Uma mulher educada nas artes marciais torna-se uma justiceira. Seu mestre lhe dá a missão de matar um governador dissidente. Ela terá de escolher: sacrificar o homem que ama ou romper para sempre com “A Ordem dos Assassinos”. Um filme de ação chinês com um visual estonteante, trazendo a verdadeira beleza dos cenários e das artes marciais. O enredo também traz a sua beleza poética e sofisticação, que pode frustrar alguém acostumado com a estética de Hollywood, mas que certamente irá satisfazer quem procura longas-metragens que valorizam o espaço e deixam de lado as histórias orientadas apenas nos personagens. Muito por conta desta estética e montagem, Hsiao-Hsien Hou foi eleito o melhor diretor em Cannes 2015.
A cultura à vitória faz bem? O importante é vencer ao invés de apenas competir? O que Foxcatcher (que deu o prêmio de Melhor Diretor de Cannes para Benett Miller em 2014) propõe é um mergulho nessa competição exagerada na sociedade americana, sempre em busca da vitória a qualquer custo. Tudo baseado em uma história real, a do complicado relacionamento entre os irmãos e lutadores Mark e Dave Schultz e o excêntrico John Eleuthère du Pont, milionário que constrói um centro de treinamento em luta-livre e passa a patrocinar os irmãos Schultz.
Se você acredita que um dos grandes problemas do mundo é a falta de diálogo, 'Babel' é o filme que você está procurando. Iñárritu, diretor e responsável pela ideia original do roteiro, propõe uma história na qual a falta de diálogo leva a consequências trágicas em diversos lugares do mundo. Um longa para assistir acompanhado e, depois, motivar uma discussão política durante um café ou uma cerveja. O filme garantiu ao mexicano o prêmio de Melhor Diretor na edição de 2006.
Uma comédia engraçadíssima, cheia de humor negro e da ineficiência humana, com assassinatos grotescos e detetives estúpidos. O roteiro é inteligente e dinâmico, mas as atuações de William H. Macy e Frances McDormand (que venceu o Oscar de Melhor Atriz) roubam a cena. Em Cannes, o filme deu a Joel Coen (e também ao irmão Ethan, mesmo que sem o crédito correto) o prêmio de Melhor Diretor em 1996.
Refilmagem do filme de 1971, que por sua vez era baseado no livro homônimo de Thomas P. Cullinan, agora dirigido por Sofia Coppola - que recebeu o prêmio Melhor Diretora pelo filme no Festival de Cannes de 2017. Um dos méritos da nova versão é focar no empoderamento feminino, ao mesmo tempo em que traz atuações impecáveis e um Colin Farrel sedutor e, ao mesmo tempo, brutal. Entre as falhas, a maior talvez seja o chamado 'whitewashing' - personagens negras do livro, escravas, foram ignoradas na adaptação, enquanto que a personagem interpretada por Kirsten Dunst deveria ser mestiça. Indicado para quem busca histórias de mulheres fortes, mas também para aqueles já habituados com o ritmo da diretora.