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Por que assistir a este filme?
Um dos melhores filmes de super-heróis de 2021 e o mais convencional da ganhadora do Oscar Chloé Zhao - se você está em busca de um ‘Nomadland’ ou ‘Domando o Destino’ vai se surpreender com o resultado de ‘Eternos’. Quem achou que fosse uma produção lenta devido ao histórico da diretora, errou: ela conseguiu adaptar uma história como a Marvel Studios gosta e deixou sua marca nos grandes blockbusters de HQs. Apesar disso, ‘Eternos’ é um dos longas mais diferenciados do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), foge dos padrões, é extremamente inclusivo e também mostra mais ousadia, tirando aquela imagem de que super-heróis não são humanizado e não nutrem desejos. As discussões são maduras e a trama é um frescor por trazer algo novo. Sem perder as piadinhas e a grandeza do estúdio, Zhao faz um bom trabalho e mostra que consegue comandar um elenco de peso - nos longas anteriores, ela não trabalhava com atores profissionais, tirando Frances McDormand em ‘Nomadland’.

Raíssa Basílio
Ex-redatora do Filmelier
Como fez com personagens como Shang-Chi e Guardiões da Galáxia, a Marvel Studios pega mais um grupo pouco conhecido dos gibis e os leva para o mundo do cinema: os Eternos, criados por ninguém menos que Jack Kirby - pai de boa parte da Marvel Comics. Para esse desafio, o estúdio chamou uma diretora que, até então, havia feito apenas filmes independentes: Chloé Zhao, que ainda venceria o Oscar por ‘Nomadland’. A partir daí, construiu-se um elenco diverso (temos, por exemplo, os primeiros heróis PCD e LGBTQIA+ do Universo Marvel Cinematográfico) com nomes de peso, como Angelina Jolie, Salma Hayek, Kit Harington, Richard Madden (os dois últimos de ‘Game of Thrones’) e Gemma Chan (‘Podres de Ricos’). O resultado é um filme que destoa do tom geral da Marvel. ainda que repita diversos elementos da fórmula do estúdio, e que se distancia dos trabalhos anteriores de Zhao. Por isso, fãs da cineasta ou da Casa das Ideias: deixem de lado as expectativas pré-concebidas em relação a trabalhos anteriores de ambos os lados. Se fizerem isso, vão encontrar um entretenimento que entrega uma nova mitologia dentro do MCU - e, se isso sozinho não lhe agradar, saiba que a trama tem a sua importância para o que vem a seguir dentro desse universo, principalmente nas duas cenas pós-créditos.

Renan Martins Frade
Ex-editor-chefe do Filmelier
A história épica, que abrange milhares de anos, apresenta um grupo de heróis imortais forçados a sair das sombras para se reunir contra os inimigos mais antigos da humanidade, os Deviantes.
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Songs My Brothers Taught Me
É o longa-metragem de estreia da diretora Chloé Zhao, que acabaria ganhando reconhecimento por 'Domando o Destino' e um Oscar por 'Nomadland'. Indicado para a Camera d'Or no Festival de Cannes 2015, 'Songs My Brothers Taught Me' já exibe várias das características que veríamos nos filmes posteriores do diretor, como o uso de atores não profissionais para contar um tom melancólico história sobre a vida à margem da sociedade, com uma textura que parece um documentário. Neste caso, é sobre um jovem e sua irmã mais nova, que moram com a mãe em uma reserva indígena chamada Pine Ridge. Ele está prestes a partir para Los Angeles, mas os planos mudam quando o pai ausente morre e ele tem medo de deixá-la sozinha. É, basicamente, uma história do gênero de iniciação ou “maioridade”, em tom muito mais sutil e melancólico.

Domando o Destino
Depois de sua estreia com 'Songs My Brothers Taught Me', 'Domando o Destino' é o segundo longa da cineasta chinesa Chloé Zhao (que viria a ganhar o Ocar por 'Nomadland'), e também aquele que realmente a colocou no mapa do cinema independente dos Estados Unidos, com prêmio em Cannes, quatro indicações ao Spirit Award e estatueta em Gotham (Melhor Filme). Esta é a história de um talentoso cavaleiro de rodeio, que vê a sua carreira interrompida por um acidente que o impede de voltar a pedalar, por isso deve redescobrir o sentido de ser homem e encontrar um novo sentido para a sua vida. O filme marca a perfeição do estilo naturalista de Zhao, mais uma vez empregando atores sem formação profissional para contar de perto uma história baseada em acontecimentos reais, um faroeste sensível com elementos documentais que, embora às vezes caia em um sentimentalismo desnecessário ao explorar o significado de masculinidade e o mito do cowboy.

Nomadland
Chloé Zhao tem se destacado nos últimos anos. Afinal, a diretora vem se mostrando um nome a ser acompanhado, com um trabalho extremamente autoral e uma ótica singular sobre a realidade do sonho americano, além da grande parcela da população que é engolida pelos ideais de liberdade. Assim como em seu filme anterior, ‘Domando o Destino’, Zhao debruça seu olhar para o coração dos Estados Unidos, aos esquecidos e abandonados, pessoas que vivem como nômades, em busca de uma maneira para escapar da roda gigante capitalista, que priva os indivíduos de sua pessoalidade. Para isso, além da espetacular Frances McDormand, que entrega uma atuação extremamente íntima e tocante, Zhao trabalha majoritariamente com não atores, o que localiza o filme em um espaço único entre a ficção e a realidade. Pessoas reais com histórias reais, indivíduos marginalizados e ignorados pela sociedade que recebem a oportunidade de um retrato digno, sem glamour ou romantização, mas compreensivo e acolhedor. Assim ‘Nomadland’ se consagra como um drama realista potente, que dá voz aos ignorados e recorda a vastidão e pluralidade do país e de seu povo.
Aventura

A Pequena Sereia
Uma das principais apostas da Disney entre os anos de 2010 e 2020 são os live-actions – que, em essência, são adaptações quase literais de clássicos da animação do estúdio. Alguns resultados são bem ruins (como Mulan e O Rei Leão), muitos são apenas medianos (A Bela e a Fera, Malévola) e pouquíssimos são bons como Aladdin. A Pequena Sereia, que novamente traz praticamente a mesma história da animação dos anos 1980, se encaixa nesse grupo do meio: não tem nenhuma cena musical brilhante como Aladdin, apesar de ser dirigido por um dos grandes nomes do gênero (Rob Marshall, de Chicago), mas também não é absolutamente desastrado. Muito disso por conta das boas músicas, que já conhecemos do desenho, mas também pela boa atuação de Halle Bailey como a protagonista e por algumas mudanças pontuais certeiras, como a relação mais profunda entre a princesa e seu amado. É um filme que não muda a vida de ninguém (e talvez valha mais a pena assistir ao desenho de 1989), mas dá para se emocionar com a história.

Asterix e Obelix no Reino do Meio
Se existe uma instituição francesa que resiste ao tempo é Asterix e Obelix. Criada em quadrinhos na década de 1950, a história é inspirada nos costumes e cultura do povo gaulês, tendo esses dois personagens-título como seus protagonistas absolutos – ganhando, inclusive, séries de televisão e filmes. Esta produção, dirigida pelo também ator Guillaume Canet (de Lui e Rock’n’Roll), retoma a história dos personagens em 2023. Como o nome sugere, fala sobre o “Reino do Meio” ao contar a história da única filha do imperador chinês Han Xuandi, que escapa de um príncipe rigoroso e procura ajuda dos gauleses e dos dois bravos guerreiros Asterix e Obelix. Ainda que exageradamente bobinho em alguns momentos, lembrando esquetes de programas como Os Trapalhões, o longa-metragem emociona com a volta desses personagens e mostra como, mesmo quase 70 anos depois, ainda há espaço para Asterix, Obelix e outras figuras impressas na memória das pessoas.

Super Tufão
'Super Tufão', dirigido por Dong Wei, é uma fábula de desastres que gira em torno de um superpoderoso tufão lançado pela deusa Guanyin para castigar os humanos com monstros. A história acompanha as pessoas tentando escapar e lutar contra os monstros no meio do evento catastrófico. Os efeitos visuais da película são impressionantes, especialmente ao retratar os monstruosos seres criados pelo tufão. O design de som também contribui para a intensidade da película, fazendo o público sentir toda a força da tempestade e o terror que ela traz. No entanto, a trama da película é previsível e os personagens carecem de profundidade, o que dificulta a conexão emocional. A película também não tem um tema claro ou mensagem, deixando o público com a experiência de um filme de desastre cheio de ação. No geral, 'Super Tufão' é uma boa fábula de desastres que cumpre sua promessa de ação emocionante e efeitos especiais impressionantes. Pode não ser uma obra inovadora, mas vale a pena assistir pelas cenas de ação intensas e incríveis efeitos especiais.

Jogos Vorazes: A Cantiga Dos Pássaros E Das Serpentes
O "Jogos Vorazes: A Cantiga Dos Pássaros E Das Serpentes" é um prequela que se passa antes dos eventos da trilogia original. A história acompanha Coriolanus Snow, que está orientando a tributo feminina do Distrito 12 durante os 10º Jogos Vorazes. O filme, dirigido por Francis Lawrence, explora a vida pregressa de Snow e sua ascensão ao poder em Panem. A película é bem ritmada e mantém o público envolvido ao longo de toda a projeção. A atuação é excelente, com Tom Blyth entregando uma performance destacável como o jovem Snow. Rachel Zegler também impressiona como a tributo feminina do Distrito 12. Os temas de poder, corrupção e sacrifício são explorados de forma instigante. A fotografia é deslumbrante, com o Capitolio e o campo dos Jogos Vorazes sendo trazidos à vida em detalhes vibrantes. No geral, "Jogos Vorazes: A Cantiga Dos Pássaros E Das Serpentes" é imperdível para fãs da trilogia original e novatos. O filme faz justiça ao material de Suzanne Collins e prepara o palco para futuras sequências da franquia.
