Precisamos começar por ‘A Chegada’, filme do cineasta Denis Villeneuve (‘Incêndios’, ‘Duna’) e protagonizado por uma irretocável Amy Adams. Adaptação de um conto do excelente livro ‘História de Sua Vida’, de Ted Chiang, a ficção científica ‘A Chegada’ é daquelas produções invertem a perspectiva sobre invasão alienígena. Ainda que a premissa pareça batida, com grandes naves espaciais chegando na terra, a forma como Villeneuve aborda e dá continuidade à trama é totalmente diferenciada. Afinal, mais do que olhar para o espaço, ‘A Chegada’ faz com que os personagens -- e nós, como espectadores -- direcionem o olhar para o espaço que existe dentro de nós mesmos. Com isso em mãos, o diretor versa sobre tempo, morte, vida e ciclos de uma maneira poética e que poucos filmes conseguiram fazer a partir de tramas sobre alienígenas e outras criaturas extraterrestres. O destaque é a atuação de Adams. Um filme que merece ser visto e revisto sempre.
Filme que, apesar de recepção mista da crítica e do público, foi responsável pela indicação de Amy Adams ao Oscar de Melhor Atriz, em 2014. Inspirado em uma operação real do FBI durante os anos 1970, este filme de David O. Russell (‘O Lado Bom da Vida’ traz um dos temas favoritos do diretor: perdedores que fazem de tudo para sair ganhando. Com performances gloriosas de Christian Bale, Adams, Bradley Cooper e Jennifer Lawrence (todos indicados ao Oscar), 'Trapaça' vai te entreter e também te emocionar.
E que tal uma Amy Adams totalmente diferente do que estamos acostumados, em um filme ousado e criativo? Dirigido por Tom Ford, o longa tem uma história que se divide em três tramas menores, com uma delas, a do livro ficcional 'Animais Noturnos', servindo de costura para os eventos "reais" desta história. Nas interpretações, Michael Shannon entrega um trabalho bastante sólido e interessante, merecendo a indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante, enquanto Aaron Taylor-Johnson está em uma das melhores performances da carreira, também merecendo o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no Globo de Ouro de Ator Coadjuvante. Pena, mesmo, foi Jake Gyllenhaal e Amy Adams: esquecidos na temporada de premiações de Hollywood, mesmo depois de mais atuações impecáveis.
Assim como ‘Trapaça’, é uma produção que teve reações mistas de público e crítica. Mas Amy Adams está magnética como uma mulher problemática, no seio de uma família. Drama dirigido pelo badalado Ron Howard (‘O Código Da Vinci’, ‘Uma Mente Brilhante’) e protagonizado por Glenn Close (‘A Esposa’) e Adams, ‘Era Uma Vez um Sonho’ conta a história de uma família vivendo à margem da sociedade americana, com destaque para a jornada da avó (Close, magnética) e Adams, como uma espécie de “mãe desnaturada” -- com todas as aspas possíveis ao redor do termo. Vale, sem dúvidas, pelo bom elenco.
Quer fugir dos dramas e ver Adams em uma produção que nada tem a ver com esses filmes que chegam perto do Oscar? Então uma boa opção é ‘O Homem de Aço’. A história é aquela que você já conhece: um bebê é enviado pelos pais de um longínquo e moribundo planeta, ganhando grandes poderes enquanto vive na Terra. Criado por uma família do interior dos EUA, ele desenvolve os valores da sociedade ocidental e cresce para se transformar no grande protetor do planeta. Porém, nesta versão, o diretor Zack Snyder (‘Watchmen’) incorpora o cinismo e a desesperança do mundo moderno tanto na história quanto na estética – em um visual sombrio que ditou os rumos dos filmes que viriam depois. O personagem-título é vivido pelo ator Henry Cavill, que deixa claro em sua atuação o deslocamento sentido pelo Superman, que não consegue se sentir como mais como humano. Já Adams vive Lois Lane, o par romântico, com mais camadas, do Superman.