Trailer
Por que assistir a este filme?
Basta dizer que ‘Crepúsculo dos Deuses’ é considerado por muitos o melhor filme sobre Hollywood já feito. O título original, ‘Sunset Boulevard’, é uma referência a avenida paralela a Hollywood Boulevard – onde, na Era de Ouro do cinema, havia grandes estúdios e moravam as estrelas em suas enormes mansões. Na obra-prima de Billy Wilder (diretor de ‘Se Meu Apartamento Falasse’), temos uma história metaficional muito incomum para sua época, que lhe valeu o Oscar de melhor roteiro (música e direção de arte também foram premiadas). É um clássico essencial para quem é fã do cinema de Hollywood ou da sétima arte em geral.

Renan Martins Frade
Ex-editor-chefe do Filmelier
Para fugir dos representantes de uma financeira, Joe Gillis se refugia na decadente mansão de Norma Desmond, antiga estrela do cinema mudo. Quando Norma descobre que Joe é roteirista, contrata-o para revisar o roteiro de 'Salomé', que marcará seu retorno às telas. O filme é insuportável, mas o pagamento é bom e como ele não tem muito o que fazer, aceita. Mas o destino lhe reserva surpresas.
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O Pecado Mora ao Lado
Baseada na obra teatral de George Axelrod (que também coescreveu o roteiro cinematográfico), esta filme poderia muito bem ser o clássico mais emblemático da enorme filmografia do diretor Billy Wilder, o que já diz muito de alguém que dirigiu Uma Eva e Dois Adães (Alguns Gostam Assim Quente), Apartamento para Solteiros (O Apartamento) e O Crepúsculo de uma Vida (Crepúsculo dos Deuses). O Começo do Sétimo Ano (The Seven Year Itch) acompanha um homem que, longe de sua esposa e filho por um longo período de tempo, começa a flertar com a perspectiva de infidelidade e é muito tentado por uma bela atriz e modelo que se hospeda em seu prédio (Marilyn Monroe). Filmada e estreada numa época em que era proibido mostrar temáticas como essa abertamente no cinema devido ao “Código Hays”, ‘O Começo do Sétimo Ano’ é um dos grandes exemplos de como Wilder e outros diretores conseguiram contornar essa limitação usando imagens e diálogos sugestivos, nunca explícitos, jogando com sutis duplos sentidos. O resultado é uma inigualável comédia romântica cheia de engenhosidade que, além disso, contém uma das imagens mais icônicas do século XX: a de Marilyn Manson em seu vestido branco, com a saia levantada pela boca de ar da metrô, a mesma que a catapultou à condição de lenda.

Quanto Mais Quente Melhor
Enquanto Marilyn tentava romper com o arquétipo da “loira burra” na tela (conseguindo uma boa atuação em um papel mais interessante em 'Nunca Fui Santa '), esses tipos de personagens a assombrariam até seus filmes posteriores. Seu antepenúltimo, e segundo com Billy Wilder, foi 'Quanto Mais Quente Melhor'. A história é sobre dois músicos de jazz (Tony Curtis e Jack Lemmon) que, para escapar da máfia, decidem se passar por mulheres e se juntar a uma banda feminina a caminho de um show em Miami, embora acabem caindo apaixonados pela vocalista (Monroe). É um dos filmes mais interessantes da carreira de todos os envolvidos por fugir, com grande engenhosidade e classe, de várias das restrições do “Código Hays”, que regulava e censurava os temas representados na tela naquela época. A produção consegue tocar em questões como homossexualidade e travestismo, além de mostrar um homem e uma mulher na mesma cama (algo proibido na época), o que lhe rendeu um lugar entre os melhores filmes da história, apesar do desgosto de Monroe por seu papel.
Drama

Cassandro
Interessante cinebiografia estrelada por Gael García Bernal, Cassandro acompanha a jornada de Saúl Armendáriz e seu personagem excêntrico Cassandro, lutador amador gay de El Paso que ascendeu ao estrelato internacional. Dirigido por Roger Ross Williams, vencedor do Oscar pelo documentário Life, Animated, o longa-metragem traz não apenas a história de Saúl com a Luta Livre, mas também ele se compreendendo como uma pessoa LGBTQIA+ e encontrando forças para superar diversos desafios que existem nesse mundo.

Nosso Sonho
Claudinho e Buchecha é frequentemente reconhecida, e com razão, como um dos pilares da música popular brasileira atual – com base no funk melódico, no embalo do sucesso absoluto do Furacão 2000. No entanto, mais do que uma história de sucesso, há uma tragédia que envolve a jornada da dupla: a morte de Claudinho em um acidente de trânsito no início dos anos 2000. E é justamente essa história de sucesso, mas com esse ponto tão trágico, que é contada no drama biográfico Nosso Sonho. Com atuações marcantes (pra não dizer históricas) de Lucas Penteado e Juan Paiva, o longa-metragem segue todos os padrões do gênero das biografias, mas acerta ao rechear a história com momentos fortes de emoção, fazendo com que o público viaje no tempo com Só Love ou Quero te Encontrar.

Destinos Opostos
Um milionário precisa voltar às origens no Pantanal após a morte de seu pai. Ao retornar à fazenda onde cresceu, terá que tomar decisões que o colocarão frente a frente com memórias e sentimentos capazes de mudar tudo em que acredita.

When You Finish Saving the World
Estreia do astro Jesse Eisenberg na direção de longas, além de assinar o roteiro, When You Finish Saving the World traz toda a essência de Lady Bird, filme indicado ao Oscar de Greta Gerwig: um adolescente (Finn Wolfhard) se sente perdido na vida, enquanto faz apresentações musicais na internet sobre assuntos de sua idade, enquanto a mãe (Julianne Moore), a diretora de um centro de acolhimento de mulheres vítimas de abuso, não o vê como uma pessoa engajada. É aí que o mundo dos dois entra em colisão: o menino começa a tentar se politizar, não só para impressionar a mãe, mas para atrair a atenção de uma garota (Alisha Boe) na escola; enquanto a personagem de Moore começa a tratar um dos garotos no centro de acolhimento, filho de uma vítima, como se fosse seu próprio filho. É um drama doloroso e que, apesar de algumas facilitações e de uma irritação natural que surge com personagens insuportáveis (o que esperar de Eisenberg, não é mesmo?), tem uma alma e um coração para falar sobre a complexidade das relações entre mães e filhos.
