Filmes

Filme de ‘Sítio do Picapau Amarelo’ será “uma releitura completamente nova”

O ‘Sítio do Picapau Amarelo’, obra infantil máxima de Monteiro Lobato, está em vias de ganhar uma nova versão — agora não mais para as manhãs da TV Globo, mas para os cinemas. Pelo menos é isso que planeja o cineasta Fabrício Bittar, conhecido por títulos como ‘Como se Tornar o Pior Aluno da História’ e ‘Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro’.

“É um projeto para o ano que vem. Uma releitura do ‘Sítio’”, conta Fabrício, em entrevista ao Filmelier. “Assim como a ‘Turma da Mônica’, o ‘Sítio do Picapau Amarelo’ é um patrimônio da cultura pop, com personagens interessantes e que as pessoas gostam. É uma releitura completamente nova. É de um jeito que a gente tem condições de fazer, com maquiagem e efeitos bem legais”.

O projeto, segundo o cineasta, ainda está em desenvolvimento. Ou seja: há pouco a ser contado e compartilhado nessa fase, enquanto há acertos a serem feitos. No entanto, no caminho até a volta ao Sítio do Picapau Amarelo, há espaço para entender melhor o estilo de Fabrício nessas produções voltadas para um público mais infantil, após comédias adultas, documentários e juvenis.
Fabrício Bittar, que começou a carreira como ator-mirim em ‘Mulheres de Areia’, está de olho em vários públicos como cineasta (Crédito: Divulgação/Fabrício Bittar)

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Há a comédia ‘Acampamento Intergaláctico’, estrelada pelo youtuber Gato Galáctico, o Ronaldo Souza, e a aventura ‘Alice no Mundo da Internet’, estrelada pela atriz mirim Lorena Queiroz, conhecida por protagonizar a novela ‘Carinha de Anjo’, do SBT.  As duas produções estão previstas para estrear entre 2021 e 2022, de acordo com as possibilidades de calendário. “Estou sempre nessa busca de tentar uma conexão maior com o público. Eu faço comédia, faço filmes infantis, faço filmes para públicos mais velhos. No final das contas, eu tento fazer um conteúdo que seja para todo mundo”, conta. “Esses dois infantis foram feitos durante a pandemia, com cenário 3D. É algo que está demorando mais, já que nunca foi feito antes”.

Além do Sítio do Picapau Amarelo

Apesar dessa característica estar mais em voga agora com seus novos projetos, Fabrício Bittar se mostrou como alguém que gosta de experimentar — seja com narrativas ou tecnologias. Seu primeiro longa-metragem, após comandar séries de TV, foi ‘Como se Tornar o Pior Aluno da Escola’, uma comédia um tom acima com Danilo Gentili. Ainda que tenha recebido uma enxurrada de críticas na época, muito por conta de um humor mais pesado, chamou a atenção: afinal, se arriscou e trouxe um filme voltado para um público esquecido pelo cinema nacional. Deu tão certo que, depois, comandou o terrir ‘Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro’, também protagonizado por Danilo Gentili. Esse último projeto, agora, também acabou ganhando vida na televisão. Afinal, no mês passado, ‘Exterminadores’ virou uma série de 10 episódios no SBT. São histórias que dão continuidade ao que foi contado no filme de 2018, com os mesmos personagens e atores, mas contando histórias de lendas urbanas brasileiras para além da assustadora Loira do Banheiro.
‘Como Hackear Seu Chefe’ foi um dos recentes trabalhos do diretor Fabrício Bittar (Crédito: divulgação / Synapse Distribution)
“Quando o Danilo teve a ideia do filme, a gente queria um cinema mais pop, parecido com o que a gente assistia na década de 1980. É algo que funciona como franquia”, diz. “Pensamos em um segundo filme. Mas começamos a conversar com alguns canais e vimos que funciona também como série. Foi aí que a gente negociou o financiamento da produção”.  Depois, emplacou dois projetos bem diferentes: o ótimo documentário ‘Amor Sertanejo’, sobre música sertaneja, e a comédia ‘Como Hackear Seu Chefe’. Esta última, também fora dos padrões, foi feita durante a pandemia, com cada ator em sua casa, atuando via vídeo. Assim, testando novos formatos, Bittar comemora o espaço que está recebendo e a abertura para o chamado “cinema de gênero”, fora do drama nacional. “Na TV, a gente explorou de tudo: novela de vampiro, de época. Mas o cinema tinha pouco dinheiro privado, apenas leis de incentivo. Com isso, havia uma cobrança por algo mais cultural e menos pop”, diz. “Os diretores sempre pensavam nos festivais. Mas estamos quebrando esse preconceito. Streamings estão fazendo bastante isso. Temos bastante espaço e público”.

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Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura e tecnologia, com seis anos de experiência. Já passou pelo Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites, sempre falando de cinema, inovação e tecnologia. Hoje, é editor do Filmelier.

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