Kantar Ibope Media desenvolve ferramenta para medir audiência de serviços de streaming

Os tempos mudaram, principalmente em 2020. A pandemia de coronavírus fez com que ficássemos em casa e um dos meios de entretenimento mais viáveis foram os serviços de streaming. Na impossibilidade de ir ao cinema, o consumo de filmes e séries por meio de plataformas aumentou consideravelmente.

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Com base disso, a Kantar Ibope Media, que faz a medição de audiência de canais de televisão no Brasil, desenvolveu uma nova ferramenta de pesquisa para entender mais sobre cada consumidor: o Focal Meter.

A ideia é identificar o que os brasileiros estão assistindo e em qual aparelho. Na década de 1990, foi desenvolvido o People Meter, que é usado até hoje, para medir a audiência dos canais de TV. Seguindo as mudanças dos últimos anos, era necessário um medidor focado nesse novo mercado.

De acordo com Cristina Padiglione, colunista da Folha de S. Paulo, o Focal Meter está em teste em 20 residências na Grande São Paulo, que é a região com o maior número de pessoas que utilizam streamings. “A gente deveria estar instalando os outros aparelhos neste momento. Paramos por causa da pandemia”, conta Melissa Vogel, CEO da Kantar Ibope. Vogel e Adriana Fávaro, diretora comercial da empresa, disseram que é importante essa medida para identificar o comportamento individual dos espectadores – isso é fundamental para a produção de novos conteúdos e investimento dos anunciantes.

Como o Focal Meter funciona

“O Focal Meter identifica também o ID do dispositivo conectado, e partir das informações que temos dos painelistas, podemos atribuir o consumo individual para cada dispositivo, mesmo em caso de aparelhos compartilhados”, explica Melissa Vogel. É importante também para a Kantar Ibope esse tipo de análise, para que eles não percam sua relevância. O brasileiro ainda é vê muita televisão, mas isso não faz com que o público do streaming diminua, muito pelo contrário. Como a ferramenta, será possível a medição individual de telas e de seus consumidores. Cada indivíduo da residência, onde o aparelho foi instalado, terá seus dados identificados pelo instituto – critérios como região e classe social também são analisados para traçar como esse consumo alimenta a publicidade. Vale citar que as próprias plataformas tem suas ferramentas para medir suas métricas e melhorar a experiência do cliente. A Netflix já trabalha com um usuários distintos para compor sua assinatura. E a Globo têm um rastreio de quem consome seus produtos, até mesmo para votar no paredão do ‘Big Brother Brasil’ é preciso de um cadastro no site. Dessa forma, eles sabem o ID de cada pessoa que contabilizou seu voto.