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Cinemas prometem boicote contra Universal Pictures

Nos Estados Unidos, a Universal Pictures entrou no alvo dos cinemas tradicionais. Grandes redes, como AMC e Cineworld, indicaram que não irão mais exibir todos os filmes do estúdio. O motivo estaria nas declarações de Jeff Shell, CEO da empresa, celebrando os números de ‘Trolls 2’ em VOD.

O longa-metragem de animação, que teve sua estreia cancelada nos cinemas por conta da pandemia do novo coronavírus, faturou US$ 100 milhões em plataformas digitais. Com isso, o número se tornou um marco para o streaming e mostrou a força de estreias direto no video on demand.

Agora, a AMC e a Cineworld se pronunciaram reprovando as ações da Universal Pictures e o tom da fala de Shell. O CEO da AMC, Adam Aron, define a mudança do modelo de negócios como “radical” e “inaceitável” e afirma que a decisão “representa nada além de prejuízo” para a exibidora.

‘Trolls 2’ se tornou um divisor de águas nos EUA (Crédito: Divulgação/Universal)
Já a Cineworld, responsável pela rede de cinemas norte-americana Regal Cinemas, afirmou que não vai exibir títulos da Universal Pictures enquanto o estúdio não voltar atrás. Eles não querem estreias simultâneas no cinema e no VOD. Muito menos lançamentos exclusivos de grandes longas em termos de faturamento, como foi o caso de ‘Trolls 2’.

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Por fim, a Universal Pictures se pronunciou. “Acreditamos na experiência cinematográfica e não fizemos qualquer declaração contrária”, escreveu a empresa. “Esperamos lançar nossos próximos filmes nos cinemas, assim como em premium VOD quando esse tipo de distribuição fizer sentido”. No Brasil, ‘Trolls 2’ continua ainda reservado para a tela grande e não foi lançado, até agora, no streaming.

Cinemas vs Universal

Primeiramente, caso o boicote se confirme, há um cenário preocupante para a Universal Pictures em 2020. Afinal, a única grande estreia do estúdio acabou se concentrando em ‘007: Sem Tempo para Morrer’, em novembro. ‘Minions 2’ está sem data, enquanto ‘Velozes & Furiosos 9‘ foi para 2021. Com isso, seria fácil para a AMC e Cineworld deixarem de exibir a maioria dos títulos. No caso do filme da franquia de James Bond, produções de outros estúdios, represadas por conta da pandemia de coronavírus, seriam uma alternativa. No entanto, também é preciso pensar a longo prazo. Afinal, a Universal Pictures é dona de franquias bilionárias como ‘Jurassic World’, ‘Velozes & Furiosos’ e, mais recentemente, de filmes do universo LEGO.
Redação Filmelier

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