Mercado de streaming

Peacock, streaming da Universal, tem desempenho fraco nos EUA

Um das últimas plataformas de grandes estúdios a embarcar na onda de serviços de streaming, o Peacock não teve bons resultados nos Estados Unidos. De acordo com a empresa de inteligência Sensor Tower, o aplicativo da NBCUniversal foi baixado cerca de 1,5 milhão nos seis primeiros dias.

Para efeito de comparação, o Quibi — streaming de vídeos rápidos para celulares que foi considerado um fracasso — foi baixado 1,6 milhão de vezes no período. O Disney+, 13 milhões de vezes. E atualmente, principal concorrente Netflix possui 193 milhões de assinantes em todo o mundo.

Mas é claro, vale ressaltar: esses 1,3 milhões de downloads não significam, em hipótese alguma, uma equivalência do número de assinantes. Afinal, um assinante pode ter baixado o Peacock em mais de um dispositivo ou, ainda, o download pode não ter sido convertido em uma assinatura.
O filme original e exclusivo ‘Psych 2: Lassie Come Home’ está disponível na plataforma (Crédito: Divulgação/NBCUniversal)

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Por fim, nas lojas de aplicativos, os resultados não poderiam ser mais distintos. Na App Store, da Apple, ficou em primeiro lugar nos dois primeiros dias. Agora está na 26ª posição de apps que não são jogos. No Google Play, ainda se mantém na primeira posição nessa mesma categoria. Ainda não há uma data para a chegada do serviço de streaming da Universal Pictures no mercado brasileiro ou, ainda, latino-americano.

Diferenças do Peacock

Seria injusto, porém, não considerar as diferenças do Peacock em relação aos demais concorrentes do mercado. A NBCUniversal optou por não fazer um grande investimento de marketing neste início da plataforma. Afinal, eles preferem otimizá-la primeiro e, depois, aumentar a divulgação. Isso sem falar que são poucas, por enquanto, as produções originais da plataforma. Mas, é algo que deve crescer com o passar do tempo. Além disso, o serviço de streaming está testando várias formas de assinatura. Neste começo do Peacock, é possível usufruir do catálogo de forma gratuita, mas com propagandas; pagando US$ 4,99, ainda com alguns anúncios; e US$ 9,99, que seria o plano premium, sem anúncios.
Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura e tecnologia, com seis anos de experiência. Já passou pelo Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites, sempre falando de cinema, inovação e tecnologia. Hoje, é editor do Filmelier.

Escrito por
Matheus Mans

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