Afinal, o que é streaming e como funciona? Afinal, o que é streaming e como funciona?

Afinal, o que é streaming e como funciona?

No mundo pós-Netflix você ainda fica perdido no que é streaming, VOD, OTT e outros conceitos e siglas? Não se preocupe: o Filmelier explica o que é essa verdadeira revolução na forma de se ouvir música ou de se assistir a filmes e séries

11 de maio de 2022 15:35
- Atualizado em 12 de maio de 2022 18:09

Streaming. Essa palavrinha de nove letras, em inglês, subitamente dominou o nosso dia a dia, principalmente daqueles que curtem filmes, séries, reality shows, esportes e música. Porém, o que isso significa e o que representa? O que está por trás dessa transformação? Não se preocupe: aqui o Filmelier te revela, de uma vez por todas, o que é streaming.

Começando, claro, pelo significado mais restrito, original da palavra – chegando finalmente ao que ela quer dizer no mundo de hoje, no qual temos a chamada “streaming wars” (a guerra do streaming), com a disputa entre gigantes como Netflix, Amazon Prime Video, HBO Max, Disney+, Apple TV+ e tantas outras.

Um outro termo que é sinônimo de streaming no mundo atual é video on demand, vídeo sob demanda em português – que pode significar também aquele conteúdo em vídeo do qual você fez o download prévio.

O que é streaming e o que isso significa?

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Em inglês, “streaming” é simplesmente o gerúndio do verbo “to stream” – e significa algo como “fluxo contínuo”. Conceitualmente, se aplica a qualquer coisa que tenha justamente um fluxo contínuo de algo, como a correnteza de um rio ou riacho, por exemplo.

O que é streaming: A ideia de streaming é a mesma da correnteza de um rio (Crédito: Flickr / Michael Mueller)
A ideia de streaming é a mesma da correnteza de um rio (Crédito: Flickr / Michael Mueller)

Nas mídias digitais, streaming assumiu um significado parecido – troque apenas a água do rio por um fluxo contínuo de dados. Muito resumidamente: qualquer informação que vai da internet no seu computador e é reproduzida assim que chega, sem ser salva previamente no seu dispositivo, é um streaming de mídia.

Por isso o termo pode ser aplicado para qualquer serviço de áudio ou vídeo que não tenha a necessidade de um download antecipado. Netflix, YouTube e Spotify, claro, são os exemplos mais famosos.

Como o streaming funciona?

Como dito, trata-se de um fluxo de informações para o seu dispositivo. De forma bem resumida, quando você clica no botão de play, uma plataforma começa a enviar quase que instantaneamente pacotes de dados com o áudio ou vídeo compactado, saindo de um servidor e percorrendo o caminho da web até você.

Esses pacotes de dados seguem algumas padronizações e, quando chegam ao seu computador, TV, celular ou tablet, são descompactados, montados, interpretados e exibidos para você logo em seguida.

É isso, bem resumidamente, o que é streaming de mídia.

A qualidade da transmissão, da compactação e da exibição desses dados impactam diretamente na qualidade da imagem ou do áudio que você terá.

Um antigo vídeo da Netflix explica tudo em mais detalhes:

É importante destacar a diferença entre streaming e transmissões tradicionais (no rádio ou na televisão, por exemplo). Enquanto essas têm um único provedor que transmite para vários receptores em um determinado momento, a tecnologia de streaming é um único canal entre o emissor e o receptor.

Quais são os diferenciais e benefícios do streaming?

O primeiro grande diferencial é a praticidade. Antigamente era necessário baixar uma música no seu computador para que fosse possível ouvi-la. Isso exigia que cada canção fosse armazenada na sua biblioteca particular, o que limitava o número de opções do que ouvir, além de ocupar espaço no seu disco rígido.

Com vídeos, então, era praticamente impossível baixar longas-metragens inteiros em alta qualidade.

A melhora nas velocidades de conexão à internet e o avanço da tecnologia do streaming permitiram que essa reprodução ocorra quase que instantaneamente, direto da rede. Você não precisa gastar muito espaço do seu armazenamento e, literalmente, tem um universo de conteúdo acessível por meio de apenas um clique.

Isso permitiu ao mercado de entretenimento também expandir os seus modelos de negócio. Hoje você pode comprar filmes digitais sem se preocupar em lotar o seu HD, por exemplo. E a já citada Netflix inaugurou a venda de conteúdo como serviço. Ou seja, você paga uma assinatura mensal para ter acesso instantâneo ao catálogo de vídeo da empresa. Chegaremos nisso mais para frente.

A melhora das conexões de internet aproximou o mundo e tornou o streaming possível (Crédito: Flickr / Groman123)

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E quais são os problemas?

Como o próprio conceito entrega, é necessário ter uma conexão com a internet ativa para ter o fluxo de vídeo ou áudio rolando. Se por algum motivo essa conexão cair ou ficar instável, você ficará sem o seu entretenimento. Além disso, toda vez que você quiser rever um episódio, filme ou apenas uma única cena, terá que baixar novamente aquele conteúdo – o que pode pesar no seu pacote de dados ou cota de download mensal.

Para contornar isso, alguns serviços são mais avançados tecnologicamente do que outros. Entre as medidas para isso está o chamado buffering, quando a plataforma baixa de forma “adiantada” os minutos seguintes do vídeo ou áudio, garantindo o fluxo contínuo de dados mesmo com oscilações rápidas da conexão.

Ah, alguns apps permitem o download prévio do que você quer ver ou ouvir, prevendo aquele momento em que ficará sem internet ou no qual vai precisar economizar o pacote de dados. Claro que, nesse caso, deixa de ser (tecnicamente) streaming.

Qual a diferença de streaming para OTT e VOD?

Sim, a nossa sopa de letrinhas vai ficando mais complexa – e as siglas OTT e VOD aparem bastante quando falamos do streaming.

VOD, como já mencionado no começo deste artigo, significa video-on-demand, ou vídeo sob demanda em bom português. O termo é mais amplo do que streaming de vídeo, e compreende aquele conteúdo que você pode baixar no seu computador ou celular, além, obvimente, do próprio streaming em tempo real.

Já OTT é a sigla para over-the-top. O termo surgiu no início da transição das tradicionais operadoras de TV paga para a transmissão via internet. Ou seja, trocando em miúdos, é qualquer serviço de distribuição de conteúdo que, em tradução livre, “passe por cima” daquela caixinha da sua televisão por assinatura, o decodificador, que é chamado oficialmente de set-top box – daí o nome.

Na prática, OTT é também o termo usado para descrever a Netflix, Globoplay, Paramount+ e qualquer outra plataforma que é assinada e assistida via web.

Quais os tipos de streaming de vídeo existem?

Com o crescimento desse mercado, já no século XXI, foram surgindo diversos modelos de negócio para o streaming de vídeo – na prática, formas diferentes para você curtir seus filmes e séries.

O mais famoso é o chamado SVOD, sigla de Subscription Video on Demand (vídeo sob demanda por assinatura). É o caso da Netflix, HBO Max e afins: você paga uma assinatura e tem acesso a todo o catálogo. Do lado de lá, essas plataformas atuam por licenciamento, iguais aos canais tradicionais: elas “compram” os direitos do conteúdo por um certo tempo, ou financiam a sua produção, para depois pulverizar esse custo no valor da assinatura.

A Netflix é o serviço de SVOD mais antigo - e famoso (Crédito: divulgação / Netflix)
A Netflix é o serviço de SVOD mais antigo – e famoso (Crédito: divulgação / Netflix)

Há também o TVOD, que significa Transactional Video on Demand (vídeo sob demanda por transação). Nesse caso, os filmes ficam ali disponíveis para compra ou aluguel de cada título – como você fazia antigamente na Blockbuster ou na Americanas. Paga apenas pelo que você consumir.

Nesse caso, a plataforma é realmente uma plataforma, sendo parceira do dono do conteúdo, dividindo a receita. Como não há licenciamento e custos prévios, entre outras coisas, o catálogo é muito mais amplo, com filmes recentemente exibidos nos cinemas, exclusivos e aqueles clássicos que você não encontra no SVOD – nesse sentido, lembra as velhas locadoras de bairro ou a 2001, por exemplo.

Serviços como Apple TV (o antigo iTunes) e Google Play se encaixam no TVOD.

Por fim, chegamos ao AVOD – Ad-Supported Video on Demand (vídeo sob demanda bancado por publicidade). Esse é o caso de serviços como Pluto TV, NetMovies e YouTube: o conteúdo é de graça para você assistir, mas há publicidade antes, durante e depois. São desses anúncios que saem a receita das empresas. Por outro lado, normalmente os conteúdos são mais antigos ou teasers de filmes e séries que estão em plataformas pagas.

Já na pandemia de covid-19, a partir de 2020, surgiu o cinema virtual – um modelo de TVOD que procura ser o meio do caminho entre o streaming e os cinemas tradicionais. Com espaço muitas vezes para produções independentes, essas plataformas trazem filmes que estão em cartaz nos cinemas ou que não tiveram espaço nessa janela de exibição, ao mesmo tempo em que dividem parte da receita com as salas físicas. Um exemplo brasileiro é justamente o do serviço Cinema Virtual.

Aqui no Filmelier temos uma explicação mais longa sobre os tipos de plataformas de streaming que existem. Clique aqui para acessar.

E channels? FAST?

Um movimento recente do streaming é que alguns modelos de antigamente estão sendo reciclados para o contexto atual.

Os channels, ou canais de streaming, não são exatamente como os canais que você conhecia. Na verdade, são conteúdos sob demanda (ou seja, você assiste quando quer, como quer) adicionais. Eles ficam dentro de outros apps, ou plataformas, e permitem que você centralize mais catálogo em um só lugar – isso por uma assinatura muitas vezes mais em conta.

O Amazon Prime Video, Apple TV e NOW são plataformas que permitem essa assinatura de canais adicionais.

A Pluto TV traz o chamado FAST, com dezenas de canais lineares para você assistir de graça (Crédito: reprodução / Paramount Global)
A Pluto TV traz o chamado FAST, com dezenas de canais lineares para você assistir de graça (Crédito: reprodução / Paramount Global)

Já FAST é a sigla para Free Ad-Supported Streaming TV. É uma mistura de AVOD com TV tradicional: são diversos canais lineares, com um conteúdo dividido por programação por horários, em que você fica “trocando” de um canal para o outro. Tudo de graça, via internet. A Pluto TV é o maior exemplo desse modelo.

Por fim, o que é catch-up?

Esse, talvez, é o modelo mais antigo de disponibilização de conteúdo sob demanda. É a partir dele que nasceram plataformas como o NOW. Basicamente, é a possibilidade de você rever o que você perdeu no tempo real da TV linear – como partidas esportivas, capítulos de séries, telejornais e por aí vai.

Normalmente, esses conteúdos são aqueles que você já tem direito dentro do seu pacote de televisão por assinatura.

Tudo junto e misturado

É claro que todos esses significados são, digamos, de enciclopédia. No mundo real, todos esses termos se misturam cada vez mais.

Por exemplo: hoje é possível assinar e assistir a Netflix pelo decodificador da sua operadora de TV, o que, nesse caso, faz com que a plataforma deixe de ser uma OTT.

A mesma Netflix já anunciou que terá uma assinatura mais barata, em parte bancada por publicidade – caminho que HBO Max, Hulu e Paramount+ já percorreram nos EUA. Na prática, temos uma mistura de SVOD com AVOD.

Além disso, essas mesmas plataformas permitem o download de conteúdo para assistir offline, o que não é streaming na definição clássica.

Tem mais: plataformas como NOW e Vivo Play, de operadoras de TV, usam a sua rede interna e não a internet, mas também oferecem versões online, via web. Por isso, aqui no Filmelier as consideramos como streaming.

Algumas operadoras, como AT&T e Claro, agora oferecem set-top boxes para assistir a conteúdo via internet - misturando ainda mais os conceitos (Crédito: divulgação / AT&T)
Algumas operadoras, como AT&T e Claro, agora oferecem set-top boxes para assistir a conteúdo via internet – misturando ainda mais os conceitos (Crédito: divulgação / AT&T)

Por fim, há o complexo caso do Prime Video: a plataforma da Amazon tem a parte por assinatura, mas oferece também canais adicionais (os chamados channels) e permite o aluguel de filmes, no modelo TVOD.

É por isso que, hoje, não existe uma resposta escrita em pedra sobre o que é streaming.

Quais são as principais plataformas de streaming?

Com tantas opções, separamos aqui quais são os serviços de streaming mais importantes para você conhecer (clique no nome da plataforma para encontrar sugestões de filmes para assistir):

Netflix: o mais antigo e tradicional SVOD, lançado no Brasil ainda em 2011 e que, hoje, tem mais de 220 milhões de assinantes em todo o mundo;

Amazon Prime Video: streaming da Amazon que traz um catálogo básico de filmes e séries como parte do pacote Prime, além de permitir a assinatura de channels e o aluguel de filmes;

HBO Max: SVOD da Warner Bros. Discovery, com um vasto catálogo de produções clássicas e atuais do estúdio, além de marcas como HBO, Cartoon Network e muito mais;

Disney+: plataforma por assinatura principal da Disney, com foco no entretenimento para toda a família. Marcas icônicas como Star Wars, Marvel Studios e a própria Disney são o seu diferencial;

Star+: SVOD adicional da Disney, com conteúdo para um público mais velho, esporte ao vivo da ESPN, o catálogo da tradicional 20th Century Fox e conteúdo licenciado de terceiros;

MUBI: plataforma por assinatura cult, com muitos clássicos, filmes independentes e com foco na curadoria;

Na MUBI, produções independentes e a curadoria são os destaques (Crédito: reprodução / MUBI)
Na MUBI, produções independentes e a curadoria são os destaques (Crédito: reprodução / MUBI)

Globoplay: SVOD do Grupo Globo, que tem como grande diferencial o conteúdo relacionado à novelas. O serviço traz, também, o catch-up do que passou na TV aberta, que se soma ao sinal em tempo real de canais como a própria Globo;

Apple TV+: serviço por assinatura da Apple. O catálogo é limitado, mas o baixo preço e a alta qualidade das produções são o seu diferencial;

Apple TV: não confunda com a anterior. Esse é o antigo iTunes, TVOD, que permite a compra ou aluguel de filmes. Tem, também, canais de streaming para você assinar, como o Adrenalina Pura;

NOW, Oi Play e Vivo Play: trazem, além do catch-up da TV paga, o TVOD – com aluguel de filmes e, eventualmente, até a compra;

Google Play e YouTube Filmes: concorrentes da Apple TV, com compra e aluguel de filmes;

Pluto TV: plataforma de AVOD da Paramount, com conteúdo grátis sob demanda ou inúmeros canais dentro do FAST – imitando a TV paga, mas de graça;

YouTube: a plataforma mais famosa de AVOD, com muito conteúdo feito por usuários, além de séries e filmes profissionais disponibilizados gratuitamente de forma legal.

Agora que você sabe o que é streaming, incluindo tantas opções de plataformas, formas de assinar/comprar e conteúdos para assistir, a dica final é: use sempre o Filmelier para não se perder e encontrar o que assistir a seguir!

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