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Por que assistir a este filme?
O cineasta Guillermo del Toro tem duas grandes paixões, ambas muito claras em sua filmografia: a arte cinematográfica (principalmente da Era de Ouro de Hollywood) e o pior do ser humano. Porém, se até hoje ele escondeu essa percepção por meio de metáforas sobre monstros imaginários, em ‘O Beco do Pesadelo’ o mexicano deixa de lado esses subterfúgios e abraça a própria monstruosidade humana. Na história, que é um remake do clássico noir ‘O Beco das Almas Perdidas’, conhecemos Stanton Carlisle (Bradley Cooper), um homem que tem um passado sombrio e, ao se juntar a um circo, conhece a arte da manipulação humana. A partir daí, o longa toca em temas pesados, como vício, degradação, violência, corrupção, arrogância, culpa, aborto… Tudo enquanto passamos por becos reais ou figurados, criados a partir da ótima direção de arte. Nas atuações, Cooper traz uma interpretação mais naturalista, explorando todas as nuances das várias mudanças no protagonista. O resto do elenco é estelar, com nomes como Willem Dafoe, Toni Collette, Richard Jenkins, Rooney Mara e Ron Perlman, mas é Cate Blanchett quem rouba a cena. Um filme triste, pessimista, melancólico e sombrio, sim. Porém, um retrato da crueldade e da bestialidade humana que, mais cedo ou mais tarde, precisamos encarar.

Renan Martins Frade
Ex-editor-chefe do Filmelier
Stan Carlisle é um homem inteligente e oportunista, capaz de tudo para escapar da degradação que o cerca no circo em que está empregado. Habilidoso na arte da manipulação, ele ascende lendo mentes e fazendo adivinhações, até que uma psiquiatra de mente muito mais brilhante e perigosa cruza seu caminho.
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Do mesmo diretor

Hellboy
O diretor Guillermo del Toro adaptou os HQs, de Mike Mignola, nessa grande produção, estrelada por Ron Perlman, Selma Blair e John Hurt. Hellboy é um demônio, um anti-herói, fugindo dos padrões de histórias de super-heróis, e ainda assim luta contra ameaças sobrenaturais. A história é intrigante, bem desenvolvida e o visual do filme é muito bonito – como em outras produções do diretor mexicano.

O Labirinto do Fauno
Obra-prima de Guillermo del Toro, que mistura fatos reais – como a ditadura Franquista na Espanha – com a cultura e a fantasia do país. A fotografia e a estética são incríveis, trazendo todo esse peso sombrio para a história. O longa-metragem foi extremamente premiado, vencendo o Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhor Maquiagem. O resultado final é tocante.

Hellboy II: O Exército Dourado
Continuação de ‘Hellboy’, também de Guillermo del Toro e seguindo o mesmo clima sombrio do primeiro longa. ‘Hellboy II: O Exército Dourado’, é mais uma adaptação dos HQs de Mike Mignola, e segue as aventuras do anti-herói Hellboy. O filme consegue ser tão bom quanto o anterior, inclusive, recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Maquiagem – nada mais justo dado ao belo trabalho.

A Forma da Água
O filme mais elogiado e premiado de 2018, vencendo o Oscar em quatro categorias - incluindo Melhor Filme e Melhor Direção. ‘A Forma da Água’ é uma história lúdica, quase um conto de fadas sombrio, que fala sobre inclusão, diversidade e amor, usando como pano de fundo a Guerra Fria. É um belíssimo longa-metragem, cheio de detalhes e com toda a plasticidade de Guillermo del Toro - além de ser saudosista ao mostrar referências à Era de Ouro de Hollywood, usando os bordões dos musicais .

Círculo de Fogo
Da criativa mente de Guillermo del Toro, uma ficção científica criativa, com referências a cultura oriental e robôs gigantescos. Falando assim, lembra a franquia ‘Transformers’, que até que faz sentido uma comparação, no entanto, o filme de Del Toro tem muito mais personalidade, e consegue ser superior a adaptação de Michael Bay. Um bom filme de ação, que certamente vai agradar os fãs do diretor mexicano.

A Colina Escarlate
Uma homenagem aos clássicos romances góticos, como 'O Morro dos Ventos Uivantes', mas com o toque único do cineasta Guillermo Del Toro. Traz uma trama simples, porém muito sombria e envolvente, com destaque para as ambientações e figurinos caprichados - assim como para a atuação de Jessica Chastain. Seleção do Festival SXSW.

Pinóquio por Guillermo del Toro
Uma versão de Pinóquio, de Carlo Collodi, adaptada pelo mexicano Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno, A Forma da Água) e pelo mestre da animação stop motion, Mark Gustafson (As Aventuras de Mark Twain); Só poderia resultar em uma coisa: uma obra-prima de animação cheia de contraste que abraça a escuridão do material de origem, mas também a inocência da fantasia para contar um conto mágico de dor e perda, medo e fascismo, família e alegria. Com a brilhante música de Alexandre Desplat como cereja do bolo, Pinóquio de Guillermo del Toro é simplesmente uma maravilha cinematográfica (indiscutivelmente superior, diga-se de passagem, ao preguiçoso remake que a Disney decidiu lançar no mesmo ano).
Suspense

Como Virei Gângster
Os thrillers policiais poloneses se saíram muito bem na Netflix, com sucessos como 'Entre Frestas' e 'O 'W' da Questão', além de 'Como Me Apaixonei por um Gângster'. O diretor deste último, Maciej Kawulski, retorna com 'Como Virei Gângster', cujo título muito simples já antecipa do que se trata a história e para onde ela está indo. Essa simplicidade traduz-se ao nível estético e narrativo, num filme claramente inspirado nos grandes filmes de gangsters como 'Os Bons Companheiros' ou 'Snatch', mas que subestima o público, explica tudo e, ainda por cima, oferece um protagonista idealizado e pouco humano. Não é a melhor opção se você procura um bom filme policial, embora tenha seus momentos.

90 Minutos
Thriller cujo grande apelo é se passar em tempo real em um único plano, ‘90 Minutos’ conta a história de um traficante que quer executar um plano para ganhar dinheiro e sair do mercado. No entanto, quando seu plano dá errado, ele tem apenas 90 minutos para consertá-lo antes de ser encontrado por um credor perigoso. Não há muito desenvolvimento de personagem aqui, e a história realmente não importa: é uma produção bem filmada e de baixo orçamento que consegue manter a emoção com sua técnica de filmagem e reviravoltas constantes na trama.

Gone in the Night
‘Gone in the Night’ é um daqueles thrillers que é sustentado por reviravoltas que mudam todas as expectativas de sua intrigante trama a cada passo. A história segue Kath (Winona Ryder), uma mulher que viaja para uma cabana remota com o namorado, mas encontra um jovem casal já ocupando-a. Quando seu namorado desaparece com a jovem na manhã seguinte, ela fica obcecada em encontrar respostas. Mesmo que não seja tão original quanto afirma ser – e faz algumas escolhas questionáveis de narrativa – ‘Gone in the Night’ é um thriller que é mantido emocionante por uma performance fantástica de Ryder, que se junta ao elenco de Dermot Mulroney (‘O Casamento do Meu Melhor Amigo’).

O Perdoado
Se você gosta de filmes de drama intensos e instigantes, 'O Perdoado' é para você. Dirigido por John Michael McDonagh e estrelado por Ralph Fiennes ('O Menu') e Jessica Chastain ('Os Olhos de Tammy Faye'), o filme é sobre dois turistas ingleses cujas vidas viram de cabeça para baixo quando se envolvem em um acidente com um garoto no deserto marroquino e tentam encobrí-lo. Como eles são forçados a confrontar suas ações e crenças, um ajuste de contas torna-se inevitável. Embora o roteiro às vezes dedique mais atenção aos excessos de privilégio do que a criticá-los, 'O Perdoado' tem excelentes atuações (principalmente de Fiennes), por isso vai te deixar na ponta da cadeira até o final.
