Quibi, serviço de streaming dedicado a celulares, deixará de existir

Quibi surgiu em meio a pandemia de coronavírus com a ideia de um serviço de streaming dedicado a celulares. Infelizmente, o projeto não deu certo e deixará de existir com apenas sete meses no mercado.

Segundo o The Wall Street Journal, o criador Jeffrey Katzenberg e a CEO Meg Whitman escreveram uma carta aberta confirmado que encerraram suas atividades. O serviço enfrentou dificuldades mesmo com o investimento de celebridades como Anna Kendrick, Christoph Waltz e outros.

Os dois executivos pontuaram que o lançamento em meio à pandemia não foi a melhor opção, o modelo não foi forte o suficiente para lidar com os gigantes do mercado, como o YouTube. O projeto não conseguiu se estabelecer como um streaming independente.

O serviço contava com programas e séries estrelados por Anna Kendrick, Sophie Turner, Liam Hemsworth, Chrissy Teigen e Chance The Rapper (Foto:Reprodução/Quibi)
De acordo com as informações da agência Sensor Tower, o Quibi perdeu mais de 90% dos seus assinantes no final do período de testes após o término dos três meses. Dos 910 mil usuários que se inscreveram no lançamento, apenas 72 mil continuam utilizando o serviço.

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A plataforma tinha um custo de US$ 4,99 para acesso ilimitado à programação, mas não foi o preço que levou o Quibi a extinção. O impacto da pandemia de coronavírus acabou sendo o principal fator para que o streaming não desse certo. Os aparelhos celulares não se tornaram tão atrativos quando as pessoas passaram a ficar dentro de casa. Televisores e computadores dominaram a atenção das pessoas que estavam/estão em isolamento social. O grande diferencial do Quibi era entreter as pessoas quando não estavam em casa e tinham fácil acesso a um mobile. Na carta aberta de Katzenberg e Whitman, eles lamentam a decisão: “É com o coração incrivelmente pesado que hoje anunciamos que estamos encerrando o negócio e procurando vender seu conteúdo e ativos de tecnologia. Apesar das tentativas, não conseguiram atrair novos assinantes. Eles ainda tentaram vender o Quibi para a Apple, o Facebook e a WarnerMedia, mas não houve interesse das empresas.

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Raíssa Basílio

Jornalista de cultura e entretenimento. Já passou pelo Papelpop, UOL e Revista Claudia escrevendo sobre beleza, moda, cinema, música e TV, e também trabalhou com produção na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Foi redatora do Filmelier.

Escrito por
Raíssa Basílio

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