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Crítica: 'Hypnotic' é thriller que se leva a sério demais
Apesar das boas sacadas do final, 'Hypnotic' continua sendo um thriller que poderia ser muito melhor do que é
Matheus Mans | 26/10/2023 às 19:01 - Atualizado em: 26/10/2023 às 19:03
Fica evidente, já pelo material de divulgação, que o filme Hypnotic tinha a possibilidade de seguir dois caminhos bem distintos de condução e que nem trailers indicavam qual seria. O primeiro é Robert Rodriguez, o diretor, levar a história a sério demais, tratando o longa-metragem como uma espécie de novo A Origem, de Christopher Nolan. Seria a pior opção. O segundo caminho seria transformar a história em um filme que ri de si mesmo, ainda que continue com aquele tom de suspense tradicional que a trama sugere. Seria um filme bobinho e certeiro. Ou seja: a melhor opção.
Adivinha qual caminho Rodriguez seguiu? Pois é. Hypnotic chega aos cinemas nesta quinta, 26, fazendo tudo aquilo que nunca deu certo na filmografia do cineasta: fazer filmes grandiosos, imponentes e que tenham aquele ar de "cinemão". É só ver os que mais deram certo. O Mariachi, A Balada do Pistoleiro, Um Drink no Inferno, Pequenos Espiões, Machete Mata e por aí vai. Difícil entender, então, o que o levou a fazer uma trama tão dura, séria e engessada.
Qual é a história de Hypnotic?
Hypnotic acompanha a história de Danny Rourke (Ben Affleck), um detetive que acabou de viver um trauma de perder sua filha, sequestrada em plena luz do dia, e que precisa lidar com um tipo diferente de ameaça: um ladrão de bancos que consegue hipnotizar pessoas comuns para ajudá-lo nos assaltos. A partir daí, Rodriguez, que assina o roteiro com Max Borenstein (Godzilla), tinha a possibilidade fazer um filme que se diverte com essa situação, brincado até mesmo com o senso de realidade do espectador. Algo como No Limite do Amanhã fez com o cinema de ação, por exemplo.
No entanto, Rodriguez quis ser mais Christopher Nolan e menos Joel Schumacher. Hypnotic: Ameaça Invisível segue o caminho contrário de tudo que sempre deu certo nos filmes do diretor e se torna um filme que exagera demais na dose de seriedade. A trama nunca abre espaço para rir de si mesma e de seus absurdos, acreditando que o fato de ter um hipnotizador que comanda pessoas aleatórias na rua é algo que poderia acontecer. Não há espaço pra diversão.

O final é a melhor coisa
Com isso, tentando fincar demais o pé na realidade, o longa-metragem fica confuso e cansativo durante quase uma hora de projeção – e o filme tem apenas 93 minutos! As coisas vão acontecendo e, além de não ter nada de divertido e instigante, acaba virando uma massaroca de acontecimentos que não somos convidados a participar. Vemos tudo de longe, com Ben Affleck fazendo sua cara de surpreso e/ou assustado. Ele até está bem, mas sem muito como ir além.
A coisa muda drasticamente, porém, quando Hypnotic: Ameaça Invisível entra em seu terço final. Ainda que ainda tenha muito Nolan na equação (principalmente com inspiração em A Origem), o filme finalmente começa a se soltar – parece que está perdendo a vergonha frente ao público. Finalmente somos convidados a participar daquela festa e a sentir certa alegria de fazer parte. Rodriguez encontra diversão no filme. Mas aí, infelizmente, já é tarde demais.

Jornalista especializado em cultura, gastronomia e tecnologia, cobrindo essas áreas desde 2015 em veículos como Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites. Já participou de júris de festivais e hoje é membro votante da On-line Film Critics Society. Hoje, é editor do Filmelier.

Jornalista especializado em cultura, gastronomia e tecnologia, cobrindo essas áreas desde 2015 em veículos como Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites. Já participou de júris de festivais e hoje é membro votante da On-line Film Critics Society. Hoje, é editor do Filmelier.
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