Filmes asiáticos do Festival de Cannes

Uma mulher educada nas artes marciais torna-se uma justiceira. Seu mestre lhe dá a missão de matar um governador dissidente. Ela terá de escolher: sacrificar o homem que ama ou romper para sempre com “A Ordem dos Assassinos”. Um filme de ação chinês com um visual estonteante, trazendo a verdadeira beleza dos cenários e das artes marciais. O enredo também traz a sua beleza poética e sofisticação, que pode frustrar alguém acostumado com a estética de Hollywood, mas que certamente irá satisfazer quem procura longas-metragens que valorizam o espaço e deixam de lado as histórias orientadas apenas nos personagens. Muito por conta desta estética e montagem, Hsiao-Hsien Hou foi eleito o melhor diretor no Festival de Cannes 2015. [-]

Uma idosa se oferece para ajudar na cozinha de uma padaria e é aceita pelo gerente. Graças à sua receita secreta, o pequeno negócio floresce e questões pessoais vêm à tona. Um cativante filme, cheio de sentimentos, que traz um ritmo capaz de nos fazer meditar sobre a vida. É, certamente, um filme cheio de beleza, daqueles para comer com os olhos e abrir a mente para as pequenas e belas coisas da vida. [-]

Apesar de não verem o pai há 15 anos, três irmãs resolvem ir ao seu enterro. Lá descobrem que tem uma meia-irmã. Uma nova vida começará para as quatro. Do premiado diretor Hirokazu Koreeda. Uma análise universal sobre a condição humana, capturando a nossa experiência de forma eloquente. O resultado é um melodrama sensível e complexo, que não quer chegar exatamente num lugar pré-definido, mas nos fazer pensar e refletir. [-]

Em 1997, durante a crise financeira asiática, Teresa, uma filipina recém-chegada em Singapura, torna-se empregada da família Lim. Teresa e Jiale, o problemático garoto de quem ela cuida, formam um forte vínculo de amizade. Um relato semi-biográfico do diretor e roteirista Anthony Chen, em uma história sobre uma drama familiar, temperado por uma crise financeira. Tudo com um toque gentil, próximo, e com ótimas atuações. [-]

Parte da seleção oficial do Festival de Cannes, este terror coreano constrói uma grande atmosfera de tensão e mistério, resultando em uma história que entretém enquanto nos assusta. Não se preocupe com os 155 minutos de duração do filme: ele tem um bom ritmo e é recheado de sangue e mortes. Não é por menos que a produção recebeu 50 indicações nos mais diversos prêmios e festivais de todo o mundo, abocanhando 29 estatuetas. [-]

Este é um filme interessante, que funciona como um caminho para conhecermos mais da China e o atual processo de “ocidentalização” (ou “americanização”) pelo qual a cultura do país passa nos tempos atuais. Infelizmente, o longa sofre com falhas no roteiro, que não consegue explorar cada uma das ideias propostas na trama. De qualquer forma, isso não impediu que ‘As Montanhas se Separam’ fizesse parte da seleção oficial do prestigiado Festival de Cannes em 2015. [-]

Aplaudido de pé durante quatro minutos após a exibição no Festival de Cannes, ‘A Vilã’ é o mais novo filme dos responsáveis por ‘Invasão Zumbi’. Com cenas incríveis, ótimas coreografias de luta e uma movimentação de câmera de primeira (incluindo sequências em primeira pessoa), o longa-metragem é um exemplo do que os asiáticos (principalmente os coreanos) estão conquistando no cinema de ação. A história é sobre uma jovem criada desde pequena para ser uma assassina, nos moldes do clássico ‘Nikita: Criada para Matar’, mas com um toque da saga ‘Bourne’. Indicado para os entusiastas do gênero ou do cinema asiático. [-]

O título do filme faz referência a província de Ilocos Norte, Filipinas, onde o filme se passa. Evidenciando na produção todas as mudanças atuais na região, uma história que envolve violência, medo, ódio e amor. Apesar do panorama político, ‘Norte, o Fim da História’ tem também um conceito espiritual. Não é um longa fácil, tem um ritmo lento e quase didático, mas vale muito a pena assistir! [-]

Dizem que o caminho mais curto para o coração é pela boca. Uma história que já foi contada diversas vezes no cinema, mas 'Luchbox' traz um novo enredo para o mesmo ditado. Bombaim, onde se passa a história, ainda dá um interessante tom para o filme. É um ótimo filme, divergindo do cinema indiano popular, resultando em uma produção leve, bonita e surpreendente - ainda mais quando pensamos que foi o primeiro longa do diretor Ritesh Batra. [-]