Com o lançamento confirmado para 17 de novembro e o catálogo já conhecido, o grande debate sobre a chegada do Disney+ ao Brasil é, agora, quanto irá custar a mensalidade. Porém, esse mistério deverá ser solucionado em breve – e Diego Lerner, presidente para a América Latina de The Walt Disney Company, deu a primeira informação mais concreta sobre esse preço.
Em entrevista para a Veja, o executivo disse que “vamos estar na faixa de menor preço da Netflix, porque queremos uma penetração no Brasil”.
Hoje, o valor mais básico da Netflix é de R$ 21,90 ao mês – em uma mensalidade que permite apenas uma tela simultânea e sem imagens em HD. O valor padrão, com HD e duas telas simultâneas, sai por R$ 32,90 – enquanto a mensalidade mais alta, com imagens em 4K, é de R$ 45,90.
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Pela fala de Lerner, é possível estimar que o Disney+ irá custar, na assinatura padrão, algo por volta dos R$ 20 e poucos. Nos EUA, a mensalidade da plataforma de streaming é de US$ 6,99 (R$ 38,70 na cotação atual) e não há outros planos. Se o preço mensal for confirmado, ele será menor que aquele já vazado na Google Play Store.
Na mesma entrevista, Diego Lerner afirmou que o Disney+ trará conteúdo para o Brasil, que é, de acordo com o executivo, um dos 10 principais mercados da Disney no mundo. “Teremos conteúdos para brasileiros feitos por atores e diretores daqui. Haverá investimento em filmes e séries. O streaming permite que tenhamos essa diversificação.” Ao ser questionado sobre o lançamento de ‘Mulan‘ direto no video on demand, sem passar pelos cinemas, Lerner afirmou que “nossos filmes vão estar disponíveis no cinema e no Disney+. Serão duas janelas para ver nossas produções. Cremos que a atitude de ir ao cinema vai continuar, é uma vivência social. Há quem prefira ir ao cinema pela experiência, há a tela gigante. E há quem deseje ficar em casa. Há público para tudo.” No Brasil, ‘Mulan’ estará disponível no Disney+ em 4 de dezembro – e sem uma cobrança adicional além do valor da assinatura. Além disso, Lerner reafirmou mais uma vez o posicionamento do estúdio de não disponibilizar mais suas produções nas plataformas de TVOD, aquelas que permite aluguel ou compra de filmes. “Não haverá mais a opção de aluguel online.”
Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi por 11 anos editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix. Foi editor-chefe do Filmelier.