Trailer
Por que assistir a este filme?
Quando você coloca a cabeça no travesseiro à noite e acaba tendo um pesadelo, dificilmente aquilo vai fazer totalmente sentido – é como se seus maiores medos se unissem em uma só história, em uma só trama, contra você, sua sanidade e saúde. E é justamente esse o sentimento que o cineasta Ari Aster deseja passar com ‘Beau Tem Medo’, seu terceiro filme após os sucessos de ‘Hereditário’ e ‘Midsommar’. Aqui, porém, como dito, ele abraça o absurdo não para causar medo, mas para falar sobre medo – o surreal, afinal, é o maior horror da jornada do protagonista Beau, que precisa chegar até a casa de sua mãe. Parece uma jornada simplória, banal, mas Aster a recheia com um caminho turbulento que faz com que Beau encare, sem enfrentar, os seus maiores medos. É um homem paralisado, muito bem interpretado por um Joaquin Phoenix (‘Coringa’) completamente entregue, e que tem a voz de sua mãe julgando e condenando todos os seus atos. Nem todo mundo vai gostar do filme, e tudo bem. Aster o fez justamente para ser desconfortável. Mas, aqueles que se entregarem, podem encontrar, na história, um pouco de si e de seus medos. E, no final das contas, há algo mais assustador do que isso? Acho bem difícil.

Matheus Mans
Editor do Filmelier
Beau é um homem paranoico que embarca em uma odisséia épica para visitar a casa de sua mãe controladora.
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Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
O segundo longa-metragem de Ari Aster (diretor de 'Hereditário') é o tipo de filme que pode ter dois dois efeitos radicalmente diferentes no espectador: um fascínio total por suas ideias ou uma rejeição completa delas. Assim como os clássicos dos anos 1970, ‘O Home de Palha’, ‘Midsommar: O Mal Não Espera a Noite’ é inserido no subgênero do horror folk para nos confrontar com um mundo em que o terrível não é apenas sua violência visual (que é bastante considerável), mas nos desafios que propõe aos nossos conceitos de relacionamento, amor, vida e morte. Visualmente é espetacular, e o desempenho da jovem Florence Pugh ('Lady Macbeth') a consolida como uma estrela em ascensão. Obviamente, não recomendamos assistir a este filme em casal (a menos que ambos tenham um senso de humor muito mórbido).

Hereditário
Um dos mais aterrorizadores e surpreendentes filmes de terror desde ‘Corra!” – ainda que seja completamente diferente deste. Exibido em Sundance, o longa foi muito elogiado pela crítica e pelo público, principalmente atmosfera perturbadora que cria. Destaque para a atuação de Toni Collette (‘Pequena Miss Sunshine’), que está impecável.
Terror

O Demônio dos Mares
Presos em uma plataforma em ruínas em Baja, uma família enfrenta um tubarão megalodonte vingativo.

Boogeyman: Seu Medo é Real
Dirigido por Rob Savage (do bom ‘Cuidado com Quem Chama’), ‘Boogeyman: Seu Medo é Real’ se vale do monstro do bicho-papão para falar sobre uma família em luto. Will Harper (Chris Messina) é pai de duas meninas, a pequena Sawyer (Vivien Lyra Blair) e a independente Sadie (Sophie Thatcher). E não estão no melhor de suas vidas: a mãe acabou de morrer e os dias da família ficaram sombrios. É aí que o bicho-papão, que nada mais é que um folclore que personifica o medo, surge. Ele está na escuridão, no armário do quarto, no canto mofado da parede. Os primeiros 20 ou 25 minutos de ‘Boogeyman: Seu Medo é Real’ são desesperadores: Savage mostra ter domínio da câmera e do ambiente, dando medo em cada virada de câmera, em cada luz que apaga, em cada momento que Sawyer decide dar uma espiadinha debaixo da cama. Depois, acaba se tornando uma espécie de ‘O Babadook’ genérico, sem muita vida. Mas, ainda assim, pode ser um filme de terror divertido que, quando assistido entre amigos, pode render sustos e risadas.
