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‘Velozes e Furiosos’: os personagens esquecidos da franquia
A família de ‘Velozes e Furiosos’ é tão grande que alguns de seus membros ficaram sem lugar à mesa
A cada novo filme de sua (longa) trajetória, a saga Velozes e Furiosos introduz novos personagens. A “família”, como Dom Toretto (Vin Diesel) chama, está cada vez maior, mas muitos de seus membros ficaram para trás.
Muitos deles, chegando ao décimo filme, talvez você nem se lembre mais, apesar de terem sido interpretados por artistas que se tornaram muito famosos ao longo dos anos. Por isso, aqui fazemos uma breve revisão dos personagens esquecidos na franquia de açãoVelozes e Furiosos e analisamos se será possível vê-los novamente na conclusão da saga. Enquanto isso, confira os personagens que retornam em Velozes e Furiosos 10.
Os personagens esquecidos de Velozes e Furiosos
Jesse (Velozes e Furiosos)
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Apesar de a franquia pregar tanto sobre família, a verdade é que alguns de seus membros iniciais foram facilmente esquecidos, apesar de terem tido destinos trágicos. Como exemplo, temos Jesse (Chad Lindberg). Em um mundo dominado por músculos, gasolina e nitro, Jesse é uma anomalia: ele é o mecânico de Dom e sua equipe, alguém que é mais eficaz usando seu intelecto matemático na oficina do que na pista.
No último ato do primeiro filme, Jesse comete o erro de fugir depois de apostar seu carro contra o vilão, Johnny Tran (Rick Yune), e perder. Quando Tran responde com balas, Dom é salvo pelo milagre do “escudo narrativo”, mas o pobre Jesse morre no local e nunca mais é mencionado ou lembrado.
Veremos ele novamente?
Lindberg está longe de ter o mesmo destaque que seus outros colegas de franquia, como Michelle Rodriguez, que “morreu” no quarto filme. E sua morte foi bastante inquestionável. Se até agora os roteiristas não decidiram trazê-lo de volta, duvidamos que o façam depois.
Outro dos primeiros membros da família que sobreviveu para lutar outro dia foi Vince (Matt Schulze), o musculoso temperamental que, no filme original, servia como rival de Brian (Paul Walker) pelos afetos de Mia Toretto (Jordana Brewster), a irmã de Dom. Vince é um dos amigos de infância de Dom e um de seus companheiros de equipe, que é gravemente ferido em um assalto que dá errado durante o primeiro filme, mas sobrevive. Anos depois, escondido no Rio de Janeiro, Vince recebe Brian, Mia e Dom, fugitivos da justiça que procuram um último trabalho para ficarem ricos e fugirem para sempre. O plano não sai como o esperado, e desta vez Vince não sobrevive para contar a história. Ele morre em um tiroteio defendendo Luke Hobbs (Dwayne Johnson) e morre com a promessa de que Dom cuidará de sua família. Toretto lhes envia uma quantia ridícula de dinheiro, mas depois disso, nunca mais ouvimos falar deles.
Veremos ele novamente?
Assim como Lindberg, Schulze não tem o perfil de outras estrelas como Gal Gadot, nem o fator “coolness” de Han (Sung Kang). Ele é apenas outro homem musculoso em uma saga cheia deles, e sua morte foi um motivador para Dom. Difícil.
Não é preciso dizer, o grande ponto fraco de quase todos os filmes da franquia é o roteiro. E em grande parte, isso acontece devido aos vilões rasos, criados sem um propósito além de serem o “vilão” da vez a ser derrotado por Dom e sua equipe. Isso não importa o talento do ator no papel. Por trás de Deckard Shaw (Jason Statham), Mose Jakande é o vilão secundário de Velozes e Furiosos 7. Não importa o talento de Djimon Hounsou, pois o roteiro não lhe dá muito para fazer. Jakande é apenas um mercenário e, sob a sombra de Shaw, acaba se perdendo e se tornando um dos vilões mais esquecíveis da saga.
Veremos ele novamente?
Dificilmente. A menos que Velozes e Furiosos recorra às suas já típicas ressurreições inexplicáveis, Jakande permanecerá bem morto.
Para alguns, o problema do segundo filme da saga foi que, exceto por Paul Walker, não trouxe de volta nenhum membro do elenco original e até mudou a ação de Los Angeles para Miami. No entanto, isso apresentou a oportunidade de introduzir novos personagens: Roman Pearce (Tyrese Gibson), “Tej” Parker (Ludacris) e Suki (Devon Aoki). Todos eles eram essencialmente espelhos de outros personagens do original: Roman era a dupla de Brian, “Tej” era o mecânico e Suki era, bem… a garota. Dito isso, em uma saga onde os personagens se destacam por suas habilidades ao volante, Suki não ficava para trás e, ao contrário de seus colegas, nunca mais apareceu na história. Embora isso seja explicado por eventos nos bastidores: Aoki se afastou da atuação após se tornar mãe.
A veremos novamente?
Improvável, mas não impossível. Como Suki está viva e a salvo, não seria difícil incorporá-la – e seu icônico Honda S2000 rosa – na narrativa. Mas, é claro, dependeria da disposição de Devon Aoki.
Riley Hicks (Velozes e Furiosos 6)
Em Velozes e Furiosos 6, temos outra vilã secundária que a maioria não espera. Trata-se de Riley Hicks (Gina Carano), uma agente que trabalha ombro a ombro com Luke Hobbs e a equipe de Dom Toretto contra o mercenário Owen Shaw e seu grupo, que inclui a amnésica Letty. Riley acaba sendo uma agente dupla, mas antes de revelar suas intenções, ela tem uma das melhores cenas de luta da franquia quando enfrenta Letty no metrô de Londres. A agente dupla tem um final violento no clímax do filme, depois de revelar sua verdadeira lealdade. No entanto, apesar de proporcionar uma das melhores lutas da saga, o personagem da atriz e ex-lutadora de MMA não é tão lembrado quanto outros.
A veremos novamente?
Impossível. Além de receber uma arpão no abdômen e cair de um avião em movimento, Riley sofre com a condição fatal de ser interpretada por Gina Carano, que foi praticamente banida pelos grandes estúdios de Hollywood após polêmicas declarações antissemitas (o que também resultou em sua demissão de The Mandalorian).
Neela (Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio)
A protagonista feminina da controversa terceira parte sofre da mesma representação problemática da franquia com quase todas as suas personagens femininas: ou são um pedaço de carne ou um objeto de desejo para o protagonista e seu rival, assim como foi Jordana Brewster no primeiro filme. É por isso que Neela (Nathalie Kelley) não deixa uma impressão duradoura, o que é agravado por protagonizar um dos capítulos mais atípicos da saga. Portanto, mesmo sendo mais carismática do que suas outras coestrelas (que retornaram no nono episódio), não a vimos novamente.
A veremos novamente?
Pouco provável, mas não impossível. Os filmes mais recentes da saga têm feito esforços para incluir os personagens de Desafio em Tóquio na família principal. Considerando que os últimos filmes parecem ser uma celebração de toda a franquia – e que Nathalie Kelley ainda está ativa – é uma possibilidade.
Monica Fuentes (+Velozes +Furiosos)
A cereja do bolo. De toda a saga Velozes e Furiosos, Monica Fuentes, interpretada por Eva Mendes, é a atriz de maior destaque que não retornou após sua estreia no segundo filme (sem contar sua breve participação ao lado de Luke Hobbs no final de Velozes e Furiosos 5: Operação Rio). O mais curioso de tudo é que a personagem estreou como uma agente disfarçada, infiltrada na organização do vilão, o que é exatamente o que Dom e sua equipe fizeram durante toda a saga. Sozinha, ela seria mais eficaz do que quase qualquer outro personagem nesse tipo de trabalho. Sua ausência, pelo menos, não se deve à falta de vontade. O diretor Justin Lin, que liderou a maioria dos filmes da saga, explicou à IndieWire que procurou maneiras de incluir a personagem, mas que deveria ser de forma orgânica, e ela “[estava] em uma fase de fazer dramas independentes”.
A veremos novamente?
Monica Fuentes está viva e a salvo no universo de Velozes e Furiosos, então, nesse sentido, seria possível. No entanto, Eva Mendes não trabalhou em nenhum filme desde Lost River, de 2014 (dirigido por seu marido, Ryan Gosling), e não tem pressa para voltar. Embora tenha deixado claro que não está aposentada, ela manifestou sua preferência por estar em casa com seus filhos e cuidar de seus negócios.
Aproveite para ler também a cobertura especial do Filmelier da saga Velozes e Furiosos:
