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Netflix com publicidade custará R$ 18,90 e chega em novembro
Maior mudança no modelo de negócio na história da Netflix, novo plano chega para aumentar a base de usuários e a receita da empresa
Renan Martins Frade | 13/10/2022 às 17:21 - Atualizado em: 14/10/2022 às 16:30
Acabou o mistério: a Netflix anunciou nesta quinta, 13, que a versão com publicidade da plataforma chega em novembro. A estreia do novo modelo de assinatura ocorrerá em 12 países, incluindo no Brasil. Por aqui, quem quiser ver o streaming com anúncios pagará R$ 18,90. A mensalidade regular continua em R$ 39,90 no chamado plano Padrão, sem propagandas.
No Brasil, o lançamento do novo modelo de assinatura chega em 3 de novembro. Para comparação, o Amazon Prime (que inclui o Prime Video) sai por R$ 14,90 mensais, sem anúncios. A HBO Max, também sem publicidade, custa R$ 19,90.
Os Estados Unidos, principal mercado para a Netflix, também adotará o plano, que está sendo chamado de "básico com anúncios". Por lá, o custo será de US$ 6,99 - cerca de R$ 37 pela cotação atual. Por lá, o lançamento ocorre já em 1º de novembro.
- Leia também: Netflix e publicidade: tudo o que sabemos até agora
A companhia informa em seu FAQ que o plano com publicidade contará apenas com resolução HD (alta definição, 720p). Ou seja, sem o "Full HD" (resolução de 1080p). O 4K, ou Ultra HD, continua restrito ao plano Premium, que custa R$ 55,90 ao mês. Será possível assistir em apenas um dispositivo por vez, seja TV, tablet, computador ou celular e "apenas por pessoas que moram na mesma residência", destaca.
Outra limitação é que alguns filmes e séries podem não estar disponíveis no plano básico com anúncios, mas não há detalhes de quais seriam esses conteúdos. É possível imaginar que produções mais caras e aguardadas, como novas temporadas de séries como 'Stranger Things' e filmes como 'Glass Onion: Um Mistério Knives Out', tenham um período inicial de "blecaute" para estes assinantes.

"É provável que você veja uma média de cerca de 4 minutos de anúncios por hora (isso pode variar de acordo com o título que você está assistindo). Um anúncio pode ter até 30 segundos", também diz a empresa. Não será possível pular a publicidade e não haverá anúncios nos perfis infantis.
Com plano mais barato, a Netflix espera ampliar a sua base de assinantes em um mercado mais competitivo e saturado. Já a publicidade chega para "inteirar" esse valor, compensando com a verba dos anúncios a redução da mensalidade e garantindo a receita para a companhia.
- Leia também: O impossível aconteceu? Netflix faz acordos históricos para ter filme nos maiores cinemas do mundo
“Acreditamos que com este lançamento seremos capazes de fornecer um plano e um preço para cada fã da Netflix”, disse o COO da Netflix, Greg Peters, a repórteres em uma coletiva de imprensa virtual na quinta-feira, de acordo com The Hollywood Reporter. “O mais importante para nós é que queremos oferecer opções aos consumidores e que eles descubram qual é a melhor oferta para eles, e isso pode significar que alguns de nossos membros existentes abandonem [planos sem anúncios].”
A Microsoft é a parceira da Netflix na venda dessa publicidade - e, de acordo com Jeremi Gorman, presidente da área na empresa de streaming, a plataforma já vendeu praticamente todo o seu inventário.
Medindo a audiência da Netflix
Um outro grande anúncio, que vem junto com o novo modelo de assinatura, é que a Nielsen - o Ibope dos EUA - vai fazer a medição de audiência dentro da plataforma, a partir de 2023.
Até hoje a Netflix não deixava que terceiros fizessem esse tipo de aferição, com a própria plataforma divulgando números sem auditoria externa e seguindo suas próprias métricas. A mudança ocorre agora porque a publicidade necessita de números confiáveis para medir a sua efetividade e a audiência.

Por enquanto, essa medição ocorrerá apenas nos EUA e não está claro como a Netflix irá certificar a audiência aos anunciantes em outros países. É possível imaginar parcerias parecidas com organizações do mesmo tipo nesses locais.
Revertendo a queda?
A nova modalidade de assinatura da Netflix chega em um momento-chave para empresa. Como mencionado, será possível continuar crescendo a base de membros pagantes - e, ao mesmo tempo, monetizar essa audiência para aumentar a receita.
- Leia também: A Netflix está morta. Longa vida à Netflix!
Isso entregaria duas métricas importantes para Wall Street: continuaria com a expansão do número total de assinantes, o número que já foi queridinho de Wall Street; e aumentaria o chamado ARPU (a receita média por usuário) sem ter que aumentar preços.
O mercado já reagiu. No momento do fechamento desta nota, as ações da Netflix acumulavam uma alta de 5,27% na bolsa de Nova York. O valor ainda não cobre as perdas anuais: em 2022, as ações da companhia fundada por Reed Hastings viram até aqui uma queda acumulada de 61%,

Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi anteriormente editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix.

Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi anteriormente editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix.
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