Dessa forma, a ideia é que ‘Mulher-Maravilha 1984’ estreie nos cinemas que estejam abertos na data. Enquanto isso, se não for possível assistir ao longa-metragem nas telonas, o público também poderá conferir o filme do sofá de casa, diretamente pelo principal serviço de streaming da Warner Bros.
A decisão vem após um crescimento no número de casos e mortes causadas pelo novo coronavírus. Em grandes cidades dos Estados Unidos e em alguns países da Europa, governos já determinaram o fechamento de salas. No Brasil, os casos e as mortes causadas por covid-19 também estão subindo.
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Hoje, cerca de 50% das salas de cinema nos EUA continuam fechadas. Mas, vale dizer, o HBO Max não está disponível no Brasil. A Warner Bros. afirma que o serviço chega ao País ainda em 2021, antes mesmo da Europa. Dessa forma, para o público no Brasil, a única opção para assistir ao filme da heroína será nos cinemas, como foi feito com ‘Convenção de Bruxas’.
De olho no futuro
Esse lançamento simultâneo em cinemas e streaming é mais um passo histórico da quebra de janelas — ou seja, quando não há a tradicional espera de três meses entre o lançamento nos cinemas e em video on demand. A Universal Pictures, por exemplo, fez acordo com grandes redes de cinema. Além disso, a movimentação da Warner Bros. em lançar o aguardado longa-metragem em streaming é uma aposta pesada no HBO Max — que, até o momento, não empolgou nos números. Talvez seja a grande aposta para fazer com que o número de assinantes realmente cresça e seja competitivo. Por fim, a decisão é mais um balde de água fria no setor exibidor, confirmando um cenário preocupante ainda para 2021. “É uma situação de calamidade pública. Não só pro cinema, para todos nós. Mas nós temos que lembrar que o cinema é muito frágil e está vivendo um momento de estresse”, destaca Paulo Sérgio Almeida, diretor do portal Filme B, especializado em análises de mercado de exibidores, ao Filmelier. “Nós vamos ter um 2021 com pouquíssimas coisas pra se comemorar”.
Jornalista especializado em cultura e tecnologia, com seis anos de experiência. Já passou pelo Estadão, UOL, Yahoo e grandes sites, sempre falando de cinema, inovação e tecnologia. Hoje, é editor do Filmelier.