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‘Star Wars’: qual é a ordem correta para assistir aos filmes

Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante, Star Wars era apenas um filme. Depois, teve sequências que formaram uma trilogia. Depois, foram feitas prequelas e mais sequências. E depois, séries de televisão e spin-offs. Hoje, é uma das franquias midiáticas mais grandiosas que existem.

Mas antes que a saga atingisse essas proporções, o lançamento das primeiras trilogias de filmes, fora da ordem cronológica, despertou uma pergunta muito importante entre os fãs: qual era a melhor ordem, ou a ordem “correta”, para experimentar esta história?

A resposta? É complicado. Para explicar, vamos nos concentrar apenas nos filmes da “Saga Skywalker”, ou seja, as três trilogias com “episódios” numerados de I a IX. Não incluiremos séries de televisão, enquanto os filmes spin-off, como Rogue One e Han Solo, podem ser difíceis de acomodar em certos métodos.

A saga de Star Wars está disponível no Disney+. Clique aqui para vê-la.

Qual é a ordem correta para assistir Star Wars?

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Na verdade, não há uma única resposta. Além disso, à medida que a franquia cresceu para contar mais histórias, a solução para o problema se tornou mais complicada. Os fãs criaram diferentes formas de desfrutar os filmes de Star Wars, cada uma com suas vantagens e desvantagens. Para começar, um pouco de contexto com alguns spoilers (caso você não saiba nada a respeito). A saga Star Wars começou em 1977 com o lançamento do filme homônimo, dirigido por George Lucas. Em seguida, foram lançadas as sequências O Império Contra-Ataca em 1980 e O Retorno de Jedi em 1983. Juntas, elas formaram o que hoje é conhecido como a trilogia clássica. No entanto, desde o início, Lucas tinha a intenção de contar uma história ao longo de nove episódios, embora esses planos tenham sido suspensos por diversos motivos. No entanto, anos depois e animado pelas possibilidades das novas tecnologias da época, o diretor decidiu retornar à franquia e planejou uma trilogia de prequelas, situada anos antes da trilogia clássica. Assim, o filme original foi retroativamente intitulado Uma Nova Esperança, e cada filme se tornou um “episódio”. A trilogia de prequelas abrangeria os episódios I ao III, enquanto a clássica compreenderia os episódios IV ao VI.
Todas as complicações giram em torno deste momento da saga (Crédito: Lucasfilm)
Neste ponto, a questão girava em torno da identidade do vilão Darth Vader, que é revelada no Episódio V. Então a pergunta era: Star Wars deveria ser visto em ordem cronológica (do episódio I ao VI) ou na ordem em que foram lançados (IV ao VI e depois I ao III). Ambas as soluções tinham virtudes e defeitos. A questão ficou complicada depois que Lucas não chegou a concretizar os últimos três filmes. Em 2012, vendeu sua empresa, a Lucasfilm, para a Disney. O império do Mickey Mouse ficaria encarregado de criar a trilogia de sequências, os episódios VII ao IX. Ao contar a história da família Skywalker, os nove filmes juntos foram nomeados a “Saga Skywalker”. A seguir, mostraremos os diferentes métodos para assistir aos filmes de Star Wars, com suas vantagens e problemas.

1. A ordem cronológica

Três trilogias, todas em ordem e sem grandes complicações (Crédito: Lucasfilm)
O mais simples, para não complicar, é assistir aos filmes de Star Wars em ordem cronológica, ou seja, do episódio I ao IX. É a forma mais limpa e, se você não sabe nada sobre a saga, talvez seja o que planeje fazer. No entanto, assistir aos filmes nessa ordem estraga a grande surpresa da trilogia clássica. Também propicia algumas inconsistências narrativas, que estão relacionadas a personagens, tramas e elementos apresentados no Episódio I, A Ameaça Fantasma. Por outro lado, este método é simples, limpo e permite perceber várias das semelhanças entre as histórias dos protagonistas: Anakin (Jake Lloyd e Hayden Christensen), Luke (Mark Hamill) e Rey (Daisy Ridley). Não só isso, para George Lucas, era a forma intencional de assistir à saga. Além disso, se quiser, pode incluir os spin-offs Han Solo e Rogue One entre os episódios III e IV, sem maiores complicações. Se, além dos filmes, quiser assistir à enorme variedade de séries existentes, aqui explicamos como assistir à saga completa de Star Wars em ordem cronológica.

2. A ordem de lançamento

Este método mantém a grande surpresa da saga (Crédito: Lucasfilm)
Para preservar AQUELA surpresa do Episódio V, há quem sustente que a maneira ideal de assistir aos filmes é seguindo a ordem de lançamento. Antes de a Disney lançar sua nova trilogia, isso significava: assistir aos episódios IV ao VI e depois aos episódios I ao III. No entanto, o problema com essa ordem é que reduz o impacto emocional das prequelas, pois já conhecemos o destino de vários personagens desde a trilogia clássica. Além disso, enfatiza as inconsistências introduzidas pelos primeiros episódios. Por exemplo, na trilogia clássica, Obi-Wan menciona que seu mestre foi Yoda e Leia fala sobre as memórias que tem de sua mãe. As prequelas contradizem ambos os fatos. Por último, a ordem de lançamento complicou-se com a era Disney e sua trilogia de sequências. Assistir aos filmes nessa sequência implica começar pela metade da história, depois voltar atrás e, em seguida, avançar para o futuro, com os spin-offs desconfortavelmente no meio, se você decidir incluí-los. E quem não conhece a identidade do vilão a esta altura? Resumindo, fica: IV, V, VI, I, II, III, VII, (Rogue One), VII (Han Solo) e XI.

A “Ordem Machete”

A famosa “Ordem do Machete” remove narrativas supérfluas e acentua os paralelos entre Luke e Anakin (Crédito: Lucasfilm)
Cunhada pelo blogueiro Rod Hilton em 2011 (antes da Disney adquirir a Lucasfilm e fazer os episódios VII ao IX), a “Ordem Machete” faz o que o nome sugere: cortar aqui e ali, descartar algumas coisas, pegar os pedaços restantes e montá-los de volta. Para Hilton, é preciso começar eliminando o Episódio I, pois apresenta mais inconsistências e é narrativamente supérfluo para a história dos Skywalker (tudo o que é importante nele é reintroduzido no Episódio II, O Ataque dos Clones). Em sua versão original, a Ordem Machete propunha começar com os Episódios IV e V, depois assistir aos Episódios II e III como um flashback após a grande revelação, e concluir com o VI. Dessa forma, a surpresa do Episódio V era preservada, e os paralelismos entre as histórias de Luke e Anakin eram reforçados. Desde os filmes da Disney, Hilton atualizou seu método. Os episódios finais, do VII ao IX, ficam por último, como um epílogo para a história de Luke. Para o autor, todos os outros spin-offs podem ser vistos em qualquer ordem e de forma independente. Resumindo: IV, V, II, III, VI, VII, VIII e IX (spin-offs opcionais).

A “Ordem Filmelier”

A Ordem Filmelier é como a Ordem Machete, com a reviravolta começando com Rogue One (Crédito: Lucasfilm)
Nesta redação, temos nosso próprio método, criado a partir da Ordem Machete. A “Ordem Filmelier” pega o que funciona do anterior (principalmente, deixar de fora o Episódio I), com uma diferença chave. Nós preferimos começar com Rogue One. Embora os Skywalker não façam parte dessa história, esse filme funciona para expor, desde o início, o poder do Império e de Darth Vader. Assim, quando chegamos à história de Luke, há uma maior sensação de risco. Também omitimos Han Solo: Uma História Star Wars, pois, dada sua ligação com o Episódio I e a estranha sensação de ver o personagem interpretado por alguém que não é Harrison Ford, acaba sendo supérfluo. Portanto, a Ordem Filmelier para assistir a Star Wars fica assim: Rogue One, IV, V, II, III, VI, VII, VIII, IX.

Realmente importa a ordem?

Como você sabe, a saga de Star Wars tem uma história longa e complicada. Mas no final, se é sua primeira vez assistindo aos filmes, trata-se de uma única coisa: que você se surpreenda com esse universo. Praticamente qualquer ponto de entrada é bom para isso. Os métodos propostos anteriormente são um guia para ter a melhor experiência possível, embora nenhum seja perfeito. Mas você sempre pode experimentar. Se um não lhe agrada, sempre pode voltar a assistir aos filmes depois, em uma ordem diferente.

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Lalo Ortega

Lalo Ortega é crítico e jornalista de cinema, mestre em Arte Cinematográfica pelo Centro de Cultura Casa Lamm e vencedor do 10º Concurso de Crítica Cinematográfica Alfonso Reyes 'Fósforo' no FICUNAM 2020. Já colaborou com publicações como Empire en español, Revista Encuadres, Festival Internacional de Cinema de Los Cabos, CLAPPER, Sector Cine e Paréntesis.com, entre outros. Hoje, é editor chefe do Filmelier.

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