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‘Meu AmigãoZão: O Filme’ leva o sucesso das telinhas para o cinema

Foi por volta de 2006 que o cineasta Andrés Lieban decidiu embarcar no primeiro edital de fomento à animação nacional. A ideia? Um curta-metragem, de apenas um minuto de duração, sobre um garoto que tem um elefante como melhor amigo. Deu muito certo: com o tempo, esse curta se transformou numa série de animação com 104 episódios e, nesta semana, chega aos cinemas com o divertido ‘Meu AmigãoZão: O Filme’.

Dirigido por Lieban, que também comanda a série ‘Meu AmigãoZão’ e é a mente criativa por trás do curta ‘AmigãoZão’, o filme conta a história de um trio de crianças que se frustram com os planos de seus pais. Os adultos querem enviá-los para um acampamento ao invés de fazer as atividades que os pequenos desejam. O trio, então, decide embarcar em uma viagem ao mundo da imaginação ao lado de seus amigos animais imaginários.

Vilão, com voz de Guilherme Briggs, é novidade do filme em comparação com a série (Crédito: Divulgação/O2)

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“Foi uma coisa não planejada”, conta Lieban, sobre a ideia de levar ‘Meu AmigãoZão’ para os cinemas, em entrevista ao Filmelier. “Nós começamos a preparar a ideia de um longa lá no comecinho na segunda temporada. Christiaan Oyens, nosso compositor, começou a compor a trilha há mais de dez anos. Mas foi só durante a pandemia que conseguimos nos organizar”.

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Falando em pandemia, Lieban conta que, por conta das regras de distanciamento, quase todo o filme foi feito à distância, remotamente. “A trilha sonora foi orquestrada em Praga. Eu acordava aqui de madrugada para acompanhar, o Chris ficava acompanhando da Inglaterra e ainda tinha o tradutor para o checo. Agora, assistir esse filme em uma sala de cinema, com música orquestrada, é outra experiência. O som te envolve”.

‘Meu AmigãoZão’ para todos os públicos

Apesar de ter os mesmos personagens do desenho, ‘Meu AmigãoZão: O Filme’ seguiu por alguns caminhos diferentes. Pra começar, colocou um vilão, com trabalho de voz de Guilherme Briggs, trazendo mais dramaticidade para a história. Depois, apostou em um visual sofisticado – o filme todo foi renderizado em 4K – e abraçou músicas mais complexas.
“O filme teve a preocupação de não ser um episódio estendido. É uma experiência cinematográfica”, explica Lieban. “A música tem outra pegada. Na série é mais um jingle, no filme tem densidade musical e narrativa. A gente pode brincar também com ângulos mais imersivos, cenários com mais luz, sombras e textura.  A animação teve um trabalho de mais revisões do que quando fazemos para a televisão. A história tem mais fluidez”. Além disso, Christiaan Oyens, compositor, conta que teve muito mais tempo para se dedicar à música. “O compositor precisa ser rápido. A velocidade de tudo é muito importante. Mas tive a sorte de ter muito tempo para evoluir com essas canções”, conta. “A música do vilão teve várias versões. O que pode ser uma frustração para alguns compositores não me incomoda em absoluto. Gosto de fazer as coisas com calma. O principal foi isso: a sorte de ser um longa de animação, com outro tempo de produção. Eu estou acostumado a ser a última participação de um filme, com muito pouco tempo. Nesse caso, não foi assim. E foi ótimo”.

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Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura e tecnologia, com seis anos de experiência. Já passou pelo Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites, sempre falando de cinema, inovação e tecnologia. Hoje, é editor do Filmelier.

Escrito por
Matheus Mans

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