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“É totalmente diferente”, diz diretor de ‘Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo’
Novo filme da Turma da Mônica Jovem traz novo elenco, direção e produção; protagonistas precisaram enfrentar o ódio das redes sociais
A chegada de Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medoaos cinemas não foi tranquila. O longa é o primeiro filme de um novo projeto da Maurício de Sousa Produções (MSP) para falar sobre a turma já na adolescência. É bem diferente de Laçose Lições, mudando diretor (sai Daniel Rezende e entra Maurício Eça), produtora e, o que mais revoltou o público, elenco (Sophia Valverde é Mônica, Xande Valois é Cebola, Bianca Paiva é Magali e Theo Salomão é Cascão).
O público, inicialmente, não aceitou essa troca. Não só preferem os atores dos outros dois filmes, como também reclamaram de algumas escolhas, dizendo que não parecem com os personagens. O resultado dessa insatisfação inicial? Jogaram hate em cima do novo elenco nas redes sociais, destilando ódio gratuito contra menores de idade. Com isso, o tema foi um dos mais abordados pelo elenco em entrevista coletiva na segunda-feira, 15.
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“Não deixava o pessoal ler os comentários. Falava pro pessoal sair do celular. Pra que ficar com essa energia?”, contou Bianca Paiva, a atriz da Magali. No entanto, algumas pessoas do elenco acabaram entrando em contato com a chuva de hate contra o filme — e a saída foi ajuda mútua. “A gente se ajudou muito. Colocamos todo mundo pra cima”, diz Théo, o Cascão. “Foi o famoso ninguém solta a mão de ninguém”, finaliza Carol Roberto, a intérprete da Milena.
Elenco principal de Turma da Mônica Jovem precisou enfrentar o ódio das redes (Crédito: Imagem Filmes)
Turma da Mônica Jovem: um novo momento da MSP
Quando Maurício de Sousa resolveu lançar os quadrinhos da Turma da Mônica Jovem, recebeu olhares contrariados. O mercado não acreditava, naquele momento, que uma HQ para adolescentes, em formato de mangá, conseguiria conquistar sua parcela de público. “Meu pai levou muitos golpes do Sansão quando fizemos Turma da Mônica Jovem“, disse Mônica de Sousa, na coletiva. Além disso, mudava totalmente a dinâmica nas bancas de jornal: enquanto o gibi era comprado pelos pais para dar aos filhos, os quadrinhos tinha que ser uma compra consciente do jovem. Agora, com Reflexos do Medo, a situação é similar. Enquanto os outros filmes apelam para uma nostalgia entre os mais velhos e conversam com as crianças que estão descobrindo a Turma agora, o novo longa-metragem tenta captar o público adolescente com uma trama de aventura, suspense e até terror. “É totalmente diferente da Turma da Mônica clássica”, explica o diretor. “O DNA da Turma está dentro deles. Tem tudo que viveram na clássica, agora na Jovem”.
Enquanto isso, a história foca em algo importante na vida do adolescente: encarar o crescimento que está chegando. “É sobre olhar para o nosso reflexo. Somos colocados à prova no filme, de frente para o nosso medo”, explica Carol Roberto, o principal acerto do longa-metragem. “Os personagens são testados o tempo todo. Quando a Milena é colocada à prova, puxada para o sobrenatural e para os sonhos, há algo maior. É o maior medo e enfrentamos isso”. Marcos Saraiva, diretor da MSP para os projetos de audiovisual, conta que já existem outros três filmes desse mundo, com esse elenco, encaminhados. “Esse projeto é uma quadrilogia. Tem muita coisa pra acontecer”, diz o executivo. “Em Turma da Mônica Jovem, cabe muito mais magia e o sobrenatural do que na Turma clássica. Tem muito a acontecer”.
