Disney+ supera TikTok e é o app mais baixado nos celulares e tablets dos EUA
Mesmo tendo sido lançado em 12 de novembro nos Estados Unidos, o Disney+ conquistou uma interessante marca no mercado do país. De acordo com a consultoria Sensor Tower, o aplicativo do serviço de streaming foi o mais baixado no último trimestre de 2019 – considerando a loja de apps do iOS e a do Android.
Foram 30 milhões de downloads no chamado Q4, mais do que o dobro do que o segundo lugar – o TikTok, rede social que é a sensação do momento entre os jovens.
Quebrando os números por ecossistema, o Disney+ foi baixado 18 milhões de vezes na App Store da Apple, contra 12 milhões no Google Play do Android. Lembrando que os dados não consideram outros dispositivos, como videogames e smart TVs.
Você confere o ranking geral no gráfico a seguir, que coloca competidores do mercado de video on demand como YouTube, Netflix, Hulu e Amazon Prime Video bem mais atrás.
Vale ressaltar que 30 milhões de instalações é um número maior que Hulu e Prime Video tiveram em todo o ano de 2019.
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Estes dados, claro, precisam ser avaliados com certo cuidado. Por um lado, o número de downloads do Disney+ revela que houve muito interesse pelo novo serviço de streaming e que havia um consumo represado. Por outro, não significa que a base de usuários já seja maior que a da Netflix, por exemplo – a plataforma fundada por Reed Hastings está há tempos no mercado, com uma taxa de crescimento (e de downloads) mais linear, sem grandes picos. Em termos de receita, o Disney+ arrecadou US$ 50 milhões em apenas 30 dias, superando outros concorrentes no mercado de streaming por assinatura. Além disso, apenas no último trimestre do ano, o serviço da Disney foi responsável por 16% da receita total deste mesmo mercado nos EUA – isso com apenas um mês e meio de funcionamento. O market share por receita está no gráfico a seguir. Ainda que a chegada do Disney+ tenha equilibrado um pouco mais os gráficos, a Sensor Tower destaca que a nova plataforma não está canibalizando as outras, mas sim expandindo o mercado de streaming. Os serviços concorrentes cresceram 12,5% no quarto trimestre de 2019, em comparação com o terceiro – e 4,7% no total do ano. Vale ressaltar que hoje o mercado é bem mais maduro do que aquele que a Netflix chegou há mais de dez anos – a base instalada de smart TVs e set-top-boxes é infinitamente maior, assim como a qualidade da banda larga. Por isso o potencial de crescimento rápido da Disney+ é muito maior do que dos pioneiros do video on demand. O Mickey não precisará quebrar as mesmas pedras já trituradas pelo pessoal de Los Gatos (que é a cidade-sede da Netflix), mas provavelmente enfrentará outros desafios. A seguir, confira o market share de downloads por trimestre: No total global, o Disney+ já foi baixado 41 milhões de vezes na App Store e no Google Play, gerando uma receita de US$ 97,2 milhões. Por enquanto, o serviço de streaming por assinatura da Walt Disney Company está disponível apenas nos EUA, Canadá, Holanda, Austrália e Nova Zelândia. No Brasil, o lançamento está programado para novembro. via Techcrunch.
Renan Martins Frade
Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi por 11 anos editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix. Foi editor-chefe do Filmelier.