Após adiar sua 25ª edição, a organização do É Tudo Verdade anunciou que o festival de documentários será digital e gratuito em 2020. Programada para acontecer entre 23 de setembro a 4 de outubro, a mostra irá apresentar 60 títulos nacionais e internacionais diretamente em serviços de streaming.
Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira, 9, o organizador Amir Labaki não entrou em detalhes sobre quais plataformas irão transmitir os longas. Foi apenas informado que filmes nacionais terão um limite de 1,5 mil pessoas por exibição. Internacionais, apenas 1 mil.
“Esta é a maneira que produtores estão trabalhando com festivais ao redor de todo o mundo”, justificou Labaki. Além disso, segundo ele, a transmissão dos filmes acontecerá da mesma forma que é feita no É Tudo Verdade tradicional, em formato físico, com uma grade de exibições fixa e imutável.
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Dez longas-metragens brasileiros em competição serão exibidos on-line ao público em sessões diárias, às 21h. Já os doze longas internacionais em competição serão exibidos às 18h. No mesmo horário ficam as exibições de curtas. Títulos especiais e mostras paralelas ocuparam horários à tarde. Todos os detalhes dos filmes, assim como a disponibilidade de cada um, poderá ser conferida pelo site do É Tudo Verdade — clique aqui pra acessar.
Filmes do É Tudo Verdade
Na competição de longas nacionais, são vários os assuntos. Há documentários sobre música (‘Os Quatro Paralamas’, ‘Não Nasci para Deixar meus Olhos Perderem Tempo’ ‘Jair Rodrigues’), política (‘Libelu’, ‘Segredos do Putumayo’) e até a vida um mercado (‘Meu Querido Supermercado’). Na competição internacional, a variedade se repete. São filmes política (‘O Espião’, ‘Golpe 53’, ‘O Rei Nu’), cinema (‘Forman vs. Forman’, ‘O Rolo Proibido’) e os novos caminhos do jornalismo (‘Silêncio de Rádio’, ‘Influência’). Isso sem falar de filmes poéticos e revisionismos históricos. Segundo Labaki, essa seleção é muito parecida com a de seis meses atrás, quando o É Tudo Verdade ainda seria presencial. “Dois filmes da Netflix saíram, um filme foi lançado e em um outro caso, internacional, os produtores optaram por não lançar filmes online. O saldo é positivo”. Siga o Filmelier no Facebook, Twitter e Instagram.
Matheus Mans
Jornalista especializado em cultura e tecnologia, com seis anos de experiência. Já passou pelo Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites, sempre falando de cinema, inovação e tecnologia. Hoje, é editor do Filmelier.