Trailer
Por que assistir a este filme?
Em ‘Cry Macho: O Caminho Para a Redenção’, temos um dos filmes mais introspectivos e pessoais do consagrado diretor Clint Eastwood (‘Pontes de Madison’, ‘Os Imperdoáveis’, ‘Menina de Ouro’). Ao contrário do que a sinopse e o trailer sugerem, o longa não é uma grande jornada heróica e aventuresca, mas sim uma busca intimista de um outrora herói abandonado pelo tempo, em busca do seu lugar. O roteiro é assinado por Nick Schenk, que já havia trabalhado com Clint em ‘A Mula’ e ‘Gran Torino’, e são visíveis as referências e semelhanças aos dois filmes, como a jornada pelo México ou a dinâmica de parceria com um garoto que se mete em problemas. O filme soa quase como uma revisitação a esses personagens, e alguns outros também: um paralelo relevante é com ‘Os Imperdoáveis’, de 1992, último faroeste do diretor até então, onde a figura do cowboy já aparecia desconstruída e colocada em cheque. A narrativa de ‘Cry Macho’ abdica rapidamente de um roteiro realista e perde pouco tempo em desenvolver a história de fundo para poder focar em seu personagem, em sua construção, sua dinâmica com o garoto e a relação com o mundo. A história é muito mais um melodrama do que um faroeste efetivamente, funciona como metáfora e testamento para a carreira do diretor, simbolicamente colocando um final emblemático em sua trajetória. Ainda que Eastwood faça mais filmes, daqui para frente podemos entender o que vem a seguir como um epílogo - pois este é um fechamento digno e emocionante de uma grande carreira.

Miguel Possebon
Programador de Conteúdo
Eastwood interpreta uma ex-estrela do rodeio e criador de cavalos fracassado que aceita o emprego de um ex-chefe para levar o filho do homem para casa e longe de sua mãe alcoólatra.
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15h17: Trem para Paris
O diretor Clint Eastwood traz a sua visão para um caso real: o ataque terrorista no trem que ia de Amsterdam a Paris, em 2015. Tudo baseado no livro ‘The 15:17 to Paris: The True Story of a Terrorist, a Train, and Three American Heroes’, escrito por Spencer Stone, Alek Skarlatos e Anthony Sadler, os turistas norte-americanos que agiram durante o incidente. Por um lado, o longa-metragem funciona como um tributo ao heroísmo dos americanos, gravado em um interessante estilo documental e com os próprios protagonistas da vida real atuando como si mesmos. Por outro, o filme não consegue criar o clima de tensão necessário, além de fracassar em sua mensagem ideológica.

Gran Torino
Já com as marcas do tempo bem fincadas em seu rosto, o ator e diretor Clint Eastwood talvez apresente em 'Gran Torino' uma de suas obras mais marcantes -- quiçá, também, a mais sensível e dolorosa. Injustamente ignorado na temporada de premiações, incluindo uma esnobada inacreditável de Melhor Ator e Melhor Filme no Oscar, 'Gran Torino' emociona com a história de um veterano de guerra que passa a "tomar conta" de uma família oriental vizinha que é constantemente assediada e até mesmo violentada por gangues da região. Com uma atuação dura e poderosa de Clint, além de uma direção atenta aos detalhes do veterano responsável por filmes como 'Menina de Ouro' e 'Os Imperdoáveis', o longa-metragem é um presente para aqueles que gostam de boas histórias sobre amizade, sensibilidade e quebra de preconceitos.

Cartas de Iwo Jima
Dizem que a história é feita pelos vencedores. Só que, desta vez, Clint Eastwood resolveu olhar para os derrotados. Dessa forma, ele nos traz uma história tocante, sobre como uma guerra pode acabar com nossos anseios, sonhos e desejos, em um retrato honesto e profundo. O diretor fez o filme em conjunto com 'A Conquista da Honra', que trata a mesma história do ponto de vista do outro lado da guerra. É uma dobradinha interessante de se assistir em conjunto para entender o retrato de duas perspectivas diferentes, mas em termos de sensibilidade e força, 'Cartas de Iwo Jima' se destaca muito mais.

A Mula
Este é 37º filme de Clint Eastwood como diretor, uma produção que marca também o retorno dele – aos 88 anos – para à frente das câmeras. ‘A Mula’ é baseado na história real de Leo Sharp, um veterano que trabalhou para o Cartel de Sinaloa – e que, aqui, tem o nome mudado para Earl Stone. Como tem sido a marca do cineasta, o filme retrata os contrastes entre valores e expectativas de diferentes gerações, bem como as repercussões do fracasso do chamado “sonho americano”: abandono, desigualdade e violência. Mesmo que não esteja no nível de seus maiores trabalhos, essa é uma adição valiosa à filmografia de Eastwood.

O Caso Richard Jewell
Todo estudante de jornalismo conhece o caso da Escola Base - quando os donos de uma instituição de ensino brasileira foram injustamente massacrados pela imprensa por supostos a abusos às crianças. ‘O Caso de Richard Jewell’ é, guardadas as proporções, a “Escola Base” da imprensa americana: o segurança particular, que salvou inúmeras vidas ao encontrar uma bomba no Centennial Olympic Park, em Atlanta, no ano de 1996, foi acusado de ele mesmo ser o autor do atentado terrorista - e foi massacrado em um julgamento pela imprensa. O filme, dirigido pelo mítico Clint Eastwood, sintetiza estes acontecimentos com um elenco de peso, incluindo Sam Rockwell, Kathy Bates (indicada ao Globo de Ouro. e ao Oscar pelo papel), Jon Hamm e Olivia Wilde. O longa, no entanto, traz uma controvérsia: a história traz a repórter Kathy Scruggs (interpretada por Olivia e já falecida) oferecendo sexo em troca de informações, o que não teria acontecido. De certa forma, ao defender Jewell, o filme comete o mesmo erro com Kathy.

Sniper Americano
Clint Eastwood adaptou o livro homônimo que conta a história real de Chris Kyle, um atirador de elite das forças especiais da marinha americana. Kyle foi o autor de sua biografia e no cinema, foi interpretado por Bradley Cooper. Como obra, o filme foi muito elogiado pela crítica e recebeu seis indicações ao Oscar, incluindo de melhor ator a Cooper. No entanto, Eastwood foi acusado de romantizar as invasões dos Estados Unidos no Oriente Médio, por conta de seu pensamento alinhado ao do Partido Republicano. Novamente, como obra, ‘Sniper Americano’ é um interessante filme de guerra, que trata bem sobre o peso que os soldados carregam ao longo de suas vidas, mesmo após voltarem para casa. Afinal, para muitos, a guerra nunca acaba.

Invictus
Baseado em eventos reais incríveis reunidos no livro 'O Fator Humano', do jornalista John Carlin, 'Invictus' é em igual medida um drama esportivo e histórico que conta os eventos que sucederam a libertação de Nelson Mandela da prisão, sua eleição democrática como presidente em 1994 e a abolição do apartheid; bem como o uso político da Copa do Mundo de Rugby de 1995 para unificar um país racial e ideologicamente dividido. Embora um pouco idealista em alguns casos, a direção potente e emocional de Clint Eastwood ('Gran Torino') faz de 'Invictus' um filme inspirador, com atuações convincentes de Morgan Freeman (‘Um Sonho de Liberdade') como Mandela e Matt Damon (‘Gênio Indomável') como o capitão François Pienaar, do Springboks, a seleção sul-africana.

Sobre Meninos e Lobos
’Sobre Meninos e Lobos’, dirigido por Clint Eastwood, é um poderoso drama criminal, trágico e devastador. A história acompanha a vida de três amigos que fora marcada por uma tragédia em sua infância. Agora adultos e distantes, um novo acontecimento faz com que suas trajetórias se cruzem, com desconfiança e ressentimento. O filme é um thriller dramático que conta sua história com muita sensibilidade e pesar, temos diferentes pontos de vista apresentados de forma convincente e compreensível, ainda que não concordemos com as ideias de cada um. É interessante como a construção narrativa se dá, com a história envolvendo os personagens e, paralelamente, sendo conduzida pelos personagens de Kevin Bacon e Laurence Fishburne, policiais que investigam o caso. A trajetória envia tanto o espectador quanto os personagens para uma espiral de dúvidas e desconfiança, e o modo que como cada um lida com isso ao final recorda que o homem é o lobo do homem, questionando o desejo de justiça pela vingança e a impotência institucional da polícia quanto a conduções. O filme é brilhantemente dirigido, e conta com atuações intensas e memoráveis de todo o elenco.

Os Imperdoáveis
‘Os Imperdoáveis’ é um dos filmes mais emblemáticos de Clint Eastwood. Depois de pautar uma carreira de atuação em torno da figura heróica do caubói fora da lei, justiceiro e temido, e inclusive dirigir vários faroestes marcantes ao longo das primeiras décadas de sua carreira na direção, Eastwood decide fazer ‘Os Imperdoáveis’, e mais do que isso, protagonizar o filme. Tais escolhas são tão marcantes pelo que o filme - que viria a ser o último faroeste do diretor - representa. Aqui temos a narrativa e o herói clássico subvertidos. O caubói está velho, arrependido e atormentado pelo seu passado. Desgostoso e em busca de redenção, aceita um último trabalho. Como contraponto temos um personagem mais novo, iludido pelas romantizações da vida sem lei e ansioso para mostrar suas virtudes. Existe um terceiro personagem, o de Morgan Freeman, que aqui age como o mediador, ele é ponderado e justo, mas também é mais otimista, o que influencia em suas decisões. Assim, o filme é um faroeste de pontos de vista, que leva cada um de seus personagens a lugares diferentes por sua justa construção. O filme foi ganhador de quatro Oscars, incluindo melhor filme e direção, e se tornou um dos trabalhos mais memoráveis do diretor.

As Pontes de Madison
'As Pontes de Madison' é um dos mais belos filmes de romance já feitos. O filme é a adaptação do livro de mesmo nome de Robert James Woller, e a transposição para a tela é feita magistralmente por seu diretor, Clint Eastwood ('Entre Meninos e Lobos', 'Menina de Ouro', 'Gran Torino'). Estrelado por ele e a grandissíssima Meryl Streep, a história é sobre um romance proibido e breve, vivenciado por dois estranhos que se conhecem em um final de semana que mudaria suas vidas. Um universo particular é reservado a esse casal, tudo que os tange se comporta como um mundo a parte. O romance deles é pleno e eles podem se entregar completamente um ao outro, e nesse curto período de tempo nada mais importa, todo o resto é irrelevante. Um filme lindo e devastador, extremamente poderoso e emocionante, impossível não se envolver intensamente e não derramar lágrimas com essa história tão tocante.

Sully: O Herói do Rio Hudson
Uma das histórias reais mais inacreditáveis da história envolvendo um avião. Dirigido por Clint Eastwood (de ‘Gran Torino’, ‘Menina de Ouro’) e protagonizado por Tom Hanks (‘O Resgate do Soldado Ryan’), o longa-metragem conta a história do Capitão Sully, um piloto que precisa “se virar nos 30” quando seu avião dá um problema já perto de Nova York. A partir daí, ele decide pousar no Rio Hudson. Ele entra para a história, mas ao mesmo tempo também entra nos anais jurídicos, quando forças judiciais dos Estados Unidos querem -- e precisam -- encontrar um culpado para o quase desastre. Nem que seja o próprio Sully. Curto e direto ao ponto, o filme surpreende pelo impacto da trama e a força de alguns momentos, que seguem um caminho mais realista e interessante do que ‘O Voo’, por exemplo. Méritos de Eastwood e Hanks, que sabem como deixar o filme com pé no chão.

Menina de Ouro
Clint Eastwood é um ótimo exemplo de profissional que consegue brilhar como ator e diretor. No comando de ‘Menina de Ouro’ não foi diferente, Eastwood mostra sua capacidade de direção com uma história sensível e emocionante conduzida de forma impecável e com ótimas atuações. Clint além de dirigir, contracena com Hilary Swank, ganhadora do Oscar pela segunda vez com essa produção. O filme ainda foi premiado com um Oscar de ator coadjuvante para Morgan Freeman e as vitórias de melhor filme e melhor diretor. Não é pra menos, o longa conta uma história potente e devastadora, com uma valiosa lição de moral.
Drama

Amor Esquecido
Após perder a família e a memória, um ex-cirurgião tem uma oportunidade de redenção ao se reconectar com uma figura do passado.

Flora e Filho: Música em Família
Flora (Eve Hewson) é uma mãe solteira que simplesmente não sabe o que fazer com Max (Orén Kinlan), seu filho adolescente rebelde. Quando a polícia sugere que Flora encontre um hobby para Max, ela lhe entrega uma guitarra antiga. O que ela pensava que se transformaria em horas tocando alguns acordes desafinados logo se torna algo maior com a ajuda de um músico fracassado de Los Angeles (Joseph Gordon-Levitt). A partir daí, Flora e Max descobrem o poder transformador da música em um filme exclusivo da Apple TV+ que trata sobre família e redescoberta de laços através da música.

Cassandro
Interessante cinebiografia estrelada por Gael García Bernal, Cassandro acompanha a jornada de Saúl Armendáriz e seu personagem excêntrico Cassandro, lutador amador gay de El Paso que ascendeu ao estrelato internacional. Dirigido por Roger Ross Williams, vencedor do Oscar pelo documentário Life, Animated, o longa-metragem traz não apenas a história de Saúl com a Luta Livre, mas também ele se compreendendo como uma pessoa LGBTQIA+ e encontrando forças para superar diversos desafios que existem nesse mundo.
