Trailer
Por que assistir a este filme?
O diretor Sam Mendes (de ‘Beleza Americana’ e ‘007: Operação Skyfall’) se inspirou nas histórias contadas pelo avô, Alfred Mendes, para mergulhar fundo na trajetória de dois soldados britânicos que precisam passam pelo front alemão, em plena Primeira Guerra Mundial, com a missão de entregar uma mensagem importante a um general Aliado. Tudo isso feito em longos takes de cerca de oito minutos, dando ao espectador a impressão de um grande plano sequência, (quase) sem interrupções - tal qual Alfred Hitchcock fez em ‘Festim Diabólico’. Ainda que não se passe, exatamente, em tempo real, o longa-metragem traz uma sensação extrema de realidade, enquanto nos envolve com uma história amarga e impactante. Afinal, guerras apenas causam a morte dos inocentes e dos corajosos que entram em batalha, enquanto aqueles que puxam as cordas estão distantes do sangue e do calor das bombas. O filme é temperado por uma bela fotografia (principalmente no trecho noturno) e um time de atores britânicos de primeiro escalão, com nomes como Andrew Scott, Benedict Cumberbatch, Colin Firth e Mark Strong, entre outros. Porém, quem chama mais atenção é mesmo a dupla de protagonistas: Dean-Charles Chapman (‘Game of Thrones’) e George MacKay (‘Capitão Fantástico’). Esta é uma grande experiência cinematográfica, que precisa ser assistida de forma imersiva, sem pausas ou interrupções. No Globo de Ouro, Sam Mendes levou o prêmio de melhor diretor e o filme também venceu na categoria de melhor drama. Além disso, Thomas Newman foi indicado para melhor trilha sonora original.

Renan Martins Frade
Ex-editor-chefe do Filmelier
Em um dos momentos críticos da Primeira Guerra Mundial, dois soldados britânicos Schofield e Blake recebem uma missão aparentemente impossível. Em uma corrida contra o tempo, os soldados devem cruzar território inimigo e entregar uma mensagem que cessará o ataque brutal de milhares - entre eles, o irmão de Blake.
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007 Contra Spectre
Após resolver uma pendência jurídica com os herdeiros do roteirista e produtor Kevin McClory, a Eon Productions pode novamente usar a fictícia organização criminosa Spectre - que, no passado, haviam sido os maiores inimigos de James Bond. Dessa forma, ‘007 Contra Spectre’ traz uma trama que coloca os vilões como os verdadeiros responsáveis pelos acontecimentos de ‘Cassino Royale’ e ‘Quantum of Solace’, em uma história que vai ainda mais fundo no passado de Bond do que ‘Operação Skyfall’. Infelizmente, o quarto filme da franquia com Daniel Craig não funciona tão bem quanto o seu antecessor, muito porque investe excessivamente no recurso da “mystery box”: uma ferramenta de roteiro que constrói toda uma história (e o marketing) para apresentar uma revelação surpreendente na parte final da trama. O problema aqui é que essa “caixa misteriosa” simplesmente não funciona: não serve em nada ao enredo e ao espectador eventual, agradando apenas os mais aficionados pelo personagem. Ainda assim, há ótimas cenas de ação, uma boa direção de Sam Mendes e Christoph Waltz trazendo toda a sua classe como o vilão da trama.

007: Operação Skyfall
O ápice da fase de Daniel Craig como James Bond é, certamente, ‘007: Operação Skyfall’. Parte das comemorações dos 50 anos do personagem, o longa é dirigido por Sam Mendes e tem uma fotografia incrível (a melhor da série!) assinada por Roger Deakins (que, depois, trabalharam juntos em ‘1917’). Na história, conhecemos Silva (Javier Bardem, impecável), um ex-agente do MI6 em busca de vingança contra a M de Judi Dench. A partir daí, desenrola-se uma trama interessante, que deságua nas próprias origens de James Bond - descobrimos de onde o personagem veio, sua família e muito mais. Há ação, tensão, humor e suspense na dose certa, embrulhado por uma ótima música-tema de Adele. Para agradar fãs da franquia e também os cinéfilos mais exigentes.

Beleza Americana
Um dos grandes filmes do final dos anos 1990, no qual o diretor Sam Mendes e o roteirista Alan Ball criticam o modo de vida americano da classe média, provocando o público e entregando uma história memorável, belamente filmada e que merece sempre ser revista. Atuação memorável de Kevin Spacey, que ganhou o Oscar de Melhor Ator pelo longa-metragem. Aliás, ‘Beleza Americana’ venceu a principal premiação do cinema em outras quatro categorias, incluindo Melhor Filme, além de ter saído vitorioso de premiações como o Globo de Ouro e diversas outras.

Império da Luz
Hilary (Olivia Colman) é a dedicada gerente de um cinema em uma cidade litorânea inglesa no início dos anos 1980. Naquela época, os cinemas começavam a passar por uma transformação, deixando aquelas grandes e imponentes salas para trás e buscando, cada vez mais, um novo público. A personagem, assim, está nesse momento de virada, em que tudo é incerto. E ainda que isso seja uma das coisas que mais chamam a atenção em ‘Império da Luz’, indicado ao Oscar pela linda fotografia de Roger Deakins, não é este o ponto principal. O que move a trama é a saúde mental da protagonista, que vive uma certa instabilidade e não consegue lidar tão bem com suas emoções – ainda mais depois de desenvolver um relacionamento com o novo funcionário, Stephen (Micheal Ward). O diretor do filme, Sam Mendes (‘1917’), é mais conhecido por seu apuro técnico do que pelas boas histórias e, por isso, não é surpreendente que falte um pouco de coração em ‘Império da Luz’ – assim como conhecimento em temas que deveriam ser mais aprofundados, como a saúde mental de Hilary e o racismo sofrido por Stephen. Ainda assim, dá para se emocionar com a jornada da personagem, brilhantemente vivida por Colman (‘A Favorita’), que se entrega à personagem com uma intensidade silenciosa que chama a atenção na telona.
Drama

Unclenching the Fists
Em uma pequena cidade mineradora em Ossétia do Norte, na Rússia, uma jovem mulher que se sente sufocada por sua família vivendo entre rejeição e amor – uma relação complicada, para dizer o mínimo. A partir daí, a jovem Ada (Milana Aguzarova) começa a planejar a sua tão esperada fuga. Dirigido pela russa Kira Kovalenko, Unclenching the Fists ganhou o principal troféu da mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes e traz um olhar atento sobre a sociedade russa – principalmente no que afeta as mulheres da região.

Fanfic
De acordo com o Dicionário Michaelis da língua portuguesa, fanfic é a abreviatura do inglês “fanfiction” (ou fã de ficção, na tradução livre). É a ficção criada pelo leitor ou espectador que, sendo fã de uma obra literária, filme, peça teatral, seriado de TV ou desenho animado, cria uma continuidade da história ou recria a história utilizando sua criatividade. E esse é o coração do romance polonês Fanfic. Ainda que não fale sobre ninguém recriando o amor de uma história, o longa-metragem fala sobre dois adolescentes que passam a se amar e precisam descobrir um jeito de expressar esse amor ao mundo – talvez recriando essa história com bastante criatividade. De um jeito despojado, lembrando a linguagem dos quadrinhos, o filme fala sobre amor na juventude com criatividade, ainda que não consiga escapar daqueles clichês que assolam o gênero – e deixam tudo mais gostoso de assistir.

Butterfly Vision
Um poderoso drama com nuances de expressionismo que evoca os profundos traumas universais da guerra. Butterfly Vision conta a história de Lilya (Rita Burkovska), uma mulher que trabalha no exército ucraniano como especialista em reconhecimento aéreo, mas é capturada e passa meses como refém em Donbás. Finalmente ela é liberada e devolvida para sua família, mas as feridas psicológicas - e físicas - de sua experiência se manifestam como estranhas e fugazes visões que a aterrorizam. Embora essas imagens dão um efeito dramático para o filme, o que realmente fica na nossa mente são as consequências em termos pessoais e privados.

Zoe e Tempestade
Uma adolescente é criada com cavalos no estábulo de corridas de seus pais e tem um vínculo excepcional com um jovem cavalo. Um acidente ameaça acabar com suas carreiras, mas eles lutam juntos para alcançar a vitória.
