No Festival de Toronto, Naomi Watts emociona com ‘Penguin Bloom’ No Festival de Toronto, Naomi Watts emociona com ‘Penguin Bloom’

No Festival de Toronto, Naomi Watts emociona com ‘Penguin Bloom’

‘Penguin Bloom’ mostra a história de uma mulher recentemente paraplégica e, com a ajuda do pássaro de estimação da família, busca recuperar suas forças

Matheus Mans   |  
14 de setembro de 2020 18:07
- Atualizado em 30 de setembro de 2020 17:39

Enquanto Tom Hanks é um empecilho em qualquer viagem, a atriz Naomi Watts deve se preocupar se estiver na Tailândia. Afinal, após o tsunami de ‘O Impossível‘, agora a atriz volta ao país oriental em ‘Penguin Bloom‘. Na trama do filme, exibido para a imprensa nesta semana no Festival de Toronto, ela interpreta uma mulher que sofre um acidente e fica paralítica.

A partir daí, essa história baseada em fatos reais acompanha a recuperação de Sam, a relação com os filhos e o marido e, principalmente, sua relação com o pássaro da espécie Magpie, endêmico na Austrália, e que é resgatado pela família e ganha o simpático e singelo nome de Penguin. Assim como a protagonista, a ave está ferida, necessitando de atenção e cuidado.

A história é baseada na vida de Sam Bloom e do pássaro Penguin (Crédito: Divulgação/Cam Bloom)

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É uma típica trama de superação, onde a protagonista precisa passar por sua provação e compreender qual sua nova condição e papel no mundo.

“Eu li o livro que conta a história dessa corajosa mulher numa manhã de domingo. Mostrei à meus filhos, eles também adoraram. Fiquei fascinada com a jornada de Sam Bloom”, conta Naomi Watts em coletiva de imprensa do Festival de Toronto, na qual o Filmelier estava presente. Depois disso, Watts conta que correu para comprar direitos e produzir o longa-metragem.

Quando ouvimos a voz
dos nossos filhos, choramos.
Foi muito especial.

A Sam real, que realmente passou por essa história vivida por Watts na tela, também estava na coletiva e falou sobre a experiência de se ver nas telonas. “Nós dois estávamos muito emocionados”, disse Sam, respondendo à uma pergunta do Filmelier e citando o marido Cam. “Quando ouvimos a voz dos nossos filhos, choramos. Foi muito especial. Eles fizeram um belo trabalho”.

Por trás de ‘Penguin Bloom’

Uma das coisas que mais surpreendem em ‘Penguin Bloom’ é a presença do Magpie em cena. Afinal, ainda que o longa-metragem de Glendyn Ivin (‘Em Prantos’) perca o tom aqui e ali, é difícil não simpatizar com o animal. Ele anda pela casa, fica próximo da família Bloom, entende a dor de cada um dos que estão ali. E, ainda assim, é um animal livre que sai pra voar por aí.

Penguin original dormia numa caminha própria e tinha um macaco de pelúcia de estimação (Crédito: Divulgação/Cam Bloom)

“Eu estava nervosa de como conseguir obter a performance de atuação necessária de um pássaro”, contou Naomi Watts durante a coletiva de imprensa. “Afinal, Magpie é conhecido por não ser um pássaro muito amigável. Mas, no final, acabamos misturando pássaros treinados, animais robôs e um pouco de efeitos especiais. O Penguin rouba a cena totalmente”.

Além disso, talvez já de olho em uma possível indicação ao Oscar, Watts conta que precisou superar o medo de água para fazer o filme. Afinal, há uma longa sequência dela treinando caiaque. “A Sam original se tornou campeã mundial de caiaque. Isso não ficaria de fora”, contou. “Quase me afoguei quando tinha 14 anos. Agora, precisei superar esse medo”.

Ainda não há previsão de quando o filme ficará disponível no Brasil.

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