Entre ‘300’ e ‘P.S.: Eu Te Amo’, Gerard Butler é astro da ação e do romance Entre ‘300’ e ‘P.S.: Eu Te Amo’, Gerard Butler é astro da ação e do romance

Entre ‘300’ e ‘P.S.: Eu Te Amo’, Gerard Butler é astro da ação e do romance

Astro parece não ter problemas em ficar conhecido por fazer sempre os mesmos papéis nos cinemas

Matheus Mans   |  
26 de maio de 2023 05:00
- Atualizado em 31 de agosto de 2023 15:59

Ao falar em Gerard Butler, é difícil não pensar em explosões e cenas de ação de tirar o fôlego. Afinal, o ator escocês se especializou em um tipo de filme muito parecido com o de Liam Neeson: homens maduros, que até podem ser pais, que salvam o dia com atos de heroísmo em meio a explosões, carros correndo e por aí vai. É uma marca registrada.

No entanto, mais do que o brucutu de 300 ou de Destruição Total: O Último Refúgio, Butler é um homem com uma história repleta de altos e baixos, que envolvem histórias de superação como uma relação conflituosa com o pai, formação em direito e alguns segredos.

Senta que lá vem história

A história de Gerard Butler começou em 13 de janeiro de 1969 na cidade escocesa de Paisley. É o filho caçula de Margaret Hanton e Edward Butler, que se divorciaram quando Gerard ainda era uma criança. Foi criado pela mãe e perdeu contato com o pai, com quem só voltou a falar quando já era adolescente, aos 16 anos. Seis anos depois, porém, Edward Butler morreu de câncer e o relacionamento dos dois acabou assim, repentinamente.

Gerard Butler ganhou o estrelato em 300 (Crédito: Warner Bros.)

Depois, Butler foi fazer aquilo que não queria de verdade: estudar Direito na Universidade de Glasgow, na Escócia, onde chegou a desempenhar o papel de Presidente da Sociedade de Direito da Universidade de Glasgow. Entre estudar o que não queria de fato e a morte do pai, após tantos anos de afastamento, fez com que Butler se tornasse alcóolatra. Por estar deprimido frequentemente, a bebida era uma forma de escape, de respirar aliviado.

Publicidade

Aos poucos, porém, começou a dar espaço para sua veia artística – e a bebida foi ficando para trás, com Butler sem beber desde os anos 2000. Primeiramente, começou a cantar com uma banda de rock chamada Speed (e que, infelizmente, não tem registros de Butler como cantor). Também começou a dividir o tempo como advogado com os palcos, atuando em peças britânicas com sucesso de crítica e de público como Coriolanus e Trainspotting.

Gerard Butler se torna artista

Foi aí, bem perto dos anos 2000, que Gerard Butler começou a perceber que as suas possibilidades como ator eram maiores do que poderia prever. Em 1997, conseguiu o seu primeiro papel no cinema no filme Mrs. Brown e, já em 2000, conseguiu seu primeiro grande papel no malfadado filme Drácula 2000, sendo o protagonista da produção. Tudo isso foi apenas o cartão de visitas para estrelar a série americana Átila, o Huno. Virou um sucesso.

2004, porém, foi o grande ano de virada de Butler. Ele, que já fazia aula de canto há algum tempo, foi convidado para ser o protagonista de O Fantasma da Ópera nos cinemas. Foi neste momento, sob a direção de Joel Schumacher, que o esconcês começou a responder como um astro de Hollywood. Afinal, ele topou (e foi elogiado) por um trabalho difícil.

Em uma entrevista para a GQ, Gerard Butler conta que, na época, ele não conseguia acreditar na sorte que estava tendo – e que tinham te dado uma baita oportunidade. “Havia tantas vezes que eu ficava sentado pensando: ‘como diabos vim parar aqui? Isso é incrível. E eu não consigo nem cantar’”, explicou o astro, questionado sobre essa experiência. 

Já em 2006, dois anos depois de O Fantasma da Ópera e com filmes como A Lenda de Grendel e Duelo de Campeões no currículo, Gerard Butler faz aquele filme que é celebrado até hoje: 300. Interpretando Rei Leônidas, o astro se entregou de corpo e alma para a produção de Zack Snyder. Até antes do filme começar. Para a GQ, disse que ele próprio lutou pelo papel telefonando para o então presidente da Warner Bros., Alan Horn, e pedindo o papel – os produtores queriam Butler, mas estavam com medo de uma negativa de Alan.

Depois, Leônidas rendeu só alegrias para Butler. “Foram sete meses de treinamento. Sempre havia uma parte de mim pensando: ‘ok, quando vou parar de fazer isso?’. Mas fiquei muito feliz e surpreso por ter continuado. Eu meio que fiquei um pouco viciado nisso ou talvez viciado nas vantagens disso porque, depois de um certo ponto, nunca mais me senti bobo ou estranho de pé na minha capa”, comentou o ator em entrevista à Collider.

Gerard Butler, entre o romance e a porradaria

Depois disso, a carreira de Gerard Butler se concentrou principalmente em duas esferas: os romances que arrancam suspiros de pessoas apaixonadas por Butler; e os filmes de ação com pancadaria, geralmente colocando Gerard Butler como o salvador do dia. É uma dicotomia interessante que outros grandes astros brucutus não conseguiram alcançar.

Sobre o cinema romântico, não dá para ignorar o drama P.S. Eu te Amo, um dos maiores sucessos de bilheteria de 2007, e A Verdade Nua e Crua, uma comédia romântica bem bobinha com Katherine Heigl. Isso acabou colocando Butler em um outro nicho de público, que passou a se apaixonar também pelo astro – e não apenas ficar chocado com sua força.

Um homem romântico: Butler também esteve no romance dramático P.S.: Eu Te Amo (Crédito: Paris Filmes)

Para além disso, porém, temos Gerard Butler em filmes explosivos e que viraram uma marca registrada. Quando vemos o trailer de qualquer um deles, já sabemos como será.

Esse tipo de filme ganhou força em 2013, com Invasão a Casa Branca – que, vale lembrar, acabou se transformando em uma franquia protagonizada por esse agente vivido por Butler, Mike Banning. O escocês ainda protagonizou alguns filmes-catástrofes (Tempestade, Fúria em Alto Mar, Destruição Final), um sobre uma queda de avião (Alerta Máximo) e por aí vai.

Para os próximos projetos, Butler está cada vez mais Liam Neeson: apostando no mesmo formato, seja com continuações ou, então, com filmes que repetem fórmulas. Dos oito projetos futuros no IMDb, cinco se encaixam nisso: Covil de Ladrões 2, Kandahar, Remote Control, Destruição Final 2 e Just Watch Me. Butler parece não ter mais medo de ser taxado por sempre fazer o mesmo papel. E tudo bem: Gerard Butler pode não ter se consagrado como um A-list de Hollywood, mas faz sucesso e tem fãs em todo o mundo. Com certeza, é mais do que aquele jovem formado em direito imaginava quando estava na Escócia.

Siga o Filmelier no FacebookTwitterInstagram e TikTok.