Após petição, Disney anuncia atração de parque inspirada em ‘A Princesa e o Sapo’
Os parques da Disney ganharão uma novidade. Uma das atrações mais queridas será repaginada. A Splash Mountain – tanto da Disneyland, na Califórnia, quanto no Magic Kingdom, na Flórida – será reformada e com inspiração no filme ‘A Princesa e o Sapo‘. A princesa Tiana finalmente ganhará um destaque no complexo do Mickey.
A montanha-russa terá como pano de fundo Nova Orleans e a baía da Louisiana. Inclusive, em 1966, o Walt Disney fez a New Orleans Square, umas das primeiras “terras temáticas” adicionadas ao complexo da Disney, na Califórnia.
A voz da princesa Tiana, Anika Noni Rose, contou ao blog dos parques da Disney sobre essa novidade: “É realmente emocionante saber que a princesa Tiana finalmente estará presente na Disneylândia e no Magic Kingdom! Sendo tão apaixonada pelo o que criamos, eu sei que os fãs ficarão loucos”.
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Segundo os criadores, a Walt Disney Imagineering, o novo conceito é inclusivo – todos poderão se conectar. Charita Carter, a produtora criativa do projeto, também ficou empolgada com a ideia e se inspirou nas características da princesa Tiana para repaginar a atração: “Como a princesa Tiana, acredito que coragem e amor são os principais ingredientes para aventuras maravilhosas. Estou muito satisfeita por fazer parte dessa divertida experiência”. Como parte do processo de desenvolvimento criativo, o trabalho de design conceitual está em andamento e, em breve, teremos novidades de quando começarão as obras.
Petição dos fãs
Recentemente, motivados por movimentos como o Black Lives Matter, alguns fãs se reuniram para pedir o retorno de Tiana, seja em um novo ‘A Princesa e o Sapo’ ou justamente em atrações nos parques da Disney. A mais famosa, realizada agora em junho, foi uma no site Change.org, que reuniu mais de 20 mil pessoas pedindo que a personagem fosse a protagonista de uma revitalização justamente da Splash Mountain. Parte do pedido aconteceu porque o filme que inspirou a atração, ‘A Canção do Sul’ (de 1946), é criticado por ser ofensivo pelo seu subtexto racista. A Disney informa que a mudança, na prática, estava sendo planejada desde o ano passado, além de fazer parte de uma série de políticas da companhia para subtrair elementos polêmicos do passado em seus parques. Por outro lado, o anúncio acontece em um momento de ânimos acirrados nos EUA e também no qual os próprios parques sofrem com as medidas de isolamento social durante o combate à covid-19.
Raíssa BasílioeRenan Martins Frade
Jornalista de cultura e entretenimento. Já passou pelo Papelpop, UOL e Revista Claudia escrevendo sobre beleza, moda, cinema, música e TV, e também trabalhou com produção na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Foi redatora do Filmelier.