Por que assistir a este filme?
Típica e simpática comédia brasileira, que trata da relação entre mãe e filha, ‘Desapega!’ tem uma premissa divertida: Rita (Gloria Pires), após sete anos controlada de seu vício em compras, assume a liderança de um grupo de apoio a compradores compulsivos para ajudar outras pessoas a darem a volta por cima. Tudo vai bem: ela passa a ter um novo horizonte profissional, ajuda outras pessoas, está em equilíbrio e, ainda, engatou um novo romance com Otávio (Marcos Pasquim). Só que as coisas mudam de figura, porém, quando Duda (Maisa), sua única filha e melhor amiga, revela que tem planos de sair de casa. A partir daí, o diretor Hsu Chien (‘Ninguém Entra, Ninguém Sai’) fala sobre esses desafios do amadurecimento, as dores do crescimento dos filhos e como é difícil, às vezes, mudar a rotina. Em alguns momentos, o filme cai em um besteirol desnecessário, perdendo o tom. Mas, no final das contas, ainda é uma produção simpática e que agrada o público geral.

Matheus Mans
Editor do Filmelier
Com Glória Pires e Maísa. Neste comédia divertida, uma organizadora pessoal precisa controlar seu vício em compras quando sua filha decide fazer faculdade nos Estados Unidos. Ela precisará desapegar para evitar as tentações e ajudar seu grupo de apoio.
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Quem Vai Ficar Com Mário?
Adaptação brasileira do filme italiano ‘O Primeiro que Disse’, o longa-metragem ‘Quem Vai Ficar com Mário?’ segue exatamente a linha do que seu diretor, Hsu Chien, fez ao longo dos anos com a comédia besteirol ‘Ninguém Entra, Ninguém Sai’ e com os curtas que o colocaram em evidência no cinema nacional. Afinal, é uma comédia sobre sexualidade, bem singela e direta ao ponto, sobre um rapaz (Daniel Rocha) que quer revelar ao pai que é gay. Mas, antes dele, o irmão sai do armário e o pai quase tem um infarto. É aí que entra o dilema do filme: será que revela sua sexualidade para a família, mesmo depois do irmão? Para salpicar essa trama, ainda há a chegada de uma atraente mulher (Letícia Lima) que rouba a atenção do protagonista, que passa a ficar em dúvida se realmente ama o namorado (Felipe Abib) ou se quer a nova pretendente. De um lado Chien traz uma trama atualizada, e bem mais moderna do que no original italiano, sobre bissexualidade e, ainda, poliamor. O ponto negativo fica na condução de Rocha ao longo da trama, com uma atuação que beira uma esquete cômica dos anos 2000 com estereótipos batidos, e no estranho direcionamento, mais perto do fim, sobre “escolha” da sexualidade. Pelo menos tem Nany People no elenco, fazendo um par divertido e marcante José Victor Castiel.

Veneza
Segundo filme dirigido por Miguel Falabella, ‘Veneza’ é uma daquelas histórias “8 ou 80”. Afinal, é fácil torcer o nariz para a trama de um grupo de prostitutas, altamente fetichizadas pelo tom fantasioso da produção, que se desenrola em várias histórias. De um lado, há a idosa Gringa (Carmen Maura), que sonha em ir para Veneza encontrar seu antigo amor. Há, também, o potente romance entre Madalena (Carol Castro) e Júlio (Caio Manhente), uma mulher transexual ainda não assumida. E há algumas outras histórias por baixo, mas que quase não agregam em ‘Veneza’: a prostituta analfabeta (Danielle Winits), o faz-tudo (Eduardo Moscovis), a garota doente (Maria Eduarda de Carvalho), etc. A trama, adaptada de de uma peça do argentino Jorge Accame, cheira a naftalina e não sabe seus limites. Faltou mais cuidado na hora de falar sobre a prostituição, tratando a profissão quase que de maneira idílica, além de sensibilidade para falar de sexualidade. Mas, por outro lado, dá para se emocionar e achar graça principalmente na história dessa anciã, já cega e com alguns delírios, que sonha em ir para a região alagada da Itália -- a sequência final, brincando com a imaginação do teatro, do circo e do cinema, é belíssima. Talvez tenha faltado uma coesão maior na história, que assume logo de cara seu tom novelesco, e uma atualização para ainda fazer sentido hoje em dia. O que não pode ser questionado é a qualidade do elenco, principalmente na força de Maura, na delicadeza de Manhente e no magnetismo que é ver Carol Castro em cena. Um filme difícil de assimilar e de chegar a uma conclusão. Talvez seja melhor só ser levado pela gôndola desafiadora de ‘Veneza’.

Me Tira da Mira
Se existe um filme de família, esse é ‘Me Tira da Mira’. Ainda que seja dirigido por Hsu Chien (‘Ninguém Entra, Ninguém Sai’), Cléo (ex-Pires) é a protagonista e também quem assina a produção do longa. Na trama, ela está obcecada em descobrir o que há por trás da morte da atriz Antuérpia Fox (Vera Fischer) e, ao lado do ex-namorado (Sérgio Guizé) e da psicóloga (interpretada por Bruna Ciocca), tenta desbaratar uma rede de crimes e, simultaneamente, se provar como uma policial competente. E o que faz ‘Me Tira da Mira’ se tornar um filme família? Oras, simples: o irmão Fiuk e o pai Fábio Jr. dividem tempo de tela. E esse é o maior acerto de ‘Me Tira da Mira’: as piadinhas com os títulos das músicas de Fábio Jr. e as brincadeiras do trio em cena, que mostram boa dinâmica na tela. O longa não reinventa a roda – pelo contrário, faz homenagens ao passado, à filmes como ‘Sr. e Sra Smith’ –, mas sabe como brincar com estereótipos e clichês. Claro, há exageros aqui (como o papel da psicóloga, sem sentido algum). Só que, no final, ‘Me Tira da Mira’ se revela como um passatempo agradável para aqueles que já gostam de comédias do cinema nacional.
Comédia

Rye Lane: Um Amor Inesperado
Uma comédia romântica que capta uma fotografia muito estilizada, excelentes atuações, o rico contexto cultural do sul de Londres e algumas páginas do manual de Antes da Aurora resultam em uma comédia romântica que não reinventa a roda, mas que se sente muito refrescante graças à sua dinâmica. A história começa logo após Dom (David Jonsson) terminar com sua namorada e conhecer casualmente Yas (Vivian Oparah). O casal passa tempo juntos, se conhecendo e ajudando uns aos outros a lidar com seus corações partidos de maneiras engraçadas e inesperadas. Uma divertida exclusiva Star+ se você gosta de comédias românticas, mas busca algo um pouco diferente.

La Situación
Três amigas partem em busca de uma misteriosa herança no país vizinho e enfrentam perrengues e situações perigosas ao se envolverem, sem saber, com traficantes locais.

A Casa Dividida
Filme americano de orçamento reduzido que, situado na véspera da "era Trump" nos Estados Unidos, pretende ser uma cápsula do tempo da geração millennial, com todas as suas excentricidades e complicações econômicas, relacionais e identitárias. Wobble Palace segue um jovem casal à beira do colapso (ela queer e ele, hetero), e eles decidem se separar. Exceto que não o fazem completamente: decidem dividir a casa que compartilhavam nos finais de semana, para experimentar suas vidas separadamente. O filme tem vários momentos hilários e algumas revelações sobre as contradições da geração. Com menos de uma hora e meia de duração, é uma opção divertida se você está procurando algo interessante e diferente.
Meu Vizinho Adolf
América do Sul, 1960. Um sobrevivente solitário e mal-humorado do Holocausto convence a si mesmo de que seu novo vizinho é ninguém menos que Adolf Hitler. Como não é levado a sério, ele começa uma investigação independente para provar sua afirmação, mas quando as evidências ainda parecem inconclusivas, Polsky é forçado a se envolver em um relacionamento com o inimigo para obter uma prova irrefutável.
