Filmes

Morre Suzana Amaral, diretora de ‘A Hora da Estrela’, aos 88 anos

O cinema brasileiro teve uma triste perda na quinta-feira, 25. A cineasta Suzana Amaral faleceu, aos 88 anos. A notícia foi confirmada pelo Hospital Sírio-Libanês, onde ela estava internada, segundo o G1.

A causa da morte não foi divulgada, pois a família não autorizou. Ainda de acordo com as informações do Sírio-Libanês, a diretora teve um AVC, no ano passado, o que deixou sua saúde fragilizada.

Suzana Amaral era paulista, nasceu em São Paulo e se formou em cinema, na Escola de Comunicação Social e Artes da USP, cursado entre 1968 e 1971. Nessa época, ela já era mãe de 9 filhos e estava prestes a se tornar avó.

Sem dúvida, uma mulher à frente de seu tempo. Enquanto conciliava os estudos com a maternidade, ela dirigiu seus primeiros curtas-metragens: ‘Eu sou Vocês’, ‘Nós Somos Eles’, ‘Semana de 22’ e ‘Sua Majestade, Piolin’.

Carreira de Suzana Amaral

Suzana foi uma figura importante para o cinema nacional. Dirigiu três longas, em mais de 35 anos de carreira. Seu primeiro filme, ‘A Hora da Estrela’, de 1985, foi elogiado pela crítica e premiado no Festival de Berlim.
Suzana Amaral e Marcelia Cartaxo nos bastidores de ‘A Hora da Estrela’ (Crédito: Divulgação Embrafilme)

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A produção é baseada no livro homônimo de Clarice Lispector e foi reconhecida com um Urso de Prata de melhor atriz para Marcelia Cartaxo e uma indicação ao Urso de Ouro para Suzana. Suzana Amaral só voltou a fazer outro filme em 2001, quando lançou ‘Uma Vida em Segredo’, também baseado em uma obra literária. Dessa vez, ela se inspirou no livro homônimo de Autran Dourado. A cineasta trabalhou também em documentários e programas de TV para a Cultura, até que em 2009 saiu seu último longa, ‘Hotel Atlântico’. Adaptado do romance de João Gilberto Noll. Suzana Amaral sempre esteve próxima aos filmes, mesmo não os dirigindo mais. A diretora costumava se fazer presente nas Mostras de Cinema de São Paulo e apreciava ir ao cinema como ninguém. Dona de um jeito único e muita vontade de falar, a diretora era uma figura incrível e memorável. Triste dizer que não será possível mais acompanhar sessões ao ar livre das obras de Suzana com a presença dela.
Raíssa Basílio

Jornalista de cultura e entretenimento. Já passou pelo Papelpop, UOL e Revista Claudia escrevendo sobre beleza, moda, cinema, música e TV, e também trabalhou com produção na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Foi redatora do Filmelier.

Escrito por
Raíssa Basílio

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