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Reabertura de cinemas da cidade de São Paulo é adiada
Com a decisão da prefeitura da cidade de São Paulo, cinemas terão que rever planos de reabertura de suas salas de exibição já no dia 27 de julho
Matheus Mans | 24/07/2020 às 17:15 - Atualizado em: 24/07/2020 às 19:21
O prefeito Bruno Covas decidiu nesta sexta-feira, 24, que não vai reabrir os cinemas na próxima segunda-feira, 27. Mesmo com a autorização do governo do estado, a prefeitura optou por seguir recomendações da Vigilância Sanitária e irá manter os espaços culturais de portas fechadas.
- Leia também: Após pandemia, cinema deverá passar por mudanças
Com isso, a ideia da prefeitura da cidade de São Paulo é permitir a reabertura de cinemas e outros espaços culturais apenas na chamada fase verde do Plano São Paulo, a penúltima. Ou seja: uma etapa antes do plano original, mas uma depois do último adiamento anunciado pelo governo.

"Em relação a área cultural, a Vigilância Sanitária do município pediu para que esperássemos o município entrar na fase verde para poder liberar a área cultural aqui na cidade. Nós já estamos com o protocolo pronto, mas a vigilância insistiu que a gente aguardasse a fase verde", disse Covas ao G1.
Assim, os cinemas da capital deverão esperar -- no mínimo e se tudo correr bem -- mais 15 dias para aguardar uma possível nova troca de fases na cidade. Outras regiões, como pode ser notado no mapa abaixo, terão que esperar entre 30 e 45 dias para uma chegar na fase verde -- se tudo for bem.

Regras para reabertura
Além disso, para a reabertura, o governo elaborou, junto de agentes dos setores, um protocolo geral. No caso das salas de cinema, a lotação não poderá ultrapassar 40% de sua capacidade. Além disso, os cinemas devem organizar as saídas, priorizar a higiene e ter funcionamento de 6 horas.
Algumas das medidas, porém, chamam a atenção. Por exemplo: em uma das normas do novo protocolo, o governo do estado afirma que familiares e habitantes de uma mesmo residência não terão “a distância mínima entre eles não aplicável”. Mas não há explicações de como fiscalizar essa medida.
No entanto, é importante ressaltar: esses protocolos são pontos de partida para que os prefeitos conversem com os setores, internamente. Dessa forma, será possível entender as demandas de cada região, colocar aspectos específicos de cada setor e determinar como o protocolo será seguido ali.
Vale lembrar que, atualmente, São Paulo conta com 450 mil infectados com covid-19 e quase 21 mil mortes — com um crescimento de 360 mortes, em média, por dia. O estado continua sendo o epicentro de infecção do novo coronavírus no Brasil, ao lado de Rio de Janeiro e estados do Nordeste.
Polêmicas
A programação para reabertura dos cinemas em São Paulo tem provocado reações adversas. Quando o governo anunciou que espaços culturais estavam apenas na última fase do plano, em meio, André Sturm, diretor do Belas Artes, reagiu de maneira adversa aos planos governamentais.

“Essa quarentena não faz sentido. Vão quebrar todos os cinemas de São Paulo”, disse ele, na ocasião. Além disso, Sturm afirmou que se a reabertura não fosse revista, as redes do setor não terão outra solução. “Espero que o governo venha à público e fale que se enganou”, afirma Sturm.
Já o empresário francês Jean-Thomas Bernardini não gostou da ideia de abrir as portas de suas duas unidades do Reserva Cultural antes da hora. “A curva está subindo, a ciência mundial fala que é momento de quarentena. E já estão discutindo de abrir as salas? Não abro meu cinema”, disse ele.
Por fim, o Filmelier ouviu a opinião de um infectologista sobre a reabertura. E ele se mostrou preocupado. “Não é o momento de pensar em reabertura, ainda mais de cinemas”, disse o médico Marcelo Otsuka. “É um ambiente arriscado demais para pessoas irem nesse estágio da pandemia”.
Jornalista especializado em cultura, gastronomia e tecnologia, cobrindo essas áreas desde 2015 em veículos como Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites. Já participou de júris de festivais e hoje é membro votante da On-line Film Critics Society. Hoje, é editor do Filmelier.
Jornalista especializado em cultura, gastronomia e tecnologia, cobrindo essas áreas desde 2015 em veículos como Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites. Já participou de júris de festivais e hoje é membro votante da On-line Film Critics Society. Hoje, é editor do Filmelier.
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