Trailer
Por que assistir a este filme?
Se existe um filme de família, esse é ‘Me Tira da Mira’. Ainda que seja dirigido por Hsu Chien (‘Ninguém Entra, Ninguém Sai’), Cléo (ex-Pires) é a protagonista e também quem assina a produção do longa. Na trama, ela está obcecada em descobrir o que há por trás da morte da atriz Antuérpia Fox (Vera Fischer) e, ao lado do ex-namorado (Sérgio Guizé) e da psicóloga (interpretada por Bruna Ciocca), tenta desbaratar uma rede de crimes e, simultaneamente, se provar como uma policial competente. E o que faz ‘Me Tira da Mira’ se tornar um filme família? Oras, simples: o irmão Fiuk e o pai Fábio Jr. dividem tempo de tela. E esse é o maior acerto de ‘Me Tira da Mira’: as piadinhas com os títulos das músicas de Fábio Jr. e as brincadeiras do trio em cena, que mostram boa dinâmica na tela. O longa não reinventa a roda – pelo contrário, faz homenagens ao passado, à filmes como ‘Sr. e Sra Smith’ –, mas sabe como brincar com estereótipos e clichês. Claro, há exageros aqui (como o papel da psicóloga, sem sentido algum). Só que, no final, ‘Me Tira da Mira’ se revela como um passatempo agradável para aqueles que já gostam de comédias do cinema nacional.

Matheus Mans
Editor do Filmelier
Policial dedicada, Roberta não vai parar enquanto não desvendar os mistérios por trás da morte da atriz Antuérpia Fox. Com a ajuda de sua terapeuta, Isabela, com quem forma uma dupla divertida e implacável, ela se infiltra na Clínica Bianchini de Realinhamento Energético em busca de respostas. Rodeada de funcionários suspeitos, como a recepcionista Amanda Jéssica, e de clientes excêntricos, como a atriz “cancelada” Natasha Ferreiro, ela vai descobrir que pode estar na mira de um esquema ainda maior.
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Do mesmo diretor

Quem Vai Ficar Com Mário?
Adaptação brasileira do filme italiano ‘O Primeiro que Disse’, o longa-metragem ‘Quem Vai Ficar com Mário?’ segue exatamente a linha do que seu diretor, Hsu Chien, fez ao longo dos anos com a comédia besteirol ‘Ninguém Entra, Ninguém Sai’ e com os curtas que o colocaram em evidência no cinema nacional. Afinal, é uma comédia sobre sexualidade, bem singela e direta ao ponto, sobre um rapaz (Daniel Rocha) que quer revelar ao pai que é gay. Mas, antes dele, o irmão sai do armário e o pai quase tem um infarto. É aí que entra o dilema do filme: será que revela sua sexualidade para a família, mesmo depois do irmão? Para salpicar essa trama, ainda há a chegada de uma atraente mulher (Letícia Lima) que rouba a atenção do protagonista, que passa a ficar em dúvida se realmente ama o namorado (Felipe Abib) ou se quer a nova pretendente. De um lado Chien traz uma trama atualizada, e bem mais moderna do que no original italiano, sobre bissexualidade e, ainda, poliamor. O ponto negativo fica na condução de Rocha ao longo da trama, com uma atuação que beira uma esquete cômica dos anos 2000 com estereótipos batidos, e no estranho direcionamento, mais perto do fim, sobre “escolha” da sexualidade. Pelo menos tem Nany People no elenco, fazendo um par divertido e marcante José Victor Castiel.

Veneza
Segundo filme dirigido por Miguel Falabella, ‘Veneza’ é uma daquelas histórias “8 ou 80”. Afinal, é fácil torcer o nariz para a trama de um grupo de prostitutas, altamente fetichizadas pelo tom fantasioso da produção, que se desenrola em várias histórias. De um lado, há a idosa Gringa (Carmen Maura), que sonha em ir para Veneza encontrar seu antigo amor. Há, também, o potente romance entre Madalena (Carol Castro) e Júlio (Caio Manhente), uma mulher transexual ainda não assumida. E há algumas outras histórias por baixo, mas que quase não agregam em ‘Veneza’: a prostituta analfabeta (Danielle Winits), o faz-tudo (Eduardo Moscovis), a garota doente (Maria Eduarda de Carvalho), etc. A trama, adaptada de de uma peça do argentino Jorge Accame, cheira a naftalina e não sabe seus limites. Faltou mais cuidado na hora de falar sobre a prostituição, tratando a profissão quase que de maneira idílica, além de sensibilidade para falar de sexualidade. Mas, por outro lado, dá para se emocionar e achar graça principalmente na história dessa anciã, já cega e com alguns delírios, que sonha em ir para a região alagada da Itália -- a sequência final, brincando com a imaginação do teatro, do circo e do cinema, é belíssima. Talvez tenha faltado uma coesão maior na história, que assume logo de cara seu tom novelesco, e uma atualização para ainda fazer sentido hoje em dia. O que não pode ser questionado é a qualidade do elenco, principalmente na força de Maura, na delicadeza de Manhente e no magnetismo que é ver Carol Castro em cena. Um filme difícil de assimilar e de chegar a uma conclusão. Talvez seja melhor só ser levado pela gôndola desafiadora de ‘Veneza’.

Desapega!
Típica e simpática comédia brasileira, que trata da relação entre mãe e filha, ‘Desapega!’ tem uma premissa divertida: Rita (Gloria Pires), após sete anos controlada de seu vício em compras, assume a liderança de um grupo de apoio a compradores compulsivos para ajudar outras pessoas a darem a volta por cima. Tudo vai bem: ela passa a ter um novo horizonte profissional, ajuda outras pessoas, está em equilíbrio e, ainda, engatou um novo romance com Otávio (Marcos Pasquim). Só que as coisas mudam de figura, porém, quando Duda (Maisa), sua única filha e melhor amiga, revela que tem planos de sair de casa. A partir daí, o diretor Hsu Chien (‘Ninguém Entra, Ninguém Sai’) fala sobre esses desafios do amadurecimento, as dores do crescimento dos filhos e como é difícil, às vezes, mudar a rotina. Em alguns momentos, o filme cai em um besteirol desnecessário, perdendo o tom. Mas, no final das contas, ainda é uma produção simpática e que agrada o público geral.
Ação

Fúrias Femininas
Thriller de ação e vingança vietnamita exclusivo da Netflix, que tematicamente vai te lembrar de 'Bela Vingança', mas que em ação e estilo remete mais a 'John Wick' e 'Kill Bill'. Embora não seja tão refinado (nem interessante) como suas referências, 'Fúrias Femininas' deixará os fãs do gênero satisfeitos. A trama é um pouco escassa: três furiosas e violentas justiceiras se unem para acabar com uma sinistra máfia que as fez de vítimas. Há mais substância nas sequências de ação do que em sua premissa, mas se você procura algo visualmente impactante e divertido, vai gostar.

John Wick 4: Baba Yaga
Dentro de toda a saga de John Wick, há algo que podemos afirmar sobre sua quarta entrega: é mais grandiosa, exagerada e insana comparada às suas predecessoras, mas também bastante mais longa. Em John Wick 4, o protagonista (Keanu Reeves), mais uma vez, deve enfrentar o mundo inteiro, com cada vez menos aliados ao seu lado para vencer a Alta Cúpula do mundo dos assassinos e finalmente ser livre. Devido à sua duração, pode ser um pouco cansativa e algumas cenas esticam ao limite a pouca credibilidade de suas sequências de ação. No entanto, essas últimas são realmente espetaculares e, sem dúvida, estão entre as melhores não apenas da franquia, mas de todo o cinema de ação contemporâneo. Leia mais em nossa crítica completa.
