Guia para assistir a Star Trek

A história acontece alguns anos após o fim da “missão de cinco anos” da USS Enterprise, retratada na série dos anos 60. James T. Kirk agora é um almirante da Frota Estelar, enquanto a Enterprise, após passar por uma reforma total, é comandada por Willard Decker e traz em sua tripulação boa parte do elenco da produção original. Na história, após ser reinaugurada, a nave estelar vai investigar um estranho fenômeno que destrói tudo por onde passa e esta rumando para a Terra. Na época, o filme foi visto como muito lento e cerebral, se distância dos fatores que fizeram ‘Star Wars’ um sucesso e ficando sem ritmo, enquanto coloca questões filosóficas sobre a vida e o amor. Ainda assim, com o tempo, ganhou status de cult entre os fãs, além de trazer uma trilha sonora memorável assinada por Jerry Goldsmith. [-]

Segundo filme da franquia, considerado por muitos como o ponto alto da fase com a tripulação clássica. No filme, o vilão Khan Noonien Singh, visto no episódio ‘A Semente do Espaço’ da série original, retorna para se vingar do agora almirante Kirk. Ele então sequestra uma das naves da Frota Estelar, a USS Reliant, e trava uma das maiores lutas espaciais da franquia. O filme marcou época por suas reviravoltas, diálogos marcantes e ótimas cenas de batalha. Entre os temas abordados estão o envelhecimento, a nostalgia e os sacrifícios que fazemos em prol dos outros. O final, então, é inesquecível. Vale ressaltar as grandes atuações de William Shatner como Kirk e, claro, Leonard Nimoy como Sr. Spock. Outro destaque é a ótima trilha sonora de James Horner, que funciona como um personagem importante dentro do longa. [-]

Continuação direta do filme anterior, ainda que não tenha o mesmo brilho. O longa, dirigido pelo próprio Leonard Nimoy, lida com a busca pelo “katra” e o corpo de Spock, se aprofundando na cultura vulcana e em questões sobre vida, morte e alma. Mesmo que em segundo plano, pela primeira vez os klingons, que eram os grandes antagonistas da série clássica, são os vilões da história. Não é o filme mais adorado pelos trekkers (os fãs da franquia), mas certamente funciona como um bom complemento para o segundo filme. [-]

Mais um filme da saga, que continua a partir do ponto deixado pelo anterior -- funcionando como uma verdadeira cronologia ao ser combinado com o segundo e terceiro longas da franquia. E é, também, o mais surpreendente: a tripulação da Enterprise, à bordo de uma Ave de Rapina Klingon, viaja para a São Francisco dos anos 1980 para resgatar uma baleia jubarte e salvar o futuro. Uma aventura ecológica e divertida, considerada por muitos fãs como um dos melhores (se não for o melhor) filme da franquia. [-]

Único filme de ‘Star Trek’ dirigido por William Shatner, também visto por muito como o ponto mais baixo da série. No filme, a nova USS Enterprise-A, novamente capitaneada por Jim Kirk, é sequestrada pelo meio-irmão de Spock, chamado Sybok, que quer ir até o centro do universo e encontrar Deus. Ainda que tenha uma questão existencial como pano de fundo, o longa naufraga em seu roteiro frágil que não sabe se é sobre religião, aventura ou ficção-científica. Assista apenas se você estiver bastante empolgado com a franquia. Caso contrário, pode pula-lo sem grandes problemas. [-]

Um grande fechamento para a franquia com a tripulação clássica, em uma grande alegoria sobre o fim da Guerra Fria. Após a destruição de uma das luas de Qo’noS’, os klingons se veem obrigados a buscar um acordo de paz com a Federação Unida de Planetas – e a USS Enterprise-A é chamada para escoltar uma comitiva klingon para participar das negociações. Dessa forma, o roteiro traz interessantes dilemas morais (foram os aliens, por exemplo, que assassinaram o filho de Kirk), além de um pequeno mistério de “quem matou” em seu último ato. Vendo com os olhos de hoje, a história (mesmo que trocando a alegoria) ainda funciona. [-]

O filme funciona como uma ponte entre a tripulação da série clássica e da Nova Geração, série que durou sete temporadas entre os anos 1980 e 90. O longa-metragem começa em 2293, quando um recém-aposentado James T. Kirk é chamado para inaugurar uma nova USS Enterprise-B, sumindo misteriosamente após uma missão de resgate. Depois vem um salto de 78 anos no tempo, já com a Enterprise-D capitaneada por Jean-Luc Picard e com todos os personagens da Nova Geração. Infelizmente, ‘Generations’ fica devendo um plot que envolva o público, parecendo apenas um episódio de TV com melhor orçamento e mais tempo de tela. Um fim infeliz para uma ótima ideia, ainda que o filme coloque os adorados Kirk e Picard dividindo diversas cenas. [-]

Primeiro filme totalmente protagonizado pela tripulação da Nova Geração e, mais uma vez, as viagens no tempo assumem um ponto importante na história – os Borgs, um dos grandes antagonistas da USS Enterprise-D, vão ao passado da Terra e impedem o primeiro contato dos humanos com uma raça alienígena. Dessa forma, eles “assimilam” os humanos, transformando-os em seres híbridos entre homens e máquinas. Por isso, Picard e sua trupe também voltam ao passado, buscando restabelecer os fatos que levaram ao chamado “primeiro contato”. O resultado disso tudo é um filme divertido, que tem uma grande importância cronológica dentro da história e que envolve o público. [-]

Mais uma vez, ‘Star Trek’ funciona como uma alegoria política, ainda que sem a força das anteriores. Na história, a nova Enterprise-E encontra a fonte da juventude e, em meio a isso, uma grande disputa política dentro da própria Federação. Trata-se de um retorno às origens da TV, que funciona para os trekkers mais fanáticos, mas que pode frustrar aqueles que buscam um filme mais agitado. [-]

Último filme protagonizado pela Nova Geração e, novamente, a política assume um posto importante dentro da história. Um clone de Picard (o novato Tom Hardy) é criado pelos rolumanos e, eventualmente, assassina todo o senado de Romulus e se transforma em um ditador do planeta. Trata-se de uma premissa interessante, empacotada com boas cenas de ação, ainda que execução esteja bem aquém do que a franquia merece. A Nova Geração merecia um melhor encerramento. [-]

Em 2387, oito anos após os eventos de ‘Nêmesis’, a estrela e Romulus se transforma em uma supernova. O agora embaixador Spock usa uma tecnologia avançada para tentar evitar uma catástrofe, mas Romulus é destruída – e tanto Spock quanto uma nave de mineração romulana, chamada Narada, são jogadas no passado como consequência. Os romulanos vão parar em 2233, quando, culpando a Federação pela destruição de seu planeta natal, atacam e destroem a USS Kelvin. Tal fato gera um “efeito borboleta”, criando uma linha cronológica alternativa. Este é o gancho para um reboot de ‘Star Trek’, que, com novos atores, reapresenta a tripulação clássica Enterprise ainda em seus tempos de academia. O resultado é muito interessante, unindo elementos que fizeram de ‘Jornada nas Estrelas’ um sucesso com um enredo mais movimentado e recheado de grandes cenas de ação. Outro ponto positivo é que este reboot não é daqueles que simplesmente ignora o que aconteceu antes, mas que usa justamente a cronologia original como ponto de partida para uma história nova. [-]

Continuação da nova timeline da franquia, apelidada de “Kelvin” pelos fãs. Na história, um misterioso vilão surge atacando a Frota Estelar, envolvendo a USS Enterprise em uma grande trama. Além de reciclar elementos dos filmes antigos, o longa também aborda questões como o crescimento da militarização e outras questões morais. Com grandes efeitos especiais e ações de tirar o fôlego, ‘Além da Escuridão’ patina apenas no excesso de auto-referências e na famosa “mystery box” de J.J. Abrams, que procura esconder elementos importantes para o plot apenas para criar um efeito de surpresa junto ao público. Ainda assim, é um grande filme. [-]

Pelas mãos do diretor Justin Lin, famoso por ressuscitar a franquia ‘Velozes & Furiosos’, o filme aposta bastante na ação e na aventura. O longa também fez parte da celebração dos 50 anos da série original, trazendo elementos de diversos momentos de ‘Jornada nas Estrelas’, desde referências à série ‘Enterprise’ a uma linda homenagem a Leonard Nimoy e ao elenco original. Pode não ser o melhor momento das aventuras de Kirk, Spock, McCoy, Uhura e companhia, mas é um bom entretenimento. [-]