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Grandes documentários brasileiros
O cinema nacional tem fortes representações na ficção, comédia e também nos documentários. Para celebrar os grandes nomes do gênero, como Eduardo Coutinho, e as mulheres que vem se destacando nos últimos anos, Petra Costa, Bárbara Paz e Maria Ribeiro, selecionamos as produções brasileiras documentais que estão disponíveis nos streamings e valem o play - e até mesmo o replay.
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O cinema nacional tem fortes representações na ficção, comédia e também nos documentários. Para celebrar os grandes nomes do gênero, como Eduardo Coutinho, e as mulheres que vem se destacando nos últimos anos, Petra Costa, Bárbara Paz e Maria Ribeiro, selecionamos as produções brasileiras documentais que estão disponíveis nos streamings e valem o play - e até mesmo o replay.
Coutinho é um mestre documentarista, em sua filmografia praticamente existe um subgênero que são os filmes de conversa, e 'Edifício Master' é provavelmente o mais abrangente deles. É um filme sobre o Rio, sobre Copacabana, sobre o prédio, mas nada disso aparece, nada disso tem destaque. Em vez de mostrar Copacabana, Coutinho se debruça para dentro dos apartamentos e faz com que enxerguemos ela pelos olhos de outras pessoas , e todo o desenho cria a atmosfera para isso: a câmera e a equipe entram no prédio, Coutinho se apresenta, pede licença e então dá total atenção a cada indivíduo que compõe esse microcosmo que é o edifício. Ele, incentiva as pessoas a falarem, e escuta com muita atenção o que cada um tem a dizer, humanizando essas diversas vidas e histórias completamente únicas, contidas no interior de cada apartamento. Coutinho tem uma habilidade impressionante de fazer as pessoas se abrirem, e assim procura o brilho contido em cada pessoa como se fossem jóias brutas, cuidadosamente as lapidando, conduzindo suas conversas de maneira magistral para assim extrair algo de um valor inestimável. No final, temos um universo inteiro dentro de um prédio, e por trás de cada porta poderíamos ter um filme inteiro. [-]
Coutinho é um mestre documentarista, em sua filmografia praticamente existe um subgênero que são os... [+]
Indianara Siqueira é a protagonista desse filme, que leva seu nome. A ativista liderou um grupo de mulheres transgênero a lutar pela sobrevivência em meio a intolerância. O documentário acompanha a trajetória dessa mulher que se tornou um ícone do movimento trans. Indianara foi uma das fundadoras da Casa Nem, abrigo para pessoas LGBT, no Rio de Janeiro. Em 2019, a produção foi a única brasileira na seleção oficial da mostra ACID (Association du Cinéma Indépendant pour sa Diffusion), no Festival de Cannes. ‘Indianara’ concorreu ao Queer Palm, que homenageia filmes LGBT que participam do festival. O documentário importante para entendermos a luta das pessoas transgênero em meio a uma sociedade preconceituosa e é também emocionante pelo mesmo motivo. [-]
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Se o disco ‘AmarElo’ já é encantador, o mesmo poderíamos esperar do filme ‘Emicida: AmarElo - É Tudo Pra Ontem’. O rapper trouxe mais um belíssimo trabalho que é extremamente representativo, atual e relevante. É possível citar o documentário como uma das melhores produções disponíveis no streaming nos últimos meses. Dirigido por Fred Ouro Preto, o filme faz um paralelo entre a carreira do rapper paulistano com trechos da apresentação dela no Teatro Municipal de São Paulo no final de 2019. ‘Emicida: AmarElo - É Tudo Pra Ontem’ vai muito além de um apenas um registro de show ou trajetória de um artista, é uma lição sobre cultura brasileira e um resgate dos nomes esquecidos do movimento negro no país. [-]
Se o disco ‘AmarElo’ já é encantador, o mesmo poderíamos esperar do filme ‘Emicida: AmarElo - É Tudo... [+]
‘Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar’ conta, de forma empática e envolvente, as histórias dos trabalhadores das pequenas fábricas de roupas jeans em Toritama, no agreste de Pernambuco, que deixaram de lado a tradicional agricultura e pecuária familiares. Donos dos próprios meios de produção, eles se empenham por horas e horas durante (quase) todo o ano para produzir 20 milhões de jeans – e para darem-se o luxo de, em fevereiro, pararem de trabalhar para curtir a pausa do carnaval no litoral. Quem não consegue juntar o dinheiro necessário, se vê vendendo o aparelho de TV e até a geladeira para poder pagar a viagem. Dessa forma, temos um relato sobre o capitalismo moderno, da vida dessas pessoas e da cultura popular brasileira. O documentário é dirigido pelo também pernambucano Marcelo Gomes (‘Cinema, Aspirinas e Urubus’), que utiliza a sua relação afetiva com a região como ponto de partida para um olhar que, ao mesmo tempo, registra e intervém naquela realidade que está na tela. [-]
‘Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar’ conta, de forma empática e envolvente, as históri... [+]
Tsé é o apelido familiar de Tsecha Szpigel, uma polonesa que tem uma vida digna de um filme -- não é à toa, afinal, que virou um. Sua vida virou de cabeça pra baixo já na juventude, quando começa a Segunda Guerra Mundial e toda sua família se separa. O pai vai pro trabalho forçado, a mãe pro campo de concentração. E ela se perde na Polônia em guerra. A partir daí, vive um zigue-zague, se apaixona e acaba indo para no Brasil, fugindo de tudo e de todos. E é isso que está no documentário ‘Tsé’, dirigido por Fábio Kow. Neto da biografada, ele cria um documentário híbrido de gêneros, formatos e emoções. Há cenas de arquivo familiar, há reconstruções em aquarela, há entrevistas com netos e bisnetos, principalmente. Nada que faça com o que filme seja muito original nem que fuja muito do didatismo, mas há uma clara tentativa do cineasta em fugir do padrão que é feito e visto por aí aos montes no cinema. No final, é difícil não segurar as lágrimas e pensar na própria avó. [-]
Tsé é o apelido familiar de Tsecha Szpigel, uma polonesa que tem uma vida digna de um filme -- não é... [+]
Silvio Tendler é um daqueles cineastas necessários, urgentes. Numa longa e prolífica carreira, ele foi o responsável por títulos como 'Dedo na Ferida', 'Utopia e Barbárie' e 'Jango'. Em 'Fio da Meada', o cineasta volta a tocar em temas sensíveis. No entanto, desta vez, na crueldade da urbanização opressora, da gentrificação e na invisibilidade de povos indígenas que sofrem com o avanço de cidades, fazendas e outras coisas do tipo em seus territórios. E, para construir o retrato e fazer a denúncia mais precisa possível, Tendler se vale de um amplo material de apoio, principalmente sequências que mostram a luta desses povos para manter suas culturas e seus espaços. Um filme urgente e necessário, que clama por atenção, reafirmando a importância dos indígenas no Brasil atual. [-]
Silvio Tendler é um daqueles cineastas necessários, urgentes. Numa longa e prolífica carreira, ele f... [+]
O brasileiro Filipe Galvon vive na França desde 2013 e decidiu mostrar seu desencanto com o Brasil nesse documentário. ‘Encantado, o Brasil em Desencanto’ acompanha a crise política no país, de 2013 até a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018. Traçando um paralelo entre Paris e o Rio de Janeiro, se passando no bairro que tem o nome de ‘Encantado’, onde o cineasta Galvon cresceu. A narrativa é construída através de entrevistas com importantes figuras políticas como Dilma Rousseff, Ciro Gomes, Fernando Haddad, Guilherme Boulos e do filósofo francês Alain Badiou. Um documentário necessário para ver um panorama do Brasil nos últimos 10 anos. [-]
O brasileiro Filipe Galvon vive na França desde 2013 e decidiu mostrar seu desencanto com o Brasil n... [+]
Polêmico e talentoso, o cineasta Héctor Babenco deixou uma filmografia completa, cheia de altos e baixos, mas que coloca sua personalidade nas telonas — desde o forte ‘Carandiru’, passando pelos clássicos ‘Pixote’ e ‘O Beijo da Mulher Aranha’ até o incompreendido e incompreensível ‘Meu Amigo Hindu’. A trajetória do cineasta, que morreu em 2016, ganha contornos mais intimistas e potentes agora com ‘Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer Parou’. Dirigido pela atriz, cineasta e ex-esposa de Babenco, Bárbara Paz, o longa-metragem mostra alguns dos últimos momentos de vida do diretor argentino naturalizado brasileiro com uma sutileza e um cuidado que não poderia ter partido de alguém diferente. A morte aqui é inevitável, mas tratada com um carinho, uma compreensão e um sentido de “passagem” que ajuda o filme a ganhar novos contornos. Selecionado pelo Brasil para uma vaga no Oscar de 2021 e premiado em Veneza para Melhor Documentário. [-]
Polêmico e talentoso, o cineasta Héctor Babenco deixou uma filmografia completa, cheia de altos e ba... [+]
O número de mulheres presentes no Congresso Nacional é baixíssimo. Na eleição de 2018, a mais próxima do lançamento deste documentário, elas representavam apenas 15% dos deputados e senadores federais. Mas, apesar do cenário ainda desanimador, a "semente" plantada por Marielle Franco começou a mudar um pouco mais a configuração da luta. Mais mulheres, muitas delas declaradas pretas, começaram a lutar ainda mais por espaço no poder público. E é isto que busca retratar o documentário 'Sementes: Mulheres Pretas no Poder', de Júlia Mariano e Éthel Oliveira. Aqui, a dupla de diretoras mergulha na história de candidatas da eleição de 2018, entendem suas dificuldades e, também, suas inspirações. No final, mais do que um bom retrato sobre a luta dessas mulheres pelo poder, historicamente usurpado por homens brancos, há também uma nova semente plantada. Quem sabe, no futuro, outras mulheres se sintam inspiradas por estas retratadas e, assim, busquem ocupar seu lugar de direito no comando do País. [-]
O número de mulheres presentes no Congresso Nacional é baixíssimo. Na eleição de 2018, a mais próxim... [+]
Dirigido e narrado por Petra Costa (de ‘Elena’), o documentário se aprofunda na crise política do Brasil que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. Não há, de forma bastante clara, a intenção de ser isento, já que o filme traz uma visão pessoal da própria diretora (que é filha de pais que lutaram contra a ditadura militar), além do olhar das ruas e do noticiário (no Brasil e fora dele). Tudo isso ilustrado por imagens que alternam uma perspectiva no meio das multidões e dos fatos, com uma câmera na mão, com belas sequências que revelam a beleza da arquitetura de Brasília. Fechando tudo isso, temos um retrato da polarização política que vive o país nos últimos anos. [-]
Dirigido e narrado por Petra Costa (de ‘Elena’), o documentário se aprofunda na crise política do Br... [+]
Linn da Quebrada é, sem dúvida alguma, um os nomes mais importantes do atual cenário da cultura underground e do ativismo social. ‘Bixa Travesty’ é um mergulho na vida de Linn, que luta para desconstruir estereótipos enquanto trilha a carreira de cantora, compositora e atriz (participando, inclusive, da série ‘Segunda Chamada’, da Rede Globo). Tudo isso de forma evolvente, carismática e real.
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Linn da Quebrada é, sem dúvida alguma, um os nomes mais importantes do atual cenário da cultura unde... [+]
Em 2018, ano da eleição que elegeu Jair Bolsonaro, Maria Ribeiro (‘Domingos’) e Loiro Cunha (diretor de fotografia de ‘Cine Marrocos’) foram às ruas para documentar a população brasileira durante uma das maiores polarizações políticas já vistas no Brasil. ‘Outubro’ é um filme importante no sentido de dar voz para quem se sentiu golpeado com o resultado da votação. E, acaba sendo também um registro histórico que traduz todo sentimento de uma população completamente dividida. Essa produção continua bem atual, pois o país continua sofrendo grandes problemas políticos. Narrado por Maria Ribeiro [-]
Em 2018, ano da eleição que elegeu Jair Bolsonaro, Maria Ribeiro (‘Domingos’) e Loiro Cunha (diretor... [+]
Na segunda metade dos anos 1970, o cantor e compositor Gilberto Gil lançou a chamada “trilogia RE”, com os álbuns ‘Refazenda’ (1975), ‘Refavela’ (1977) e ‘Realce’ (1979). Este documentário original da HBO analisa justamente o segundo LP, que completou 40 anos recentemente – e que reflete a herança da cultura negra africana. Parte dos registros acontece justamente durante a turnê comemorativa, também chamada ‘Refavela 40’. [-]
Na segunda metade dos anos 1970, o cantor e compositor Gilberto Gil lançou a chamada “trilogia RE”,... [+]
Viúva do grande cineasta Rogério Sganzerla (de ‘O Bandido da Luz Vermelha’), a atriz Helena Ignez acabou encontrando no abstratismo do marido um caminho para seguir também na carreira de cineasta. Já polemizou com ‘A Garota do Calendário’, um filme que é ao mesmo tempo ousado e extremamente cansativo, e empolgou com o estranho ‘Ralé’. Agora, ela visita o gênero de documentários com o provocativo ‘Fakir’. Como o próprio título sugere, o longa-metragem retrata a popularidade do faquirismo no Brasil, em toda a América Latina e na França. Originado do circo, este espetáculo consiste no domínio do corpo, resistência a dor, controle respiratório, redução de batimentos cardíacos, entre outras técnicas. O acervo apresenta o êxito após cada apresentação e os bastidores dos artistas que tornam possível a existência desta expressão artística, que se torna uma espécie de resistência cultural em tempos em que a identidade nacional é atacada por todos os lados. [-]
Viúva do grande cineasta Rogério Sganzerla (de ‘O Bandido da Luz Vermelha’), a atriz Helena Ignez ac... [+]
Depois de ‘Indianara’ e ‘Fabiana’, mais um longa-metragem sobre transsexualidade que vale a pena a visita. Agora, no caso, é ‘Madame’, documentário sobre Camille Cabral. Nascida socialmente homem, no interior da Paraíba, nordeste do Brasil, frei de ordem franciscana, assumiu a transexualidade e transformou-a em uma causa para lutar. Depois de formar-se em medicina no estado de Pernambuco, mudou para a França na época do surgimento do vírus HIV e início das pesquisas da Aids. Foi quando começou uma luta social em defesa das profissionais do sexo no país e fundou uma ONG que luta pelos direitos das minorias e combate do tráfico sexual. Um filme forte, urgente e necessário, que conta uma história que deveria ser ainda mais celebrada e conhecida em todo o Brasil. [-]
Depois de ‘Indianara’ e ‘Fabiana’, mais um longa-metragem sobre transsexualidade que vale a pena a v... [+]
Morto em 2013 aos 42 anos, Chorão se tornou uma lenda na música brasileira. Com um estilo próprio, que incorpora maneirismos da cultura do skate americana, ele fez história com a banda Charlie Brown Jr. e com hits que ficaram vivos na cultura pop, como ‘Dias de Luta, Dias de Glória’, ‘Só os Loucos Sabem’ e ‘Proibida pra Mim’. Agora, a curta (e intensa) trajetória de Chorão é contada no filme ‘Marginal Alado’, de Felipe Novaes. O filme não fica longe das já combalidas e batidas cinebiografias documentais sobre músicos e cantores da MPB -- como Simonal, Raul Seixas, Mamonas Assassinas e tantos outros -- com uma sucessão de entrevistas e imagens de arquivo. No entanto, fãs do cantor e compositor, que se tornou quase como um messias de uma religião baseada em skate, frases fortes e uma boa batida, vão sem dúvidas se emocionar. Ao ouvir trechos de seus hits, é fácil lembrar de sua história com a trajetória de Chorão e, em consequência, de como sua vida foi embalada pelas músicas do paulista. Um filme para viajar na vibe e na essência de Chorão. [-]
Morto em 2013 aos 42 anos, Chorão se tornou uma lenda na música brasileira. Com um estilo próprio, q... [+]