Com ‘A Despedida’, a diretora Lulu Wang apresenta uma dramédia íntima e muito modesta em termos orçamento, mas com uma história verdadeiramente poderosa e diferente do que estamos acostumados a ver retratado no cinema. Assim como 'Podres de Ricos' fez o mesmo no campo da comédia romântica, este filme permanece dentro das convenções de seu gênero, mas a partir deles consegue um contraste interessante das diferenças entre o Ocidente e Oriente sobre como ver a vida. Tudo isso a partir da relação de uma garota chinesa “americanizada” (Awkwafina, mais conhecida por papéis cômicos em filmes como 'Oito Mulheres e um Segredo' e ‘Jumanji: Próxima Fase’) que volta para a China para se despedir de sua avó, com uma doença terminal. É um filme que, sem dúvidas, vai te comover, com atuações potentes e que mexem com as emoções mais íntimas de cada um.
Com elenco incrível, uma família disruptiva (e qual não é?), uma Kombi e um sonho de uma criança, ‘Pequena Miss Sunshine’ é, ao mesmo tempo, um mergulho pelas estradas dos EUA e pelos problemas de uma família. Uma história que nos faz rir das trivialidades e da hipocrisia humana, dirigida por um casal que, antes, era famoso pelos seus videoclipes - mas que consegue atrair a atenção da crítica e do público já no início do longa-metragem de estreia. Destaque, principalmente, para a atuação da pequena Abigail Breslin, que vive a personagem que sonha em ser a tal Miss Sunshine a relação dela com o irmão (Paul Dano), o tio (Steve Carell) e o seu avô, interpretado por um brilhante e inesquecível Alan Arkin.
Quem diria que uma história qualquer lida por um avô ao seu neto poderia se tornar em um dos filmes mais queridos de gerações? Esse é o feito alcançado pelo elogiado ‘A Princesa Prometida’, um clássico filme ao estilo Sessão da Tarde delicioso de assistir. Com uma jornada instável, cheia de idas e vindas, a Princesa (Robin Wright) passa por verdadeiros apuros depois de ser abandonada pelo amado e cair nas mãos de um déspota. São piratas atrapalhados, ninjas que escalam montanhas, gigantes… É uma história de fantasia e amor, fora dos padrões, e que tem o poder de despertar a imaginação de cada um. Ainda mais quando lembramos que tudo não passa de um avô trabalhando sua criatividade para deixar o neto, não muito afeito à livros, entretenimento em uma noite qualquer. Para ver e rever.
Uma celebração à cultura mexicana - que valoriza a morte não como o fim, mas como uma passagem intrínseca à nossa existência - neste tocante filme sobre honrar suas raízes e sua família. ‘Viva: A Vida é uma Festa’ é mais um exemplo de como a Pixar consegue se reinventar todo ano e continuar criando belas histórias. Difícil não derramar algumas lágrimas quando a relação entre o protagonista com sua avó, com uma das músicas mais bonitas feitas originalmente para um longa-metragem de animação. Não é à toa que a produção foi a vencedora nas categorias de Melhor Animação e Canção no Oscar 2018.
O cineasta Tim Burton fez mágica aqui ao adaptar a clássica história do garotinho Charlie -- já contada no clássico de 1971, com Gene Wilder -- que sonha em pegar o tíquete dourado para, assim, ter permissão para adentrar na fábrica de chocolates de Willy Wonka. Johnny Depp está irreconhecível como o excêntrico dono do local, em um dos papéis mais emblemáticos de sua carreira. Destaque ainda para o pequeno Freddie Highmore (da série ‘O Bom Doutor’), peça central desse engrenagem familiar que Burton constrói nesta adaptação, que exibe uma relação emocionante com seu avô -- o parente felizardo escolhido para acompanhá-lo nessa jornada regada a muito doce, estranhezas e grandes momentos.. Difícil não se encantar com cenários, se divertir com Wonka e rir dos Oompa-Loompas. Para ver e se emocionar, além de salivar com a enxurrada de chocolate.