Trailer
Por que assistir a este filme?
Curta-metragem do talentoso cineasta espanhol Pedro Almodóvar (A Pele que Habito, Madres Paralelas), Estranha Forma de Vida é bem diferente em termos narrativos do que vemos em seu outro curta em inglês, A Voz Humana, mas há uma mesma essência: provocar e questionar a linguagem do cinema. Enquanto o outro fala sobre o caráter de confinamento (e até mesmo de existência) de personagens, este aqui questiona os limites do faroeste. Como? Seguindo os passos de O Segredo de Brokeback Mountain, fala sobre o romance de dois homens (Ethan Hawke e Pedro Pascal) em um cenário que, geralmente, traz apenas uma masculinidade tóxica. Em meia hora, o cineasta espanhol constrói uma narrativa envolvente, falando sobre traição, medo e redenção, em uma trama que nos deixa presos em sua conclusão. E um aviso para quem vai assistir nos cinemas: talvez seja bom deixar a entrevista que é apresentada no final, de uma hora, pra lá. Além de ser longa demais, Almodóvar acaba trazendo informações que atrapalham a experiência no geral.

Matheus Mans
Editor do Filmelier
Silva cavalga pelo deserto para visitar seu velho amigo Jake, depois de vinte e cinco anos afastados. Após uma tarde de intimidade compartilhada, reconciliação e lembranças, no dia seguinte: uma revelação. E um crime local sugere que a conexão entre os dois homens vai além de um encontro casual pela estrada da memória.
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Do mesmo diretor

A Pele que Habito
Em um dos grandes filmes do espanhol Pedro Almodóvar, Antonio Banderas interpreta um cirurgião plástico que, em sua casa, aprisiona uma mulher que tem o rosto tomado por uma máscara. O que teria levado o médico a cometer ato tão drástico? Eis o mistério que ronda uma eletrizante trama de suspense dramático.

A Voz Humana
'A Voz Humana' é um dos trabalhos mais peculiares do consagrado diretor Pedro Almodóvar ('Tudo Sobre Minha Mãe', 'Dor e Glória', 'A Pele que Habito'). O curta é inspirado na peça homônima de Jean Cocteau, e estrelado por Tilda Swinton ('Precisamos Falar Sobre Kevin', 'Suspiria'). Conta a história de uma mulher e seu cachorro, fadados a uma eterna espera por seu marido que promete voltar mas os abandona. A peça por si só já é um trabalho forte, e somada então com as singularidades de Almodóvar - que atualiza o texto para o momento atual e enche o ambiente de cores vibrantes ao passo que as contrasta com o sentimento de incomunicabilidade e frieza-, e a brilhante e característica atuação de Tilda Swinton, temos como resultado algo que se traduz como uma mistura de três personalidades intensas. É um filme potente por si só, mas quando levado em conta o contexto de seus colaboradores, se torna um trabalho raro e único.

Maus Hábitos
Pedro Almodóvar não tem medo de expressar suas emoções e insatisfações em suas produções, e isso está claro desde o começo de sua carreira. ‘Maus Hábitos’ é o terceiro filme do diretor e, sem dúvidas, um dos mais ousados. Ao contar a história de um convento onde as freiras são lésbicas, drogadas e praticam chantagem para serem financiadas por ricos, o cineasta espanhol usa e abusa do exagero para criticar a Igreja Católica. Nos anos 1980, o conservadorismo na Espanha ainda era muito forte, muito por causa do regime franquista que dominou o país de 1939 até 1975. Almodóvar foi criado dentro de um sistema político ditatorial e isso definiu sua forma de contar histórias. É válido dizer que esse não é dos melhores longas-metragens do cineasta, mas é relevante pelo contexto e foi necessário para que ele fizesse críticas ainda mais elaboradas em outras produções.

A Lei do Desejo
‘A Lei do Desejo’ conta a história de um diretor de teatro homossexual que se envolve em um romance obsessivo e tóxico. Como grande parte dos filmes de Pedro Almodóvar, novamente vemos uma discussão sobre religião e valores morais regada de amor, sexo e crítica a Igreja Católica. Carregada de ironias, essa trágica história é essencial para entender o lado mais cru cinema de Almodóvar. Além de um bom roteiro, fotografia, trilha sonora ( que tem a versão da cantora brasileira Maysa de “Ne Me Quitte Pas”) e da brilhante direção do cineasta espanhol, ‘A Lei do Desejo’ ainda tem uma excelente atuação de Antonio Banderas e Carmen Maura. Sem dúvida, esse é um dos melhores trabalhos (e mais pessoais) de Pedro Almodóvar.

Kika
É importante se render ao absurdo e inesperado quando se vai assistir a um filme de Pedro Almodóvar. Ele não tem medo na hora de satirizar sobre os mais diversos temas e em ‘Kika’, acompanhamos um outro lado de suas críticas. Na história, Kika é uma maquiadora chamada para maquiar o corpo de um cadáver. No entanto, o morto na verdade está vivo e isso acaba a envolvendo em uma complicada trama. Com muito humor, Almodóvar tece uma crítica à televisão, assim como faz também em ‘De Salto Alto’, inclusive os dois filmes possuem uma estética bem parecida. Uma boa comédia, com ar de novela, de um dos melhores diretores autorais da atualidade.

Fale com Ela
Que filmaço! Que filmaço! Só assim para começar um texto sobre ‘Fale com Ela’, uma das obras máximas de Pedro Almodóvar. Aqui, acompanhamos a história de Benigno Martin (Javier Cámara), um enfermeiro que mora na frente da academia de balé de Katerina Bilova (Geraldine Chaplin). Ele fica na janela da sua casa observando os ensaios, muito atento com uma das alunas (Leonor Watling). Assim, quando Alicia é ferida em um acidente de carro, acaba internada no hospital onde ele trabalha. Benigno cuida dela, em coma, com um cuidado acima do normal. A partir daí, acompanhamos uma trama que brinca o tempo todo com a ética e a moral das situações mostradas na tela, deixando o espectador em uma verdadeira confusão sentimental com a relação entre os personagens de Cámera e Watling. O final corajoso, típico de dramalhões que vão além daquela emoção enraizada, é um verdadeiro tiro. Um marco na carreira de Almodóvar. E isso sem falar da excelente fotografia, como de praxe nos filmes do espanhol, e uma trilha sonora pra lá de especial.

Carne Trêmula
‘Carne Trêmula’, ao contrário da grande maioria dos filmes de Almodóvar, não é um roteiro original. Adaptado por Pedro Almodóvar, Jorge Guerricaechevarría e Ray Loriga, a narrativa é inspirada em um romance de Ruth Rendell. No entanto, mesmo assim, é um filme com todas as assinaturas do diretor espanhol -- as cores, o calor da história, as atuações marcantes, a presença da maternidade nos tons da narrativa. Tudo isso para contar a história de um homem (Liberto Rabal) que leva um tiro após uma confusão e, preso, arma sua vingança. Numa história ao melhor estilo “efeito borboleta”, a trama com toques novelescos é saborosa e traz um tom sensual marcante, com uma das cenas de sexo mais lindas da história do cinema. Um filme forte e poderoso, que fica preso na memória.

O Que Fiz Eu Para Merecer Isto?
Se você gosta daqueles filmes de Pedro Almodóvar mais calcados no dramalhão, ao melhor estilo de boas novelas, ‘O Que Eu Fiz Para Merecer Isso?’ é um filme ideal para voltar à filmografia do cineasta espanhol. Afinal, a trama sobre uma dona de casa infeliz desperta todos os tipos de emoções mais intensas: desespero, gargalhadas, tristeza, estranhamento. Casada com um motorista de táxi grosseiro e infiel, ela é obrigada a trabalhar incessantemente para sustentar a família, que é ainda composta por um filho traficante, uma sogra exploradora e outro adolescente, que ela decide vender ao seu dentista. A partir daí, acompanhamos uma série de tipos estranhos, que fazem sentido apenas em um filme de Almodóvar. Pra viajar na maluquice da história e no inesperado obscurantismo da trama.

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
Se você montar um Top 10 dos melhores filmes de Almodóvar, este certamente irá ocupar um lugar de destaque na lista. Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos’ é uma mistura maluca de drama com humor negro que inclui adultério, histeria e até terrorismo em uma trama hilária que se torna cada vez mais ridícula, mas que você não conseguirá parar de assistir. Este é o sétimo filme do cineasta espanhol, que faturou cinco prêmios Goya e o prêmio de Melhor Roteiro em Veneza, além de ter sido indicado ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao BAFTA.

A Flor do Meu Segredo
Uma trama extremamente melancólica e com bons momentos, ‘A Flor do Meu Segredo’ é daqueles filmes mais esquecidos na filmografia de Pedro Almodóvar. E isso é uma injustiça. O longa-metragem, afinal, traz todos os tons do cineasta embalados numa narrativa demasiadamente humana sobre uma romancista (Marisa Paredes) que escreve histórias de 2ª categoria e consegue certo sucesso, mas se esconde sob um pseudônimo. Por outro lado, ela se sente infeliz, pois seu casamento com um militar que está sempre no exterior entra em crise. A partir daí, com muita cor e emoção, acompanhamos essa mulher se descobrindo, se destruindo, se compreendendo. Um poema fílmico forte e humano, que não economiza na emoção. E atenção: o livro da protagonista se tornou ‘Volver’ anos depois.

Má Educação
Pedro Almodóvar não é um dos diretores espanhóis mais conhecidos no mundo por acaso, desde sempre ele apresentou um cinema cru e com foco em pautas pouco visadas na indústria cinematográfica. ‘Má Educação’ fala abertamente sobre abusos sexuais e psicológicos da Igreja Católica, e identidade trans. Em 2004, quando esse filme foi lançado, a representação transexual ainda era muito focada em sátiras e Almodóvar mostrou que não deveria ser assim. A história consegue ter até mesmo uma relação com o clássico de Alfred Hitchcock, ‘Um Corpo de Cai’, muito por conta da temática - essa construção de idealizar um amor e ser enganado pela pessoa amada. Assim como no filme de Hitchcock, vemos uma repressão de desejos, que ganha uma dimensão maior em ‘Má Educação’ por se tratar de uma criança que teve toda sua vida conturbada por um abuso. Impossível falar dessa produção sem citar a brilhante atuação de Gael García Bernal, que desce do pedestal de galã para interpretar três personagens completamente diferentes e complexos.

De Salto Alto
Um novelão com o selo Pedro Almodóvar de qualidade. Em 1991, quando ‘De Salto Alto’ foi lançado, o espanhol já tinha sido indicado ao Oscar por ‘Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos’ (1988) e reconhecimento internacional por ‘A Lei do Desejo’ (1987) e ‘Ata-me’ (1989). Por conta disso, já era de esperar mais uma produção característica dele e de fato, novamente somos apresentados a uma trama cheia de camadas bem no estilo de Almodóvar. No filme, uma famosa cantora abandona a filha para investir na carreira e retorna 15 anos depois. A grande surpresa é que agora a menina já é uma mulher e está casada com seu antigo amante. A história faz uma referência direta a ‘Sonata de outono’, de Ingmar Bergman, e trabalha muito bem a relação de competição entre mãe e filha, quando no fundo elas só querem o amor uma da outra.

Mães Paralelas
Um dos melhores filmes de Pedro Almodóvar, seguindo o excelente trabalho dele em ‘Dor e Glória’ (2019). Com um enredo bastante imprevisível, assim como em grande parte de sua filmografia, ‘Mães Paralelas’ (‘Madres Paralelas’, no original) traz uma história surpreendente e bem comovente. Na trama, duas mulheres se conhecem no hospital, dão à luz no mesmo dia e formam um vínculo que transforma suas vidas. Os personagens são bem relacionáveis e as atuações são impecáveis - destaque para Penélope Cruz e Milena Smit, que além de entregarem tudo, tem uma boa química na tela. ‘Mães Paralelas’ tem um roteiro fantástico, que foge do convencional, trazendo discussões realmente relevantes.

Dor e Glória
A arte pode ser produzida constantemente ou há um momento em que é necessário parar para refletir nela? A reflexão sobre o trabalho cinematográfico no próprio cinema não é algo novo (‘8 ½’, ‘Adaptação’) e agora é a vez do cineasta espanhol Pedro Almodóvar embarcar nessa jornada. O cineasta viaja por sua memória com extrema sensibilidade, inocência e desgosto, e transmite perfeitamente a dor e a angústia da terceira idade, mas não antes de encher os olhos e o coração do público. Parte da seleção oficial do Festival de Cannes, onde ganhou o prêmio de melhor ator (Antonio Banderas).

Volver
Pedro Almodóvar traz um filme colorido, vivo e atraente com uma história completamente obscura. Em 'Volver' acompanhamos uma história de família composta apenas por personagens femininas - os homens são completamente desnecessários na narrativa. O diretor espanhol faz uma bela obra para celebrar a força feminina, ainda que nos mome. Esse é um fato que muitas vezes passa despercebido devido a sociedade machista em que estamos inseridos. Como em toda a filmografia de Almodóvar, a trilha sonora do filme é impecável, assim como o elenco formado por Penélope Cruz, indicada ao Oscar por seu papel, Carmen Maura, Lola Dueñas e Yohana Cobo. Em suma, ‘Volver’ consegue ser uma produção graciosa, perturbadora, engraçada e muito relevante.

Tudo Sobre Minha Mãe
Se ‘Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos’ colocou Pedro Almodóvar no mapa do público internacional, ‘Tudo Sobre Minha Mãe’ consolidou-o como um dos melhores diretores atuais da Espanha – e do mundo. Vencedor de seis Goya Awards, dois BAFTAs, do Globo de Ouro e do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, além do prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes, é um drama poderoso com os tons da comédia ácida usados pelo diretor para lidar com questões como fé e existencialismo, homossexualidade, perda e AIDS.
Drama
A Sociedade da Neve
Em 1972, um avião fretado para levar um time de rúgbi do Uruguai ao Chile sofre um acidente nos Andes. Presos em um dos ambientes mais inacessíveis e hostis do planeta, os sobreviventes recorrem a medidas extremas para continuar vivos.

O Livro dos Sonhos
Uma bela produção francesa que lida com um tema profundo de maneira acessível e sincera. O Livro dos Sonhos conta a história de uma mulher (Alexandra Lamy) cujo filho de 12 anos entra em coma. Assim, a mãe embarca em uma jornada para realizar as aventuras da lista de desejos, como uma forma de lidar com a perda, mas também para mostrar a beleza do mundo. Como todo filme desse tipo, tem seus clichês, mas se você procura algo que aqueça seu coração, esta é uma excelente opção.

Maestro
Quando você começa a assistir a Maestro, é natural que espere uma biografia sobre Leonard Bernstein, maestro talentoso e complicado vivido por Bradley Cooper – que assina a direção. No entanto, o que surge na trama não é algo como Tár, mas sim um filme complexo sobre um amor entre Bernstein e Felicia Montealegre (Carey Mulligan). Lento e contemplativo, o longa-metragem foge das armadilhas de transformar essa história em um dramalhão ao estilo História de um Casamento, jogando as emoções em nossa cara. Pelo contrário: Cooper deixa muita coisa subentendida para que nós, o público, possamos sentir o que está acontecendo e não apenas assistir. Por isso, é um filme que exige muito da audiência, que precisa embarcar na ideia e não achá-la apenas monótona. Crítica aqui.

Perdida no Deserto
Presa no deserto depois de uma festa secreta, uma jovem precisa enfrentar um camelo vingativo e outros desafios para chegar em casa no horário combinado.
