A Segunda Guerra Mundial foi marcante para a Polônia. O jovem país (que foi recriado após o fim da Primeira Guerra Mundial) foi invadido e se tornou lugar das maiores atrocidades cometidas pelos nazistas. Muitos dos poloneses que resistiram à ocupação foram lutar ao lado da Força Aérea Real do Reino Unido, equipados com obsoletos aviões Hawker Hurricane. ‘Missão de Honra’ conta a história desses combatentes, principalmente na marcante Batalha da Grã-Bretanha – quando a Luftwaffe alemã cercou e atacou Londres por mais de três meses. Uma história marcante, que também tem lugar importante no sentimento nacional da Polônia. O resultado disso tudo é um filme competente, que certamente vai envolver aqueles que gostaram de ‘1917’ e, principalmente, ‘Dunkirk’. Vale mencionar, também, que o elenco conta com Iwan Rheon, o Ramsay Bolton de ‘Game of Thrones’.
Se você estiver em busca de um filme sobre monstros voadores durante a Segunda Guerra Mundial, e não se importa que a trama não tenha pé nem cabeça, ‘Uma Sombra na Nuvem’ é o filme ideal. Protagonizado por uma leve e despreocupada Chloe Grace Moretz (‘Carrie, a Estranha’ e ‘Kick Ass’), o longa-metragem acompanha uma pilota de avião na Segunda Guerra Mundial (Moretz) que viaja com documentos ultrassecretos. No entanto, no meio da viagem, criaturas quase demoníacas começam a complicar o trajeto da protagonista -- rendendo alguns momentos realmente divertidos (e até mesmo tensos) na tela. Com muitas coisas não fazendo sentido, o melhor aqui é desligar o desconfiômetro e embarcar na diversão da história -- rendendo, inclusive, uma cena final que é realmente empolgante, apesar de todos os problemas nos efeitos especiais. Um filme de monstros despretensioso, claramente com pouco orçamento, mas que pode servir como um escapismo valioso.
Um dos grandes clássicos do cinema pipoca dos 1980, dirigido por Tony Scott (‘Dias de Trovão’) e protagonizado pelo trio Tom Cruise, Val Kilmer e Kelly McGillis. O enredo é sobre um grupo de pilotos da Força Aérea que vai até a base em San Diego, California, para se transformarem nos maiores ases do céu. Não é um dos mais elaborados filmes da história, longe disso, mas há toda aquele clima farofa da época, que transformaram ‘Top Gun’ em um clássico das reprises da TV. Não é por menos que o bar usado em uma das clássicas cenas do longa é, hoje, ponto turístico.
Nesta continuação de ‘Top Gun: Ases Indomáveis’, o diretor Joseph Kosinski (‘Tron: O Legado’) consegue de forma notável resgatar o trabalho do falecido cineasta Tony Scott, trazendo muito da estética e clima do original, mas adaptando a linguagem para uma nova fase do cinema comercial. O resultado é um filme dinâmico, com cenas de batalhas aéreas sensacionais (feitas em grande parte com os próprios atores nos jatos, sem dublês) e um roteiro redondo, que evolui e amplia a história dos personagens originais, enquanto introduz outros. Além disso, adiciona elementos de outras franquias atuais, como ‘Velozes & Furiosos’ e ‘Missão: Impossível’, além de agregar um quê de ‘Star Wars’. O resultado é uma produção que consegue deixar todo mundo feliz: os fãs do passado vão amar a nostalgia, enquanto quem não curtiu a febre ‘Top Gun’ pode encontrar um filme divertido, que agrada e funciona muito bem sozinho. Fórmula perfeita para o sucesso, além de mostrar que o quase sessentão Tom Cruise ainda é um astro em plena forma para qualquer missão nos filmes de ação - sejam elas impossíveis ou na medida para ases indomáveis. Clique aqui para ler mais sobre o filme.
Uma das histórias reais mais inacreditáveis da história envolvendo um avião. Dirigido por Clint Eastwood (de ‘Gran Torino’, ‘Menina de Ouro’) e protagonizado por Tom Hanks (‘O Resgate do Soldado Ryan’), o longa-metragem conta a história do Capitão Sully, um piloto que precisa “se virar nos 30” quando seu avião dá um problema já perto de Nova York. A partir daí, ele decide pousar no Rio Hudson. Ele entra para a história, mas ao mesmo tempo também entra nos anais jurídicos, quando forças judiciais dos Estados Unidos querem -- e precisam -- encontrar um culpado para o quase desastre. Nem que seja o próprio Sully. Curto e direto ao ponto, o filme surpreende pelo impacto da trama e a força de alguns momentos, que seguem um caminho mais realista e interessante do que ‘O Voo’, por exemplo. Méritos de Eastwood e Hanks, que sabem como deixar o filme com pé no chão.