Em cartaz nos cinemas, clique no título do filme acima para encontrar o link para a compra de ingressos. Ridley Scott, de filmes como ‘Gladiador’, se rende ao camp e ao absurdo nesta irônica história, baseada em fatos, sobre a família Gucci. Muitos conhecem a marca como uma das maiores grifes do mundo, mas poucos sabem das tramas da família. O longa-metragem segue o relacionamento de Patrizia (Lady Gaga) e Maurizio Gucci (Adam Driver), que, de um conto de fadas, se tornou um baita terror. Gaga entrega aqui uma atuação digna de Oscar, apagando até mesmo a presença de Driver em cena, se tornando cada vez mais um nome forte na indústria cinematográfica. A cantora e atriz apresenta uma caricatura da ex-esposa do dono do império da Gucci, que, de tão espalhafatosa, é difícil imaginar que ela realmente existiu. Outro personagem que parece que foi criado para um filme é o de Jared Leto (que está irreconhecível) como o primo de Maurizio, Paolo Gucci. Al Pacino, Jeremy Irons e Salma Hayek completam o ótimo elenco. ‘Casa Gucci’ é um belo novelão tragicômico, bastante cafona, divergindo bem da filmografia de Scott e mostrando que ele consegue se renovar aos 83 anos.
Outro filme da lista em cartaz nos cinemas. Clique no título dele, acima, para encontrar o link para a compra de ingressos. Se 'Em Ritmo de Fuga' significou o amadurecimento do estilo de Edgar Wright como diretor, 'Noite Passada em Soho' vê esse estilo consolidado a serviço de um co-roteiro escrito por ele e por Krysty Wilson-Cairns ('1917') - que, embora não seja perfeito, é o mais interessante em sua filmografia até o momento. O enredo segue Ellie (Thomasin McKenzie), uma jovem que se muda para Londres para realizar seu sonho de ser estilista. Todas as noites, inexplicavelmente, ela tem sonhos vívidos em que é transportada de volta aos anos 1960 - sua época favorita - e vive como Sandie (Anya Taylor-Joy), uma jovem que aspira ser cantora - embora sua história se torne cada vez mais sombria, gradualmente invadindo a realidade de Ellie. Este é um thriller psicológico que combina influências dos estilizados giallos dos anos 1960, como ‘Repulsa ao Sexo’ de Roman Polanski, além de acenos visuais para ‘Suspiria’ de Dario Argento. Por outro lado, também tece uma crítica ao filtro idealizado com que todos nós - o público e o próprio realizador.
Com influência na cultura punk dos anos 1970, ‘Cruella’ traz a história de origem da icônica vilã de ‘101 Dálmatas’ - Glenn Close deu vida à ela no live-action da Disney dos anos 1990 e foi uma brilhante atuação. Dessa vez, vemos Emma Stone dar vida à Cruella de Vil e, novamente, temos uma interpretação da personagem que consegue superar as expectativas. Outro destaque é Emma Thompson, que ficou tão bem no papel que é quase impossível não gostar dela. Na história, acompanhamos o sonho de Estella, antes de ser Cruella e se tornar um nome reconhecido no mundo da moda. O longa tem uma história um pouco exagerada - e por pouco não se perde - mas que consegue se salvar em seu desenvolvimento. ‘Cruella’ tem um impacto visual grandioso, figurino, maquiagem e cabelo são impecáveis.
Continuação da já clássica série ‘Sex & City’, sobre um grupo de amigas que concilia trabalho, a vida em Nova York e suas relações amorasas. Desta vez, Carrie (Sarah Jessica Parker) e Mr. Big (Chris Noth) resolvem se casar – o que traz uma nova série de situações e problemas. Ainda que o filme não consiga transpor tão bem o formato da TV, é um daqueles longas que acerta em cheio na base de fãs, que ficaram anos esperando que esses dois finalmente acabassem juntos.
Um dos criadores mais famosos do mundo mostra sua intimidade e trajetória em ‘O Império de Pierre Cardin’. O documentário se tornou uma homenagem ao legado de Cardin, que faleceu em 2020, ano de lançamento da produção ao redor do mundo. Os diretores P. David Ebersole e Todd Hughes trouxeram leveza, dinâmica e uma montagem mais fluida ao construir o filme, fugindo das características maçantes de outros documentários biográficos. Se você acha que conhece Pierre Cardin, vai se surpreender com a produção, que mostra a relevância dele até hoje e como ele modernizou não só as roupas, mas toda uma cultura. Cardin foi um nome mais importante da indústria da moda nos últimos 100 anos.