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Netflix: plano mais barato com publicidade pode ser lançado ainda no final de 2022
Novidade chegaria bem antes do originalmente divulgado pela empresa
Goste ou não da iniciativa, parece que a publicidade chegará à Netflix mais cedo do que você imagina. De acordo com The New York Times, a gigante do streaming pode lançar o seu plano mais barato, que inclui publicidade, no último trimestre de 2022. Trata-se de uma aceleração grande dos planos: Reed Hastings, co-CEO da empresa, havia dito que a nova modalidade de cobrança chegaria em até dois anos, ou seja, até o primeiro trimestre de 2024.
Vale lembrar que não se trata de adicionar publicidade nos planos já existentes, mas sim de criar uma assinatura com uma faixa de preço mais barata – talvez entre R$ 12,50 e R$ 20 – que, aí sim, inclui anúncios antes e durante os conteúdos disponíveis no serviço.
Publicidade
Por meio de duas fontes, o Times teve acesso a um memorando interno detalhando o esforço. “Sim, é rápido e ambicioso e exigirá algumas compensações”, disse a nota, segundo o periódico. Tudo, claro, para conter as perdas de assinantes previstas para o futuro próximo e contornar a recente (e grande) queda do valor de mercado da empresa. Os altos investimentos para produzir conteúdo e a necessidade de aumentar as receitas, além do desafio de atrair novos assinantes, estão por trás das mudanças que a Netflix está empreendendo (crédito: montagem / Filmelier)
“Todas as grandes empresas de streaming, excluindo a Apple, anunciaram ou anunciarão um serviço suportado por anúncios”, também afirma o texto, de acordo com o NYT. “Por uma boa razão, as pessoas querem opções com preços mais baixos.” Não seria a primeira vez que a Netflix faz um grande anúncio do tipo e, depois, lança a iniciativa em tempo recorde. Em 2015, a empresa anunciou que se tornaria uma plataforma global, disponível em praticamente todo o mundo, em dois anos – mas cumpriu a expansão em apenas um, em janeiro de 2016. Resta saber como o streaming lidará com alguns dos desafios da empreitada, que inclui a criação de uma plataforma de mídia programática – ou a parceria com alguém que já tenha -, além de um inédito relacionamento com anunciantes e o compartilhamento de dados dos assinantes do serviço.
Netflix e publicidade
A novidade foi anunciada após o pior resultado da Netflix, em número de assinantes, em cerca de dez anos. “Aqueles que seguem a Netflix sabem que somos contra a complexidade da publicidade e grandes fãs da simplicidade da assinatura”, disse Hastings na oportunidade. “Mas mais fã do que isso, eu sou o maior fã da escolha do consumidor. E permitir aos consumidores que eles possam escolher um preço mais barato, e são tolerantes à publicidade para conseguir o que querem, faz muito sentido”. Como o executivo deixou claro, a plataforma sempre teve como religião ser contra a publicidade para os seus assinantes. Porém, com o aumento de cancelamentos e a pressão de Wall Street para aumentar lucros, passa a ser necessário ter um novo plano com anúncios. De um lado, mais barato para o assinante. Do outro, permite à empresa ganhar mais em cada assinatura.
A Netflix corre o risco dos anúncios atrapalharem a experiência na plataforma? (crédito: montagem / Filmelier) Nos EUA, o modelo já é adotado por Hulu, Paramount+ e HBO Max, por exemplo – e ele tem ajudado muito na expansão para novos assinantes. O Disney+ é outro streaming que anunciou que adotará o modelo em breve, inclusive no Brasil. Além disso, é possível imaginar que o famoso algoritmo da Netflix, o queridinho da empresa, poderia ajudar a ser mais assertivo na entrega da publicidade. Afinal, da mesma forma que a plataforma sugere novos filmes e séries a partir do que você assiste e gosta, ela tem como entregar anúncios em vídeo baseados nesse mesmo comportamento, aumentando a efetividade e o engajamento. É o famoso ganha-ganha: o usuário ganha uma opção mais barata de assinatura, Wall Street ganha o tão sonhado aumento de assinantes e de receita, enquanto o mercado publicitário ganha mais uma janela para anúncios.