Dicas da Loba: Filmes que inspiraram a 'sister' Fernanda no BBB24

Um filme de suspense que incorpora elementos de humor e drama na mesma medida, 'Estômago' apresenta sua história de forma não-linear, a recheando de surpresas que, para alguns, podem resultar na perda do apetite, mas garantem que o filme se destaque como algo único. Protagonista da história, João Miguel é irrepreensível. Não é a toa que faturou o prêmio de Melhor Ator na edição de 2007 do Festival do Rio.

Este é o segundo filme como diretora de Emerald Fennell, vencedora do Oscar de Melhor Roteiro Original por 'Bela Vingança' (Promising Young Woman). 'Saltburn' acompanha um jovem estudante, Oliver (Barry Keoghan, 'Os Banshees de Inisherin'), que sente uma profunda atração por um colega charmoso e mais abastado, Felix (Jacob Elordi, 'Euphoria'), que o convida para passar o verão em Saltburn, a extensa propriedade de sua excêntrica família, onde ele se verá envolto em uma espiral de intrigas. Com uma mistura de sátira e fantasia – talvez não tão incisiva quanto sua antecessora – o filme aborda temas como decepção e atração entre classes sociais, e apresenta excelentes atuações de Keoghan, Elordi, além de um elenco composto por Rosamund Pike, Richard E. Grant e Alison Oliver.

127 Horas é uma jornada cinematográfica que conquistou a Fernanda do BBB e o mundo. Indicado ao Oscar, o filme vale a pena pela atuação intensa de James Franco. No papel de Aron Ralston, um alpinista preso em um cânion após um acidente. Dirigido por Danny Boyle, o filme é um relato de sobrevivência, desespero, tensão e força de vontade inabalável. Seu enredo baseado em uma história real e a habilidade de manter os espectadores presos à tela, apesar de um cenário praticamente imutável, fazem deste filme uma experiência única e inspiradora. E você, aguentaria 127 horas ou 5 segundos no lugar de Aron?

Ao lado de ‘Ben-Hur’, ‘Titanic’ é o filme com o maior número de estatuetas do Oscar na história – 11. Um épico de James Cameron, que certamente faz parte da história do cinema. Veja-o pela história de amor entre Jack e Rose. Ou pelos seus efeitos especiais. Pela crítica social. Ou ainda pela quase perfeita reconstituição do naufrágio do Titanic. Os motivos não importam: este será um grande longa-metragem, não importando por qual lado queira olhar.

‘Fragmentado’ é um terror poderoso, forte e assustador – mas sem recorrer ao gore ou aos sustinhos. O que atormenta mesmo são as 23 personalidades de seu protagonista, sendo que elas ecoam, de diversas formas, monstros bem reais que temos em nossa sociedade. James McAvoy também assusta, mas com uma interpretação excepcional. E o final surpreendente, marca registrada do cineasta, não só está lá como abre portas para um novo filme, 'Vidro'. Obviamente não é um longa-metragem para todos, mas saciará aqueles que querem ser surpreendidos com algo diferente do habitual.

Hoje em dia, com a tecnologia, basta um grande estúdio e uma tela verde para se ter qualquer cenário do mundo. Porém, Iñárritu não escolheu o caminho fácil. Mais de 90% do filme foi gravado em locações externas em Alberta (Canadá) e na Argentina, nos brindando com lindas imagens e uma fotografia irretocável, vencedora de Oscar. Outro premiado no filme é Leonardo DiCaprio. Talvez esta não seja realmente a melhor atuação do ator na carreira, mas certamente é a mais difícil fisicamente, muito pelo fato das filmagens acontecerem em meio à natureza. Por tudo isso, 'O Regresso' é um daqueles filmes para mostrar que o cinema pode, ainda, ser algo real, vivo.

Baseado na história real do ator Arlindo Barreto, que interpretou o palhaço Bozo nas manhãs do SBT nos anos 1980. Mesmo que impossibilitado de usar o personagem e as emissoras de TV reais, a produção assinada por Daniel Rezende consegue capturar o espírito daquela época. Destaque também para a atuação de Vladimir Brichta no papel do protagonista. É, certamente, um dos melhores filmes brasileiros de 2017.

Diante do ingrato desafio de tentar produzir uma obra com engenho e coração dentro dos limites de uma propriedade intelectual corporativa tão grande como a boneca Barbie da Mattel, a diretora e co-roteirista Greta Gerwig (Lady Bird) sai, no geral, bem-sucedida. Inspirado por referências tão diversas como "O Mágico de Oz" e "O Show de Truman", a estreia cinematográfica da icônica boneca é uma divertida comédia que segue uma Barbie (Margot Robbie) que precisa viajar para o mundo real para descobrir o que a está tornando imperfeita no mundo utópico de Barbieland. No entanto, logo descobre que a invenção das Barbies não foi a panaceia feminista que elas mesmas imaginavam e que o mundo real é exatamente o oposto do que vivem em seu mundo utópico. Divertido, engenhoso e com comentários incisivos sobre o patriarcado, é uma proposta entretenida de blockbuster que quase (QUASE!) consegue nos fazer esquecer que é um enorme comercial da Mattel. Leia mais em nossa crítica completa de Barbie.

Com influência na cultura punk dos anos 1970, ‘Cruella’ traz a história de origem da icônica vilã de ‘101 Dálmatas’ - Glenn Close deu vida à ela no live-action da Disney dos anos 1990 e foi uma brilhante atuação. Dessa vez, vemos Emma Stone dar vida à Cruella de Vil e, novamente, temos uma interpretação da personagem que consegue superar as expectativas. Outro destaque é Emma Thompson, que ficou tão bem no papel que é quase impossível não gostar dela. Na história, acompanhamos o sonho de Estella, antes de ser Cruella e se tornar um nome reconhecido no mundo da moda. O longa tem uma história um pouco exagerada - e por pouco não se perde - mas que consegue se salvar em seu desenvolvimento. ‘Cruella’ tem um impacto visual grandioso, figurino, maquiagem e cabelo são impecáveis.

Christopher McCandless era um jovem norte-americano desiludido com a vida e com o rumo que as coisas estavam tomando. Cansado da mesmice, ele decide viajar pelos Estados Unidos, sem contatos ou objetivos certos. Até que encontra um ônibus abandonado na floresta e ali se estabelece. Essa é a história real por trás do potente longa-metragem 'Na Natureza Selvagem', dirigido por Sean Penn e protagonizado brilhantemente por Emile Hirsch ('Era Uma Vez em Hollywood'). Ainda que siga a estrutura padrão de road movies (como 'On the Road', 'Pequena Miss Sunshine' e afins), 'Na Natureza Selvagem' tem atributos especiais que poucos outros filmes podem reivindicar. Primeiramente, o tom inflexivo do filme que Penn não tem medo de adotar. Em seguida, as boas atuações — seja de Hirsch ou de coadjuvantes, como Marcia Gay Harden, William Hurt, Jena Malone. E, ainda, um tom de reflexão sobre a sociedade capitalista que nunca cai no piegas e sempre ajuda o público a ir além. Para refletir sobre escolhas, natureza e a vida em si.

O reino africano de Daomé é um dos únicos na história do mundo com registros de uma guarda real formada exclusivamente por mulheres, conhecidas como Agojie. Se você assistiu a ‘Pantera Negra’, deve se lembrar das guerreiras que protegem o reino de Wakanda, as Dora Milaje. Pois em ‘A Mulher Rei’, você vai conhecer a história deste exército feminino que inspirou os criadores das histórias da Marvel. No filme, Viola Davis é a líder das Agojie, uma general que por mais que seja uma heroína é também humana. Esse é um dos pontos mais fortes da história, que já é carregada de uma força absurda: a construção de uma personagem feminina complexa, livre de estereótipos e fundamentos rasos. Você consegue se ver nela como mulher e encontrar um poder interno, de que as mulheres são capazes de tudo. Além disso, a produção enaltece a beleza e diversidade da mulher negra sem artifícios ou estereótipos - esse é o cinema fazendo seu papel ao mostrar a vida como ela é. Vale dizer que ‘A Mulher Rei’ é um épico histórico com cenas de ação, mas esse não é o foco. É um filme que retrata um período da África Ocidental que foi fortemente influenciado por essas guerreiras mulheres, que merecem ter sua história contada. Clique aqui para ler a crítica completa e a entrevista com Viola Davis. 

Um dos filmes adolescentes mais famosos e criativos dos anos 2000. Baseado no livro 'Queen Bees & Wannabes', de Rosalind Wiseman, essa é uma comédia que não perde a originalidade, se destacando de outros longas com a mesma temática. Ainda assim, dá para perceber uma leve inspiração em 'Atração Mortal', uma filme teen de humor negro dos anos 80 com Winona Ryder. 'Meninas Malvadas' foi lançado em 2004 e continua sendo muito bem visto pela crítica, e um bom exemplo de como um filme para adolescente pode ser crítico, maduro e criativo!