“Foi muito intenso”, diz Bel Powley sobre ‘Retratos de uma Guerra’
A atriz britânica Bel Powley tem apenas 28 anos, mas o currículo já começa a impressionar. Afinal, mesmo sendo tão nova, esteve recentemente na primeira temporada de ‘The Morning Show’, série do Apple TV+, divertiu em ‘The King of Staten Island’, brilhou em ‘O Diário de Uma Adolescente’ e, agora, comprova que sabe emocionar com ‘Retratos de uma Guerra’.
Neste filme, que acaba de ficar disponível para assistir online na plataformas de video on demand, Powley interpreta Lina, uma jovem desenhista da Lituânia que é levada para campos de concentração na Sibéria por ordens de Joseph Stálin. É o auge da Segunda Guerra Mundial, quando os judeus começam a perecer. E ela, assim como o restante de sua família, passa a viver à deriva.
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Este é o primeiro filme de Bel Powley passado inteiramente no período da Segunda Guerra Mundial. Afinal, anteriormente, a atriz já tocou no tema no longa-metragem ‘Uma Noite Real’. Neste outro filme, porém, nada de campos de concentração ou coisas do tipo. O tema é, na verdade, como foi a noite da realiza britânica quando a paz voltou a reinar no mundo. “Foi muito, muito intenso”, comenta a atriz sobre as gravações de ‘Retratos de uma Guerra’ ao Filmelier. “Minha família é de origem judia. Então, sempre ouvi histórias sobre os horrores da guerra enquanto crescia. Principalmente sobre o holocausto. Além disso, filmar na Lituânia me deu a sensação de estarmos contando uma história importante”.
A personagem de Bel Powley
A esperança da personagem acaba surgindo da arte. Assim como Roberto Benigni se valeu do humor em ‘A Vida é Bela’ e ‘O Menino do Pijama Listrado’, da amizade. Aqui, nos duros e frios campos de concentração da Sibéria, a poderosa e emocional personagem Lina encontra nos desenhos, na arte e na pintura seu escape diário dos horrores e dificuldades. Powley, porém, dá uma gargalhada ao ser questionada pelo Filmelier sobre sua habilidade artística. “Essa era a única coisa definitivamente falsa nas filmagens”, conta a atriz, se divertindo. “Tinha um artista que fazia todos os desenhos e pinturas. Eu apenas fingia. Mas acho incrível a personagem ficar tão concentrada na paixão pela arte. Lina é humana”. Com isso, a atriz focou em dois pontos para mergulhar na personagem. Primeiramente, ficou familiar ao livro de Ruta Sepetys, que deu origem ao longa. Além disso, histórias reais contribuíram. “Havia uma equipe de lituanos nas gravações”, explica. “Todo mundo tinha uma história sobre avós que tinham passado por isso na Guerra. Foi muito emocional”.
Jornalista especializado em cultura e tecnologia, com seis anos de experiência. Já passou pelo Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites, sempre falando de cinema, inovação e tecnologia. Hoje, é editor do Filmelier.