Vencedor em 2011, ‘O Discurso do Rei’ é um daqueles filmes que alia uma técnica perfeita, grandes atuações e um roteiro original criado a partir de uma história verídica pouco conhecida. Por meio da performance de Colin Firth, descobrimos que o rei George VI não era apenas gago – um grande problema em um momento no qual o rádio despontava – como também passou por um peculiar tratamento para superar o problema. Se não fosse por isso, o mundo de hoje seria bem diferente. O longa-metragem teve 12 indicações ao Oscar, vencendo em quatro categorias.
Em 2012, a Academia resolveu homenagear o passado do cinema. 'O Artista' é uma comédia que se passa ainda na época dos filmes mudos, resgatando muito o saudosismo e a bela estética daqueles tempos – só que com toda a tecnologia de hoje, claro. A produção levou cinco estatuetas, incluindo Melhor Ator e Melhor Direção – e, claro, Melhor Filme.
Mais uma vez o Oscar escolheu como Melhor Filme uma história ligada ao seu próprio passado. ‘Argo’, o eleito de 2013, porém retratou um acontecimento pouco conhecido até então: o resgate de funcionários americanos no Irã após a revolução naquele país, no final dos anos 1970. Dessa forma, o filme consegue unir a tensão de um thriller político com os bastidores (e o humor) de Hollywood naquela época. O curioso é que aquela ainda era um momento de reconstrução da indústria de cinema, que se recuperava de momentos ruins nos 20 anos anteriores. Além de Melhor Filme, ‘Argo’ venceu em mais duas categorias.
Outra história real foi reconhecida pela Academia em 2014. ’12 Anos de Escravidão’ é sobre a vida de Solomon Northup – um negro livre de Nova York que se viu vendido como um escravo fugitivo do sul. Um enredo denso, para nos lembrar dos horrores da escravidão. No Oscar, além de Melhor Filme, o longa levou as estatuetas de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Atriz Coadjuvante, para a Lupita Nyong’o – e foi merecido.
No momento da explosão dos filmes de super-heróis, o diretor Alejandro G. Iñárritu se aproveitou deste universo para nos trazer a história de um ator falido, interpretado por Michael Keaton, que anos atrás viveu o herói Birdman no cinema e agora tenta se reerguer no teatro. Além de trazer temas que temos dentro de cada um de nós, a direção chamou a atenção por investir em planos sequência, que nos ajudam a entrar dentro da cabeça do protagonista. O filme venceu em quatro categorias em 2015, incluindo, além de Melhor Filme, Melhor Diretor.