Com cinemas em crise, Warner Bros. fará lançamentos simultâneos de todos seus filmes no HBO Max

É histórico. A Warner Bros. anunciou nesta quinta-feira, 3, que todos seus filmes em 2021 serão lançados nos EUA simultaneamente nos cinemas e no serviço de streaming HBO Max. Assim, empresa lançará títulos como ‘Duna’, ‘Matrix 4’ e até o novo ‘Esquadrão Suicida’ nos dois formatos e até na mesma data. Não haverá custo adicional para os assinantes.

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Em dezembro deste ano, a Warner Bros. fará seu primeiro teste neste sentido ao colocar ‘Mulher-Maravilha 1984’ nos cinemas e no HBO Max ao mesmo tempo para os países que já contam com o serviço de streaming. A medida surge em um momento em que o fechamento dos cinemas em todo o mundo volta a ser uma realidade por conta do novo avanço da covid-19.

No entanto, também há um outro interesse por trás: o crescimento e fortalecimento do serviço de streaming. A ideia é que 2021 marque o ano de expansão da plataforma em todo o mundo — inclusive no Brasil, onde o HBO Max deve chegar no primeiro trimestre do ano que vem. Com isso, será preciso títulos de peso para bater de frente com Netflix e Disney+.

Filmes simultâneos no HBO Max

Além de ‘Duna’ e ‘Matrix 4’, a ideia é que filmes como ‘Judas e o Messias Negro’, ‘Tom e Jerry’, ‘Godzilla vs. Kong’, ‘Mortal Kombat’, ‘Invocação do Mal 3’, ‘Space Jam: A New Legacy’, dentre outros também façam essa estreia híbrida. Todos títulos, segundo o site Deadline, ficarão disponíveis por um mês no HBO Max. Os títulos continuarão nos cinemas e, depois, seguem para aluguel tradicional e outras janelas.

A filial brasileira da Warner Bros. ainda não divulgou como funcionará o lançamento de filmes no Brasil dentro desse novo modelo, nem a WarnerMedia voltou a discutir a estreia do HBO Max por aqui. Há, muito menos, informação de como, ou se, ocorrerá o lançamento simultâneo nos mercados internacionais, incluindo o nosso.

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Crise nos cinemas

Este é mais um balde de água fria nos exibidores em todo mundo, que ainda tentam se recuperar do impacto do novo coronavírus em seus negócios. Em vários países do mundo, incluindo o Brasil, não foram feitos lançamentos de filmes entre março e novembro deste ano por conta da pandemia. Agora, já abertos, há ainda dificuldades de convencer o público a retornar. “Os cinemas vão se tornar um divertimento gourmet, para alguns, para os nostálgicos”, disse recentemente Omarson Costa, executivo do setor de streaming, ao Filmelier. “Afinal, estamos em um momento que não dá mais para voltar atrás. As pessoas sentiram o gostinho do digital, como é confortável e mais barato. Para que vão voltar para outro modelo?”.

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