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Os melhores filmes de 2023
Em uma seleção tão eclética para os melhores filmes de 2023, haverá algum elemento em comum? Acreditamos que sim: a possibilidade. A possibilidade de entender o mundo – e nossa própria identidade – de uma maneira que não tínhamos considerado antes. A possibilidade de levar a linguagem da animação em novas direções. A possibilidade de dizer e sentir tudo com pouco. De encontrar conexões onde não as esperamos. E, também, a possibilidade de transformar o cinema mais uma vez em um evento. Estes são os melhores filmes de 2023 para assistir nos cinemas e em streaming, de acordo com a equipe da Filmelier.
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Em uma seleção tão eclética para os melhores filmes de 2023, haverá algum elemento em comum? Acreditamos que sim: a possibilidade. A possibilidade de entender o mundo – e nossa própria identidade – de uma maneira que não tínhamos considerado antes. A possibilidade de levar a linguagem da animação em novas direções. A possibilidade de dizer e sentir tudo com pouco. De encontrar conexões onde não as esperamos. E, também, a possibilidade de transformar o cinema mais uma vez em um evento. Estes são os melhores filmes de 2023 para assistir nos cinemas e em streaming, de acordo com a equipe da Filmelier.
O filme mais recente de Wes Anderson é, em palavras simples, o "mais Wes Anderson" até agora. O diretor sabe disso, e em Asteroid City leva seu estilo idiossincrático ao extremo, em um filme sobre um programa de televisão sobre a criação de uma peça de teatro. No entanto, Anderson consegue encontrar a espiritualidade e a humanidade no seu artifício: seja através da arte ou da ciência, todos buscamos nosso lugar no universo e o significado de nossas vidas. Leia mais em nossa crítica completa. – Lalo Ortega, editor-chefe de Filmelier
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O filme mais recente de Wes Anderson é, em palavras simples, o "mais Wes Anderson" até agora. O diretor sabe disso, e em... [+]
Quando sentei na poltrona para assistir a Tia Virgínia, não tinha ideia do que iria encontrar. Li pouco sobre o filme e só sabia que Vera Holtz, que interpreta a personagem-título, estava fantástica. O fato é que saí transformado da projeção: o longa-metragem de Fábio Meira é um espetáculo do começo ao fim, falando sobre a beleza e a dor das relações familiares, os efeitos disso em uma pessoa machucada pelo tempo e, acima de tudo, como chegamos em um limite. Holtz entrega a melhor atuação feminina do ano, criando uma Tia Virgínia cansada, mas que precisa entregar um sorriso durante a véspera de Natal, quando recebe as irmãs, o cunhado e os sobrinhos para celebrar a data, enquanto a mãe das três irmãs não mais se comunica. É um filme potente, que, na superfície, pode parecer mais um filme de embates e brigas familiares, como Álbum de Família, com Meryl Streep. Mas, no fundo, é muito mais forte e interessante do que isso – Matheus Mans, editor do Filmelier.
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Quando sentei na poltrona para assistir a Tia Virgínia, não tinha ideia do que iria encontrar. Li pouco sobre o filme e... [+]
Completamente ácido e irreverente, Clube da Luta Para Meninas (Bottoms) foi uma surpresa completamente inesperada entre as comédias do ano, mas também um resultado que não poderia ser diferente. O filme é dirigido por Emma Seligman, do ótimo Shiva Baby, e estrelado por Rachel Sennott, também protagonista de Shiva Baby, refazendo a parceria com a diretora, e por Ayo Edebiri (da aclamada série The Bear). A dupla está impecável, o texto é dinâmico e perspicaz e a direção afiadíssima. Uma espécie de mistura de Fora de Série e Clube da Luta, o filme entrega romance sáfico, humor físico e uma deliciosa sátira adolescente como a tempos não lançava. Pra quem é fã de comédia esse é essencial. - Miguel Possebon, assistente de redação
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Completamente ácido e irreverente, Clube da Luta Para Meninas (Bottoms) foi uma surpresa completamente inesperada entre... [+]
Filme que chegou cercado de desconfiança nos cinemas, A Morte do Demônio: A Ascensão tinha tudo para ser mais uma história vazia, querendo apenas surfar na onda de direitos autorais. Mas não: o longa-metragem, mesmo que não tão bom quanto os originais, acertou com uma trama que assusta de verdade e não fica perdendo tempo tentando criar subtramas para transformar em um “terror elevado”. É terror e ponto final. O longa-metragem não tem Ash, tampouco Sam Raimi, mas ainda assim a essência da franquia está bem marcada na história da jovem que volta para a casa da irmã e acaba se deparando com a possessão de um demônio perigosíssimo. A partir daí, o diretor Lee Cronin ( de The Hole in the Ground), que também assina o roteiro, brinca com os mais variados medos do espectador, indo desde jump scares banais até violência gráfica. Não é um filme fácil de assistir, mas cumpre o seu papel: dá medo e deve deixar os fãs da franquia original se divertindo com as várias referências colocadas ali por Cronin – Matheus Mans
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Filme que chegou cercado de desconfiança nos cinemas, A Morte do Demônio: A Ascensão tinha tudo para ser mais uma histór... [+]
Como não falar do filme que trouxe Brendan Fraser de volta aos holofotes e lhe concedeu um Oscar de Melhor Ator? Dirigido por Darren Aronofsky (Mãe!, Cisne Negro), A Baleia não precisa de muitos personagens ou grandes cenários para contar uma história tocante e complexa — um tanto quanto depressiva, mas emocionante. A beleza está no ordinário. Fraser, no papel da sua carreira, e Sadie Sink, destaque de Stranger Things, exploram temas sensíveis de forma sutil e arrebatadora. — Vitória Pratini
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Como não falar do filme que trouxe Brendan Fraser de volta aos holofotes e lhe concedeu um Oscar de Melhor Ator? Dirigid... [+]
Uma jovem mulher francesa, mas nascida na Coreia do Sul, embarca em uma viagem impulsiva ao país asiático para se reconectar com as raízes que lhe foram negadas quando foi adotada. A partir dessa premissa, Return to Seoul se torna uma profunda –e furiosa– exploração de identidades mistas, vidas hipotéticas e famílias mutiladas, da perspectiva daqueles que foram exilados à força, incapazes de decidir por si mesmos. É possível, por acaso, voltar para um lugar onde nunca pertencíamos? – Lalo Ortega
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Uma jovem mulher francesa, mas nascida na Coreia do Sul, embarca em uma viagem impulsiva ao país asiático para se recone... [+]
Novo filme do grande cineasta Christian Petzold, de Bárbara e Undine, Afire tem uma história aparentemente simples, mas que guarda uma profunda reflexão. Começa com a chegada de um escritor (Thomas Schubert) e seu amigo (Langston Uibel) em uma casa de campo, para que o protagonista possa terminar seu mais novo livro. Só que, chegando lá, descobrem que há uma moça (Paula Beer) alugando parte da casa para a temporada. Nós, espectadores, nos divertimos com o escritor vivido brilhantemente por Schubert tentando se aproximar da jovem enquanto lida com uma espécie de bloqueio criativo. Aos poucos, porém, Petzold vai mostrando que sua história é mais do que isso, falando, principalmente, sobre como precisamos olhar mais para fora do que para dentro – Matheus Mans
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Novo filme do grande cineasta Christian Petzold, de Bárbara e Undine, Afire tem uma história aparentemente simples, mas... [+]
A estreia em longa-metragem da cineasta mexicana Michelle Garza Cervera se destaca como um dos melhores filmes de 2023, quase por mérito de ter sido uma das surpresas mais agradáveis do ano no gênero de terror. Huesera apresenta a história de Valeria, uma jovem mulher (Natalia Solián) que recebe a notícia de que ela e seu marido esperam um bebê. No entanto, a presença de uma entidade sinistra a faz sucumbir gradualmente ao peso das expectativas sociais, seus desejos frustrados e a transformação de seu corpo. Inspirado nos mundos de David Lynch, Roman Polanski, David Cronenberg e mais, Huesera se torna uma exploração profunda e arrepiante da identidade mexicana, da feminilidade e da maternidade à sombra da religião católica e dos papéis de gênero convencionais. Leia mais em nossa crítica completa. – Lalo Ortega
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A estreia em longa-metragem da cineasta mexicana Michelle Garza Cervera se destaca como um dos melhores filmes de 2023,... [+]
Filme de ação com Keanu Reeves, John Wick 4 chegou em um outro nível de história. É, disparado, o mais exagerado e divertido da franquia. O longa mostra John (Keanu Reeves) novamente como um pária dentro do universo da Alta Cúpula, essa irmandade que comanda as diferentes famílias de assassinos espalhadas pelo mundo. É uma história que anseia desesperadamente em ser maior, em todos os sentidos. Apesar disso, John Wick 4: Baba Yaga tem mais acertos do que erros. Stahelski, com roteiro de Shay Hatten e Michael Finch, mostra claramente que adora todo o universo construído na franquia: ele explora ao máximo a cultura da Alta Cúpula e mostra como pode ser divertido falar de sociedades de assassinos com suas regras próprias. Leia a crítica completa aqui– Matheus Mans.
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Filme de ação com Keanu Reeves, John Wick 4 chegou em um outro nível de história. É, disparado, o mais exagerado e diver... [+]
O filme em si tem uma estética única, colorida, com uma paleta em tons pastéis, e uma personalidade que grita “Barbie” e “Greta Gerwig”. É interessante ver o contraste entre o mundo de Barbie, o mundo de Ken e o mundo real, todos muito bem construídos e ambientados. A cineasta, responsável pelos aclamados Lady Bird e Adoráveis Mulheres, mais uma vez demonstra seu talento como diretora ao dar vida à história de Barbie. Sua abordagem sensível e envolvente destaca a importância da autoaceitação, da amizade verdadeira e da busca pelos sonhos. Alguns podem achar caótico e estereotipado — e talvez seja — mas não é assim a vida? — Vitória Pratini, estrategista de conteúdo do Filmelier
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O filme em si tem uma estética única, colorida, com uma paleta em tons pastéis, e uma personalidade que grita “Barbie” e... [+]
Em um ano que nos trouxe múltiplas propostas de animação digital híbrida –misturando aspectos de 3D e 2D– alguns estúdios e diretores optaram por estilos mais tradicionais, com belos resultados. O diretor Makoto Shinkai (Your Name.) retorna com Suzume, sobre uma adolescente do ensino médio que, junto com um misterioso rapaz, embarca em uma jornada por todo o Japão para fechar portais mágicos dos quais emana uma ameaça invisível para o país asiático. Inspirada nas cicatrizes psicológicas e sociais deixadas pelo terremoto de Tōhoku em 2011, a fantasia e o romance de Suzume –disponível na Crunchyroll– nos mostram que é possível curar, seguir em frente e construir um futuro, tudo com uma animação linda e impecável. Leia mais na crítica completa. – Lalo Ortega
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Em um ano que nos trouxe múltiplas propostas de animação digital híbrida –misturando aspectos de 3D e 2D– alguns estúdio... [+]
Desde uma separação forçada em O Amor é Estranho até umas últimas e agridoces férias familiares em Frankie, o diretor norte-americano Ira Sachs não é estranho a histórias complicadas sobre relacionamentos humanos - incluindo, além disso, os melhores atores do momento em seus elencos. Passagens não é exceção: somos testemunhas do declínio no relacionamento de um casal gay (Franz Rogowski e Ben Whishaw) quando um de seus membros se apaixona por uma mulher (Adèle Exarchopoulos), entre o impulso de quebrar a rotina marital e a busca por satisfazer suas lacunas, com resultados catastróficos. Não é uma espiral descendente fácil de assistir, mas Sachs consegue retratar como os profundos vazios humanos podem trazer à tona o lado destrutivo do romance.– Lalo Ortega
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Diretor consagrado de filmes como Bacurau e Aquarius, o cineasta Kleber Mendonça Filho faz seu filme mais pessoal e íntimo em Retratos Fantasmas. Aqui, ele se vale de fitas que gravou ao longo da vida, principalmente no início da vida adulta, nos anos 1990, para mostrar como o mundo se transformou – mais especificamente, Recife, quase sempre da janela de sua casa. A partir daí, mostrando como o cinema (e o audiovisual, no geral) consegue transformar qualquer pessoa, espaço ou animal em fantasmas, Kleber faz uma dissertação sobre como os cinemas, enquanto ambiente de estar, se transformaram e são, na verdade, templos que abrigam fantasmas – seja na tela ou até mesmo atrás delas. Um filme poderoso, que se equilibra entre o pessimismo e o otimismo, e que dialoga com a realidade de cada pessoa que está assistindo ao filme a partir da visão criativa de Kleber – Matheus Mans.
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Diretor consagrado de filmes como Bacurau e Aquarius, o cineasta Kleber Mendonça Filho faz seu filme mais pessoal e ínti... [+]
Outra história de "rapaz conhece rapariga", exceto que ambos têm o coração partido por separações difíceis. Rye Lane: Um Amor Inesperado é uma comédia romântica que resulta da combinação de Antes do Amanhecer com o humor caótico de ver seus protagonistas ajudarem um ao outro a enfrentar suas respectivas ex-parceiras e, ao mesmo tempo, se apaixonarem. Um dos melhores filmes de 2023 pela virtude de pegar a comédia romântica e virá-la de cabeça para baixo. – Lalo Ortega
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Outra história de "rapaz conhece rapariga", exceto que ambos têm o coração partido por separações difíceis. Rye Lane: Um... [+]
A nossa lista de melhores do ano tem espaço também para curtas. Especificamente, para um dos quatro curtas lançados por Wes Anderson na Netflix ao longo de 2023. O Cisne, para mim, é o melhor deles. Inspirado em um texto de Roald Dahl, o filme acompanha a vida de um garotinho brilhante que é atormentado pelos valentões da escola. De maneira bastante poética e lúdica, Anderson mostra os efeitos disso na vida do rapaz – incluindo na vida adulta – e coloca muita reflexão, mesmo em apenas 17 minutos de duração, sobre o que o bullying pode fazer na vida de uma pessoa. Bonito e poético – Matheus Mans.
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A nossa lista de melhores do ano tem espaço também para curtas. Especificamente, para um dos quatro curtas lançados por... [+]
Pode parecer que não há muito a dizer nos filmes de amadurecimento - muito menos em uma adaptação de um livro dos anos 70. Crescendo Juntas conta a história que os fãs do clássico romance de Judy Blume certamente conhecerão bem: uma garota (Abby Ryder Fortson), filha de uma mãe cristã e pai judeu, se muda de Nova York para Nova Jersey, onde precisa fazer novos amigos, enfrentar a transição para a vida adulta e encontrar seu próprio caminho entre um choque de dogmas e expectativas familiares. Com uma profundidade atípica para o gênero –e com considerável ajuda de Rachel McAdams, que tira o máximo proveito de seu tempo limitado na tela– essa brilhante adaptação de Kelly Fremon Craig (Quase 18) se torna digna de um lugar entre os melhores filmes de 2023. Leia mais em nossa crítica completa. – Lalo Ortega
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Pode parecer que não há muito a dizer nos filmes de amadurecimento - muito menos em uma adaptação de um livro dos anos 7... [+]
Nada como ver o ensimesmamento crônico de nossa sociedade contemporânea levado ao extremo, como uma maneira de manter uma distância saudável e refletir. Doente de Mim Mesma conta a história da barista Signe (Kristine Kujath Thorp) e do artista conceitual Thomas (Eirik Sæther), que estão em um relacionamento claramente disfuncional. Quando ele começa a ter sucesso em seu trabalho, ela toma medidas extremas - não é exagero - para se sentir novamente como o centro do mundo. Caminhando na linha tênue entre sátira e horror corporal através do narcisismo crônico, o filme de Kristoffer Borgli é um golpe de realidade que atinge com a força de um trem a nossa cultura de espetáculo efêmero no TikTok. Leia mais em nossa crítica completa de Doente de Mim Mesma. – Lalo Ortega
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Nada como ver o ensimesmamento crônico de nossa sociedade contemporânea levado ao extremo, como uma maneira de manter um... [+]
Parece que Tom Cruise não tem freios:depois de subir o Burj Khalifa e de ficar preso do lado de fora de um avião, o ator continua impressionando em suas cenas de ação no empolgante Missão: Impossível 7 - Acerto de Contas Parte Um. Dirigido de novo porChristopher McQuarrie (de Efeito Fallout), o longa-metragem acompanha novamente o agente Ethan Hunt (Cruise) em uma missão (quase) impossível: enfrentar uma inteligência artificial que tem o poder de controlar qualquer coisa, inclusive governos e agências de inteligência. Espécie deO Enigma de Outro Mundo digital, em que ninguém pode confiar em ninguém fora do mundo real ou analógico, a paranoia toma conta da história, em uma das tramas mais desesperadoras da saga Missão: Impossível – nem sentimos as mais de 2h40 de projeção do filme. E o longa-metragem ainda conta com algumas cenas de ação espetaculares, como o salto de Tom Cruise de um desfiladeiro e uma cena desesperadora dentro de um trem, onde Hunt e Grace, uma ótima nova personagem interpretada por Hayley Atwell, precisam sobreviver enquanto partes do trem despencam – Matheus Mans
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Parece que Tom Cruise não tem freios: depois de subir o Burj Khalifa e de ficar preso do lado de fora de um avião, o ato... [+]
Um filme pode conter perseguições, alienígenas, combates e outras sequências espetaculares, mas Ninguém Vai Te Salvar demonstra que só será tão bom quanto o drama interior de seu protagonista. E não é como se o filme de Brian Duffield (Espontânea) carecesse de espetáculo: sim, trata-se da misteriosa invasão alienígena a uma pequena cidade, mas no coração de tudo está Brynn (Kaitlyn Dever), uma jovem que foi exilada pela comunidade e que vive isolada dos outros por escolha própria. E sim, há perseguições, sustos e muita tensão, mas é o que Ninguém Vai Te Salvar diz sobre o perdão e a reconciliação que lhe dá seu poder como uma das surpresas do ano e uma das melhores filmes de 2023. Leia mais em nossa crítica completa. – Lalo Ortega
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Um filme pode conter perseguições, alienígenas, combates e outras sequências espetaculares, mas Ninguém Vai Te Salvar de... [+]
Não poderia faltar na lista de melhores do ano um dos melhores cineastas em atividade: Martin Scorsese. O diretor norte-americano reafirmou seu controle de narrativa e a potência de suas histórias com Assassinos da Lua das Flores, filme monumental que ajuda a dar uma nova (e necessária) visão sobre a morte de indígenas da tribo Osage, mortos pela ganância dos homens brancos. Com atuações marcantes, principalmente de Lily Gladstone e Robert De Niro, o longa-metragem conta com um ritmo lento, espalhado por suas mais de 200 minutos de duração, mas que conta com pequenas viradas de trama que vão reorientando a história para o sentido desejado por Scorsese: mostrar que essas mortes partem de um significado ainda mais entranhado na sociedade americana. O melhor de tudo, porém, é o final, quando Scorsese confronta a si próprio e até mesmo a própria audiência sobre como as histórias são contadas e perpetuadas – Matheus Mans
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Não poderia faltar na lista de melhores do ano um dos melhores cineastas em atividade: Martin Scorsese. O diretor norte-... [+]
Este documentário entrega exatamente o que o título promete: uma história completamente sufocante e impressionante. A temática e narrativa são similares a Free Solo, o ganhador do Oscar em 2019. Os dois filmes acompanham atletas de seus respectivos esportes (escalada e mergulho), mas que não são atletas "comuns": Os dois levam o esporte ao extremo, praticando modalidades mais perigosas e até mortais. Um documentário impressionante, repleto de tensão e um espetáculo narrativo, para sentar na cadeira e assistir vidrado. -Miguel Possebon
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Este documentário entrega exatamente o que o título promete: uma história completamente sufocante e impressionante. A te... [+]
Na briga entre Barbie e Oppenheimer, muitas pessoas resolveram comprar um lado – como se fosse necessário ter um vencedor – e ficaram do lado do filme da boneca. Eu, se fosse para assumir um dos lados, ficaria indubitavelmente com o filme sobre o criador da bomba atômica. Não só acho que este é o melhor filme de Christopher Nolan, que abandona muitas de suas ideias do que é cinema para contar uma história profunda sobre J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy), como também assume que o longa-metragem precisa ser uma reflexão sobre o que a criação da bomba atômica causou no âmago, na mente e até na saúde desse físico que entrou para a história. Há momentos inspirados aqui, com o filme fazendo com que a audiência questione até mesmo o estado em que o mundo está hoje, e também há atuações absolutamente históricas, principalmente do lado de Murphy (Peaky Blinders), que entrega um Oppenheimer atormentado pela sua criação – Matheus Mans.
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Na briga entre Barbie e Oppenheimer, muitas pessoas resolveram comprar um lado – como se fosse necessário ter um vencedo... [+]
A nova obra de Hirokazu Kore-eda (Assunto de Família), vencedora do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2023, não poderia ser outra senão uma magistral narrativa sobre relações humanas imperfeitas e complexas, cujas verdades são reveladas de maneira lenta e surpreendente. O que começa em Monster como a história aparente de uma mãe preocupada investigando o suposto abuso de um professor a seu filho, gradualmente se transforma em um problema intricado onde convergem preconceitos repressivos e sistemas sociais rígidos, resultando em vítimas involuntárias e silenciosas. – Lalo Ortega
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A nova obra de Hirokazu Kore-eda (Assunto de Família), vencedora do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2023,... [+]
Coisa rara de se ver é filme original da Netflix na lista de melhores do ano – tirando aqueles lançados e produzidos pensando essencialmente na temporada de premiações. Jogo Justo é um filme que surgiu no meio do ano, silenciosamente, e ninguém esperava grande coisa. Mas surpreendeu: ao contar a história de um casal trabalhando no competitivo mercado financeiro, o filme vai além. Afinal, achei que seria um filme sobre mercado financeiro, mas acabei encontrando um bom filme sobre egos frágeis, masculinidade frágil e tóxico e duas ótimas atuações de Phoebe Dyvenor e Alden Ehrenreich. Bela surpresa – Matheus Mans
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Coisa rara de se ver é filme original da Netflix na lista de melhores do ano – tirando aqueles lançados e produzidos pen... [+]
Poucas são as sequências de filmes que conseguem capturar as qualidades de seu antecessor e utilizá-las de modo a se superar. Aliens: O Resgate, Toy Story 2ou O Poderoso Chefão 2 estão entre os poucos que alcançam tal proeza, e definem um grupo muito seleto. Quando então foi anunciada uma sequência para Homem-Aranha no Aranha-verso, as expectativas foram às alturas, mas o risco também era enorme. Como um filme que se destacou por sua originalidade em adaptar um personagem tão conhecido, inventividade na conceito visual e sensibilidade em caminhar por diversas emoções sem perder o tom poderia ser superado? Nunca foi motivo de dúvida que a sequência seria boa, mas poderia ser melhor depois de tudo que o primeiro fez? E a resposta é um impressionante SIM! De alguma forma, Através do Aranhaverso conseguiu. As sequências são mais alucinantes, os personagens crescem em suas personalidades, os novos personagens se encaixam perfeitamente e tudo é um deleite visual que sobrecarrega todos os nossos receptores em um grande êxtase audiovisual. -Miguel Possebon
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Poucas são as sequências de filmes que conseguem capturar as qualidades de seu antecessor e utilizá-las de modo a se sup... [+]
O gênero da ficção científica cada vez mais é abraçado por autores negros que encontram na fantasia o lugar perfeito para inflamar denúncias sistemáticas. Sucessores da grande escritora de ficção científica do século XX, Octavia Butler, criadora do gênero apelidado Afrofuturismo, despontam no cinema trazendo frescor e originalidade para o gênero. Assim é Clonaram Tyrone, uma história repleta de conceito, um scifi intrigante com um texto ácido, crítico e inteligente. Estrelado por John Boyega (Star Wars: O Despertar da Força), Jamie Foxx (Django Livre) e Teyonah Parris (Se a Rua Beale Falasse), o trio carrega a narrativa com química e comicidade. Atacando temas como o controle das camadas sociais mais vulneráveis pela perpetuação da pobreza, o filme se consagra junto a outros grandes nomes do gênero, como Desculpe te Incomodar de Boots Riley ou Não! Não Olhe! de Jordan Peele. – Miguel Possebon
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O gênero da ficção científica cada vez mais é abraçado por autores negros que encontram na fantasia o lugar perfeito par... [+]
Um dos inegáveis destaques entre os melhores filmes de 2023 é o retorno do cineasta finlandês Aki Kaurismäki, seis anos após O Outro Lado da Esperança. Em Folhas de Outono, o diretor mais uma vez oferece uma visão irônica das vidas da classe trabalhadora, com a história de uma funcionária de armazém e um operário metalúrgico que se apaixonam rapidamente e por acaso, mas que não conseguem ficar juntos devido a acidentes fortuitos e problemas arraigados. Uma poderosa narrativa sobre encontrar conexão e refúgio em um mundo hostil, que encontra otimismo no humor ácido e penetrante característico do diretor. – Lalo Ortega
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Um dos inegáveis destaques entre os melhores filmes de 2023 é o retorno do cineasta finlandês Aki Kaurismäki, seis anos... [+]