“Não é um filme doutrinário”, diz diretor de ‘Nada é por Acaso’ “Não é um filme doutrinário”, diz diretor de ‘Nada é por Acaso’

“Não é um filme doutrinário”, diz diretor de ‘Nada é por Acaso’

Para Márcio Trigo, filme inspirado em obra de Zíbia Gasparetto é espiritualista, mas com uma pegada de thriller

Matheus Mans   |  
21 de novembro de 2022 13:24

Ao pensar em literatura espírita, Zíbia Gasparetto é um dos primeiros nomes a serem lembrados — e um dos mais celebrados. Não é pra menos: Zíbia, que morreu em 2018 aos 92 anos, escreveu mais de 50 livros, escritos ao longo de 60 anos. E foi apenas na última quinta-feira, 17, que uma de suas histórias chegou às telonas com ‘Nada é por Acaso‘.

Dirigido por Márcio Trigo (‘O Relógio da Aventura’), o longa-metragem acompanha a trajetória de Marina (Giovanna Lancellotti), uma mulher que volta de uma viagem com R$ 5 milhões em sua conta. Agora, ela só quer seguir em frente sem olhar para trás e encarar o que fez. Contudo, os encontros constantes entre ela, Maria Eugênia (Mika Guluzian), Henrique (Tiago Luz) e o filho do casal mostra que estão unidos por laços de amor e amizade para além dessa vida.

Cena de ‘Nada é por Acaso’, protagonizado por Giovanna Lancellotti (Crédito: Divulgação/Imagem Filmes)

“Me ofereceram um outro livro da Zíbia para dirigir a adaptação há alguns anos, ‘O Advogado de Deus’, e gostei muito das tramas. Tem uma pegada de dramaturgia muito forte, um tom folhetinesco mesmo. Fui entrando em contato com a obra da Zíbia e me encantando”, explica o cineasta em entrevista ao Filmelier. “Calhou de adaptarmos ‘Nada é por Acaso’ que, além de toda a questão do espiritismo, tem uma narrativa muito envolvente. É quase uma novela”.

Espiritualidade de ‘Nada é por Acaso’

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A partir daí, Trigo começou a desenvolver a ideia desta primeira adaptação de uma obra de Zíbia. Optaram por deixar toda a questão do espiritismo para o final da obra e focar, no restante da história, no drama desses personagens.

“Não é um filme doutrinário. É um filme espiritualista, é claro, mas que tem uma pegada de thriller muito forte também. A gente não queria fazer um filme que fosse espírita do começo ao fim, senão ia restringir nosso alcance, nosso público, nossa história”, diz Márcio. “Tem toda aquela culpa que a Marina sente, toda a questão da traição. Não sabemos exatamente como as coisas acontecem, de onde vem a culpa, qual é a traição. Sabemos apenas o que aconteceu depois e, a partir disso, vamos descobrindo detalhes das coisas que vão se desenvolvendo”.

Márcio comenta que, com esse cenário e com essa proposta de ‘Nada é por Acaso’, há a esperança de levar de volta aos cinemas aquelas pessoas que gostam dessas histórias, mas que não retornaram com força total depois da pandemia. “Por incrível que pareça, o público do teatro voltou mais rápido do que voltou aos cinemas”, diz o diretor. “Apostamos que a Zíbia Gasparetto, que tem muitos fãs, faça esse movimento de levar as pessoas de volta ao cinema”.

Nada é por Acaso’ já está em cartaz nos cinemas. Para saber mais sobre o filme, como ficha técnica e detalhes de elenco, acesse aqui.

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