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'Maligno' é a homenagem de James Wan aos filmes de terror italianos
Diferentemente do que temos visto no gênero, o cineasta dá um novo passo que é, no mínimo, interessante
Raíssa Basílio | 10/09/2021 às 11:48 - Atualizado em: 11/09/2021 às 20:25
Ontem, 9, chegou aos cinemas brasileiros 'Maligno', o novo filme de terror de James Wan - que se tornou uma referência no gênero, com o sucesso das franquias de 'Jogos Mortais', 'Sobrenatural' e 'Invocação do Mal'. Desta vez, o diretor traz uma história diferente, escrita em parceria com a esposa, Ingrid Bisu, e a roteirista Akela Cooper. Por mais que tenha a mesma atmosfera das produções anteriores, o cineasta se arrisca para criar algo novo.
- Leia também: Filmes de terror realmente precisam nos “assustar”?
No filme, protagonizado por Annabelle Wallis (que trabalhou com Wan em 'Annabelle'), acompanhamos Madison Mitchell, uma mulher que passa a ter visões de assassinados depois de ser agredida pelo marido. Ela entra em uma paralisia quando está presenciando os crimes e não consegue parar de entrar nessas transes.
Wan não dirigia um longa de terror desde 'Invocação do Mal 2', lançado em 2016. O último trabalho dele como diretor tinha sido em 2018, com 'Aquaman' - a continuação também ficará a cargo do cineasta e está sendo filmada neste instante. Enquanto isso, ele já ensaia o retorno para mais um capítulo da franquia 'Sobrenatural', dessa vez como codiretor.

'Maligno' volta a reafirmar um novo formato de produções de terror, que possuem sempre um gancho investigativo, que foi visto este ano em 'Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio' . Aqui no Filmelier discutimos o assunto melhor em um texto citando essa mudança de tom em blockbusters do gênero.
Um dos motes da trama é descobrir quem é o assassino da história, já que a protagonista, Madison, passa a ser apontada como a principal suspeita. A irmão dela, Sydney (Maddie Hasson), passa a investigar a série de mortes para provar a inocência de Madison.
Visualmente falando, 'Maligno' é impecável, James Wan é talentoso com a câmera. Os planos foram muito bem pensados e executados. Um dos melhores é uma cena em que a protagonista checa em todos os cômocos se está realmente sozinha em casa. Wan traz uma visão panorâmica, vista de cima, e sem cortes.
A criatividade do diretor em filmar de diferentes ângulos consegue construir um clima de suspense - que bebe da fonte de Alfred Hitchcock e de Dario Argento, e de muitos outras produções de terror italianas dos anos 1980.
Por falar em Hitchcock, ao promover o filme, James Wan pediu para que os espectadores mantenham em segredo o final. O diretor inglês fez o mesmo quando lançou 'Psicose', em 1960. De fato, as duas produções tem finais chocantes, mas seria injusto compará-las já que o longa mais novo tem um toque levemente cômico.

Como pediu o diretor, não daremos spoilers sobre o grande acontencimento de 'Maligno'. Ficamos, então, com as palavras do próprio realizador: em entrevista ao site Games Radar, o diretor contou que a ideia era trazer uma história diferente, completamente original.
"O objetivo era voltar às minhas raízes do terror independente, mas, ao mesmo tempo, fazer algo que eu nunca fiz antes", disse Wan. "É minha opinião sobre aquele tropo particular dos anos 1980 de narrativa em que uma vítima começa a ver através da visão de um assassino", completou.
Segundo o realizador, a intenção foi demostrar o amor que ele tem por esse tipo de filme e pelos diretores Brian De Palma, Dario Argento e Mario Bava. Para quem não está acostumado com os dois cineastas italianos citados, a nova empreitada de Wan é surpreendente.
'Maligno' é tudo, menos previsível - a história é o mais perto de algo original, comparado com o que o cinema de terror atual tem entregue ao público. E, pelas indiretas nas recentes entrevistas do diretor, é possível que esta trama se torne outra franquia nas mãos de James Wan.
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Jornalista de cultura e entretenimento. Já passou pelo Papelpop e UOL, escrevendo sobre cinema, música e TV, e também trabalhou com produção na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Foi redatora do Filmelier.

Jornalista de cultura e entretenimento. Já passou pelo Papelpop e UOL, escrevendo sobre cinema, música e TV, e também trabalhou com produção na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Foi redatora do Filmelier.
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