frase "Greed is good" ("a cobiça é boa", dita pelo personagem, parecia errada, hoje ela é um mantra. [-]

Depois de 25 anos, Paul Newman volta a um de seus personagens mais icônicos: Eddie Felson, visto pela primeira vez em 'Desafio à Corrupção'. Neste segundo filme, dirigido por ninguém menos que Martin Scorsese, Newman agora tem um protegido para ensinar suas artimanhas do bilhar e da vida: Tom Cruise. Um filme com grandes atuações, que rendeu a Newman o primeiro e único Oscar de uma longa carreira. [-]

Poucas produções são tão marcantes para a cultura pop quanto a série 'Batman', produzida entre 1966 e 1968. Afinal, só aquela década poderia nos brindar com uma mistura tão rocambolesca! Os gibis do Homem-Morcego, a explosão de saturação da recém-chegada TV em cores, a cultura camp e da pop art de Andy Warhol, o rock'n'roll (ainda em sua fase "iê-iê-iê") e os últimos ares de inocência no mundo ajudaram a criar um mito que cruzou décadas. O longa-metragem 'Batman: O Homem-Morcego' foi produzido na esteira do sucesso na televisão, com o produtor William Dozier percebendo que poderia levar multidões também para os cinemas. O resultado é exatamente aquilo que vemos na série: muito exagero, um roteiro quase infantil e situações que, mesmo para a época, já eram pra lá de bobas. Porém, o longa abraça tudo isso com louvor, afirmando logo de cara que está ali também para os amantes do absurdo. Por isso, temos um filme que fará as crianças bem pequenas se empolgarem, enquanto os adultos vão rir do humor nonsense. Há, até, um subtexto sobre a necessidade da união global - algo importante na Guerra Fria, mas também muito relevante para as gerações atuais. Se você achar que o Cavaleiro das Trevas é apenas aquela encanação cinzenta dos filmes de Christopher Nolan e Zack Snyder, dê o play com o coração aberto e prepare-se para se descobrir que, sim, o Batman pode ser barrigudo e que o Coringa pode ter um bigode por baixo da maquiagem. Curiosidade: 'Batman' e 'Batman, O Homem-Morcego' foram produzidos antes da DC Comics se tornar parte do mesmo grupo da (hoje) WarnerMedia - por isso, as duas produções eram da 20th Century Fox e, no streaming, atualmente estão nas mãos da Disney, dona da plataforma Star+. [-]

Grande clássico da ficção-científica em Hollywood, iniciando uma franquia que dura até os dias de hoje. O roteiro é baseado no livro ‘La Planète des singes’, do escritor francês Pierre Boulle, sobre um astronauta (Charlton Heston, de ‘Ben-Hur’, na versão cinematográfica) se vê perdido em um outro planeta, no qual os humanos são pouco evoluídos e os macacos dominam a sociedade. O roteiro inteligente, com crítica social e um final surpreendente, marcou época - assim como a maquiagem, que mereceu um Oscar honorário. [-]

Um filme que redefiniu os gêneros terror e ficção científica, e pode ser considerada a obra prima da carreira de Ridley Scott. O diretor comandou todas as câmeras utilizadas durante as gravações - muitos filmes são filmados por assistentes de direção. A protagonista Sigourney Weaver foi a primeira mulher a interpretar uma heroína em uma franquia de ação! ‘Alien: O Oitavo Passageiro’ é, sem dúvida, um marco na história da sétima arte. [-]

Eles dizem que as sequências raramente superam os filmes originais, mas a sequência de 'Alien: O Oitavo Passageiro', junto com 'Star Wars: O Império Contra-Ataca' e 'O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final', são notáveis exceções à regra. James Cameron ('Avatar') assumiu o lugar de Ridley Scott e fez o que faz de melhor: tornar tudo maior e mais espetacular, com hordas de xenomorfos para mudar a abordagem que o original tinha na atmosfera terror. O resultado é um dos filmes de ação e ficção científica mais aclamados de todos os tempos, que acabou consolidando Sigourney Weaver como a heroína do cinema de ação. [-]

‘Cleópatra' é, certamente, um dos mais espetaculares e épicos filmes já feitos. Trata-se de uma espécie de "canto do cisne" da Era de Ouro de Hollywood, quando os grandes e poderosos estúdios investiam fortunas para produzir longas grandiosos. Aliás, pode-se dizer que a produção de Joseph L. Mankiewicz (de 'A Malvada' e também irmão de Herman J. Mankiewicz, retratado no filme 'Mank') é megalomaníaco, até: com mais de 4h de duração, teve um orçamento astronômico de US$ 31,1 milhões (US$ 278,8 milhões em valores atuais,uma fortuna) e quase levou a 20th Century Fox à falência. Tudo para reproduzir com muita pompa e glamour o Egito de Cleópatra VII, incluindo o conturbado relacionamento com o Império Romano e com os generais Júlio César e Marco Antônio. Trata-se da mais memorável atuação de Elizabeth Taylor, que encarna a personagem-título. O olhar atual, claro, encontrará problemas no "whitewashing" (embranquecimento) da rainha egípcia, enquanto o ritmo mais lento, o roteiro arrastado e as falas pomposas podem soar enfadonhas para as novas gerações. Agora, se você superar isso e entender o contexto sócio-cultural da produção, irá encontrar uma fotografia espetacular, uma direção de arte belíssima, uma direção clássica de Mankiewicz e o retrato de um cinema que não existe mais, mas que tem lugar importante na história da sétima arte. Se após tudo isso você quiser ainda mais, fica a dica de assistir a 'Júlio César', também de Herman J. Mankiewicz, baseado na peça de William Shakespeare. [-]

Um épico dirigido e estrelado por Mel Gibson, ‘Coração Valente’ é um filme sobre fé e como ela também exala amor. Na trama, acompanhamos a história de um herói escocês do chamado William Wallace, que lidera seus guerreiros contra o monarca inglês Edward I, após perder a noiva por culpa de soldados ingleses. Gibson faz um bom trabalho, em todas as funções que ocupa neste longa-metragem. Ganhador de 5 Oscars - Melhor filme, diretor, fotografia, maquiagem e efeitos visuais - não tem como não dizer que estamos falando de um filmão, que tem fãs no mundo inteiro. Sem dúvida, você conhece alguém na família que é apaixonado por este filme. É uma produção poderosa, com cenas de tirar o fôlego, que carregam de uma forma muito bonita a essência da liberdade. [-]

No oeste selvagem do final do século XIX, bandidos que entraram na história como Sundance Kid e Butch Cassidy estavam entre os bandidos mais procurados. Afinal, foram eles os responsáveis pela maior e mais bem sucedida série de roubos de trens da história dos EUA. Consequentemente, suas vidas foram dramatizadas em várias mídias, incluindo filmes. Em 1969, Hollywood fez sua parte com um roteiro de William Goldman e levou o par de criminosos para a tela com o glamour daqueles tempos, interpretado por Paul Newman e Robert Redford, uma das duplas mais icônicas da história do cinema. Com influências da Nouvelle Vague do cinema francês, elementos de comédia dos “buddy movies” e toques românticos, 'Butch Cassidy' foi uma lufada de ar fresco para os ocidentais de sua época. Afinal, apesar de ter uma espinha dorsal narrativa, ele também dava maior ênfase ao humor e às histórias de seus protagonistas. Um clássico icônico de Hollywood das décadas de 1960 e 1970. [-]

‘M*A*S*H’ (ou ‘MASH’, como preferir) foi um dos maiores sucessos do cinema no começo dos anos 1970. Baseado no livro homônimo, escrito por Richard Hooker, é uma comédia ácida sobre os profissionais da Mobile Army Surgical Hospital (de onde vem a sigla do título), a unidade médica responsável pelo atendimento dos feridos ainda no local de batalha. A história se passa durante a Guerra da Coreia, em 1951, com um grupo de médicos que não queriam estar no exército, fazem pouco caso da vida dos pacientes e estão preocupados apenas em pregar peças uns nos outros. Para as novas gerações, é uma mistura de ‘The Office’ com ‘Apocalypse Now’ e ‘Scrubs’. O elenco é estrelado, com nomes como Donald Sutherland (‘Orgulho & Preconceito’) e Robert Duvall (‘O Poderoso Chefão’). Com tudo isso, o filme foi indicado a cinco Oscars (ficando com a estatueta de Melhor Roteiro Adaptado), além de render diversas séries derivadas na TV. Por fim, vale ressaltar: o filme é o retrato de seu tempo, com muitas piadas misóginas e até cruéis. [-]